segunda-feira, 25 de junho de 2012

crônicas de viver sozinho or something

Mais uma vez escolhendo as melhores horas. Dessa vez, uma lista de exercícios e uma prova pra estudar. Aconteceram umas coisas chatas semana passada e me deram alguns assuntos pra discutir aqui, mas realmente não pude me dar esse luxo; estamos na reta final do semestre, um inferninho só. Também não vale  a pena retomar isso, pois se encaixa naquelas situações "por favor, Gustavo, inventa o que fazer", e essa gaveta está cheia!

O fato é que ultimamente tenho ficado com mais receio de fazer tudo. Me parece que gastei minha cota nessa "loucura" de vir pra cá e, como vejo agora que nem tudo são flores, não quero mais investir. Play it safe way of life, eu sei que é uma bosta. Algumas coisas que fiz no meu quase desespero de criar um laço com alguém, mas tudo é muito superficial (ou estou virando amargo). Parei pra refletir e não tenho nenhuma amizade aqui (ok, é cedo), e nem alguém que potencialmente venha a construir alguma.

Aí me rebatem com "Tem sim viu, talvez vc que seja difícil, igual falou né.". Taí uma verdade que, na verdade, eu mesmo induzi. Eu não sei ser extrovertido, falar bobagens à toa com desconhecidos, tenho problemas. Já passei (há dois minutos) por uma discussão interna de até onde isso vai me levar, está no "você é muito calado" de todos os dias. Chega (batendo na mesa). Aliás, nem vou estender pra não ficar mais patético que essa crise nervosa.

The point is... there is no point, não sei o que fazer. nhé

sábado, 2 de junho de 2012

a.k.a. abuso guy and his bitter mind


Meu jeitinho de sempre encontrar as melhores horas pra escrever. Estou aqui com caderno, livro e slides pra uma prova daqui a dois dias, e estou começando a estudar agora. Depois de um trabalho que dediquei a semana quase toda pra fazer, quando não chegava em casa morto e tentava relaxar de alguma forma. Enfim, já falei isso várias vezes e pra muita gente, mas só pra deixar documentado: estou com ódio dessa disciplina que estou cursando! Aliás, deve fazer um mês que digo que não aguento mais, e é -quase- sério. Não bastasse ter trabalhos práticos toda semana, aula depois do almoço que me deixa com um sono absurdo, um trabalho final que consome toda a memória do meu computador (e não termina), e ainda tem um aluno (de doutorado!!) que faz as perguntas e discussões mais nada a ver de todos os tempos. Sem falar que a última prova não era possível de ser resolvida nem que durasse 4 horas, que dirá 1h40?! E eu já cursei essa disciplina na graduação com nota boa, mas essa tem uma carga de provas matemáticas (fuderosas) que tenho certeza que não vou usar no meu mestrado.

O problema é manter nota de 80% pra garantir a bolsa, mas estou fazendo o meu máximo e tomando cuidado pra não surtar. Se tem uma coisa que aprendi na graduação é que todo mundo se lasca mesmo, não importa se passa a noite acordado e toma litros de café e energético. Durmo bem e sigo em frente, beijos.

Outro fato muito recorrente e repetido: estou com abuso de gente. "Estou" ou "Tenho, de nascença", VOCÊ DECIDE. Seja o colega de laboratório (Gandalf, por ter mais de dois metros de altura) que fica discutindo os projetos e provas e se gabando, e ai de quem discordar dele que ele já levanta a voz. Seja o colega de quarto (pagodeiro) tocando e assistindo as coisas mais clichés e atrasadas de todos os tempos. Seja o heterozão do pensionato que só fala merda e gritando, ou o doutorando que já citei. Tem também o véi que fala sempre as mesmas coisas e só conversa sobre dinheiro, e sobre quem ganha quanto, e que vai jogar na mega-sena e sumir (preguiiiiça). Mudei até a hora que janto pra não ter que escutar essas conversas. Vontade que me dá de viver numa ostra, e quase faço isso, me isolo no quarto durante o dia (quando os outros vão trabalhar) até quando dá. Se minha sanidade não dependesse de gente pra conversar, seria ótimo.

Falando em lugares, estou pensando em me mudar daqui. Dois já saíram daqui pra essa república no centro, e não é porque aqui é ruim, mas por causa do pessoal hétero babaca que tem aqui. Um era zoado porque é gay e o outro (luis caldas)... bem, digamos que "excêntrico" ainda é pouco pra descrever. Eles inclusive tinham me chamado pra ir junto, mas tinha uma prova e sem tempo nenhum pra nada. Essa semana saiu meu colega de quarto (gay também), vai pra lá também e me chamou pra ir, ofereceu até o colchão extra dele. Disse que iria esperar terminar o semestre pra decidir e tal. Se bem que mesmo que ele me chamasse pra morar debaixo da ponte, eu iria; vai ser lindo assim aqui mesmo, pertinho :P. Nem só por isso, mas por ser mais perto do centro e ser melhor pra sair, e o pessoal ser mais bacana. Até porque quando as coisas piorarem na universidade, se eu não me sentir melhor em chegar em casa, vai ser um problema.

Antes de ele ir embora, fez praticamente um monólogo me convencendo a sair daqui. A gente não foi muito de conversar, porque ele não ficava muito em casa (às vezes dormia na casa de uma tia), e segundo ele, evitava conversar pra não me expor; apesar de que eu já tinha falado que não me importava, pois não dava cabimento pro pessoal me zoar. Só não gostei muito do jeito da conversa, não pelo tom, mas por deixar a impressão de que ele acha que eu sou Maria da Graça que acabou de chegar na capital, e minha timidez é sinal que não sou confortável com minha sexualidade. Sou calado porque tenho necessidades especiais mesmo, amigo, se preocupa não.

Então é isso, resuminho de como estou aqui. Está puxado, mas valendo a pena pela experiência (e paciência, na maioria das vezes) e mal esperando o dia que essa disciplina acabe de vez. Beijos a todos :*