segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

pride and prejudice

Recomeçando a semana cão, mas se tudo der certo termina nessa semana mesmo. Passei em casa o fim de semana inteiro; é, lembra que eu disse que sairia de qualquer forma? ¬¬ nem me surpreendo mais com essas coisas. Teoricamente, passaria o sábado vendo as séries (Heroes -que ainda estou dando uma chance-, Gossip Girl, LOST e Dexter), e domingo estudaria para a prova de segunda-feira.

O dia de sábado foi cumprido com louvor. Já no domingo, dia mais deprimente de todos nãotemcondições, depois de comer uma lasanha ótima e super quente, sento na frente do pc. Estudo? A-ham! O que aprendo?! É... a discografia do Cake é muito boa.

Beleza, vou estudar à noite. Fantástico e Pânico passando na TV, tem como se concentrar? Aí depois vem o BBB, que não resisto, aí pronto. Acordo antes do despertador hoje, fico tão zonzo com o sonho que tive que demorei uma hora (!) pra sair da cama (detalhe: eu estava acordado). Dá pra entender? Enfim, corri pra pegar o ônibus (qua-se que não pego) e fiz a viagem estudando (mas só agora, né?).

Cheguei na sala, e fiz a prova inteira com Feist na cabeça (isso é comum, eu cismo com uma música e ela não para de tocar over&over). Mas fiz tudo legal, dxapralá.

Bem, o que importa mesmo é que ontem, passando nos canais da parabólica, vi pequeno documentário (antigo, de 2000) na TV Escola sobre homossexualidade. Tipo, esse canal não é pra ensino em geral, fundamental, médio e tudo mais? Surpreso, mas interessado, assisti os minutos finais, com depoimentos das pessoas sobre preconceito. No final, introduziram uma questão histórica que era desconhecida por mim até o momento.

Na colonização americana, mais especificamente onde hoje são os Estados Unidos e o Canadá, algumas tribos tinham integrantes (e isso dura até hoje) chamados de two-spirited (dois espíritos). O conceito é simples: alguns integrantes da tribo tinham características masculinas e femininas, e tinham respeito na comunidade; inclusive eles tinham papéis bem descritos na hierarquia de tarefas. Tais indivíduos eram separados em dois 'tipos': os male-bodied (corpo de homem) e female-bodied (corpo de mulher), e (onde começa a viagem) chegavam a ter poderes especiais; bem, depende qual o conceito de poder especial, mas vá lá :P.

Daí mostrou um cara que é descendente dessa tribo e que participava da comunidade 'normal' dos EUA. Ele disse que, se ainda existisse a tribo dele, ou se os colonizadores respeitassem a cultura deles, talvez hoje ele fosse menos discriminado. Daí eu pensei, vem uma civilização que se julga mais politizada, mais culturada (se existir esse adjetivo), mas que na verdade apenas tem um poder militar muito maior, matar aos poucos, ou até julgar e condenar, uma cultura de respeito cultivada há nem sei quantos anos.

Não precisava nem pensar na América Anglo-Saxônica. É só pensar no absurdo que foi o catolicismo no chicote dos índios durante a nossa colonização. Pois é, amigos e amigas, "a história da humanidade é uma história de horrores"


:T

[OBS: o título é uma referência ao filme de mesmo nome, mas ainda não o vi x~]

Um comentário:

Cuca disse...

Sempre fui revoltada com isso. Quem, na verdade, pode ser considerado normal?Ter uma postura diferente é ser anormal?Todo mundo tem um segredo, que se fosse posto à tona seria "escabroso". Então que direito alguém tem de julgar uma atitude diferente?

E outra, quem disse que os índios não eram civilizados? Só pq queriam andar pelados e não iam à igreja? Qual problema disso?Podiam ter só colocado um paninho pra cobrir as partes, ou não?
A parte da colonização eu até entendo, envolve dinheiro e poder(não que aceite). Mas tinha fazer todo "virar europeu". Ah claro, pq os índios eram anormais. Me poupe.
Prefiro continuar sendo a ovelha negra.