quinta-feira, 27 de maio de 2010

dentre abusos e outras coisas

Sábado passado ia ter show "da banda" lá na universidade. Como parecia que eles iam tocar cedo, e eu tinha algumas tarefas pendentes a fazer, fui pra universidade à tarde com a desculpa (real) de trabalhar. Acabei chegando bem mais tarde, pois quando cheguei no ponto de ônibus o que eu ia pegar tinha quebrado. Vendo pelo lado bom, que nem a Sandy leSah, eu não tive de ficar dentro dele, no sol infinito.

Aconteceram alguns problemas tecnológicos e fiquei sem poder fazer o que queria, então passei a tarde falando com doc e procurando informações em todos os lugares. Mais tarde, B e companhia chegam e ficamos na frente do local do evento, esperando a animação melhorar. Fiquei meio irritado com uma certa pessoa que estava no lugar, e olhando frequentemente para onde eu estava (não acredito que pra mim, não estou podendo tanto). Sei que me irrito muito com as pessoas, por pouco. Não sei se ser crítico no estado em que estou é uma qualidade; mas acreditem, esta pessoa em específicos tem motivos claros pra meu desconforto.

Passamos horas do lado de fora, e apesar dos motivos pra rir de todas as palhaçadas, estava cansado demais pra me animar. Cansado e pra baixo, tenho que admitir, me sentindo (erradamente, i know) sozinho. A segunda banda a se apresentar começou a fazer uns sons estranhos, meio Animal Collective, por muito tempo. Estava ficando tarde pra mim e, quando a banda estranha começou, eles tocavam tão ruim que eu queria estar em qualquer outro lugar. E foi o que fiz, disse que estava querendo ir pra casa.

Ficar sem graça com as pessoas implorando minha presença não era o que eu queria, não gosto de chamar atenção desse jeito. Tá, eu reclamaria se ninguém tivesse 'implorado' também, vai entender minhas loucuras. Esperei muito antes de ir, passei no laboratório, peguei minhas coisas e, como estava tarde, fui de mototaxi. Cheguei em casa me sentindo um nada (don't ask why), comi e fui pro computador, enquanto minha mãe foi dormir.

Fiquei lá, ouvindo música, conversando com doc e chorando muito (again, don't ask why), e em silêncio pela falta de porta que meu quarto tem. Fiquei uns dez minutos assim. Call me ridiculous!! No dia seguinte, acordei com os olhos inchados, animação de defunto e passei a manhã e a tarde inteira vendo Battlestar Galactica, totalmente off do resto do mundo. Me fazia mal aquilo, mas não queria compartilhar com ninguém. Call me ridiculous again!

Já no final da tarde, minha mãe diz: "vem ver aqui". Fui pra TV e estava passando a transmissão do show de Cat Power na Virada Paulista. Minha mãe não sabe quem é Cat Power, não sei porque me chamou, mas enfim: salvou todo o meu dia. Fiquei assistindo até o final da transmissão, tive que me controlar em algumas músicas, pois se começasse a chorar, ia ser sem parar. Como qualquer crise, no dia seguinte já estava melhor ¬¬'. Aliás, pronto pra ver a series finale de LOST!! Adorei!!

Bom, nada demais evoluiu até então, a não ser que ontem eu e doc tivemos uma conversa bem reveladora sobre... nós. Estava com sono e não consigo me lembrar de tudo. Depois eu traduzo e posto. Ou só posto. Enfim, vou tentar escrever mais.

:*

sábado, 22 de maio de 2010

will i feel it? will it hurt? am i near it? i don't know

Ontem tive prova e terminei cedo, então estou aproveitando um tempinho pra escrever algo aleatório. É, eu tentei. As coisas lá em casa estão tranquilas, mas sempre esteve mesmo antes das turbulências; aquele clima pesado, mas que todo mundo está fazendo o que deve fazer, evitando qualquer pequena discussão. Ainda agradeço muito por minha mãe estar trabalhando, mesmo em meio período, porque ela (e minha avó) costumam se irritar -e preocupar- excessivamente com as coisas.

Sobre o gêniozão (também conhecido como pnp), eu estava bem mal no último final de semana, e um dos motivos foi tudo o que aconteceu. Tá, pode dizer que eu revivo muito as situações, vocês estarão certos, e é algo que não posso evitar. Eis que na segunda, quando estou disposto a melhorar, ele me manda um email dizendo que é um idiota, que tinha noção do quanto tinha me magoado e queria falar comigo. Fui olhar os tweets da noite anterior e, para minha não-surpresa, ele tinha bebido. Por favor, Señor, não permita que eu me rebaixe desse jeito, sob hipótese alguma. Obrigado.

Não lembro se foi semana passada, estava conversando com doc (from Mexico); nós sempre nos permitimos tirar algumas brincadeiras, como chamarmos um ao outro de Mr. , ou ele implicar porque eu não gosto (na verdade, não suporto) camarões. Em um dia específico ele deixa escapar um "my boyfriend" e, não sabendo se levava a sério ou não, fiquei 'pensativo'. Ele disse que não deveria ter dito aquilo e ficou um clima chato, além de ele ter dito antes que não estava num dia fácil.

Mas né gente, eu não posso dar esperanças, e não que eu me ache a pessoa mais imprescindível do mundo; mas da última vez, começou assim. Além do mais, eu não posso me apegar a alguém que está puta longe daqui. Logo eu que simplesmente não me dou bem com relacionamentos à distância, #coerência. Além de tudo, eu preciso (e ultimamente, muito! levem no bom sentido) de toque, nem eu sei explicar o que é isso, algo excessivamente carente e às vezes ridículo.

Bom, eis que um dia dessa semana, mais uma das nossas brincadeiras, ele ia viajar pros Eua (ele mora bem perto da fronteira) e eu disse que ia esperar ele em casa, e que me trouxesse um hamburger do Burger King de lá. No dia seguinte, recebo a mensagem mais fofa dos últimos anos. Vou tentar traduzir:

"Dear Buddy",

acabei de chegar em casa essa tarde como te disse. Fui a diferentes lugares procurando mini microfones pro meu mac. Na volta, parei na casa da minha irmã e trouxe minha mãe. No caminho de casa estava pensando em você e no seu hamburguer. Então eu parei no Burger King e comprei um double whooper com batatas e coca-cola. Em casa, ligo o computador, entro no Farmville e no seu perfil. Então, pode acreditar, em sua honra, estou comendo o hamburguer, como se você estivesse comigo. Estou feliz mas de alguma forma e ao mesmo tempo, sentimentos misturados. Eu tentei recriar a cena mas sinto sua falta. Bem, meu amigo, o hamburguer estava muito grande mas muito gostoso. Acho que vou dormir numa cadeira, tão cheio. Eu vou fechar a janela, você tem a sua foto com camisa vermelha e olhando cada mordida que eu faço LOL. Boa noite, "sweetie. Luv u"

Fiquei sem palavras por um bom tempo. Admito que tive decisões rápidas sobre muita coisa que já me aconteceu, mas está aí uma que eu não sei como lidar. É tão específico, receio de muita coisa. Arr, não sei, não sei. Me deixa!

>O

segunda-feira, 10 de maio de 2010

das coisas que não sou obrigado

Me sentiria muito bem pra reclamar hoje; aliás, desde o começo da tarde que desejei muito ter tempo pra xingar geral por aqui. Mas não, ninguém merece né? Então vou contar as novidades, e o que anda me incomodando.

em casa

Ultimamente eu e minha mãe estamos voltando a conversar, e hoje especialmente ela forçou a barra, como se nada tivesse acontecido há exata uma semana. Fingi estar cansado pra não ter que reclamar, porque se eu for dar moral, vai voltar tudo como era antes, até eu soltar uma brincadeira, ela se irritar e repetirmos a mesma cena, num ciclo vicioso e extremamente cansativo. Eu sei bem do que estou falando. Também não quero que volte ao que era antes, não depois de dizer tudo que disse (inclusive que nem tudo que rolava na cabeça dela era necessariamente verdade). Na minha concepção, se você discute com uma pessoa e faz uma crítica sequer, essa pessoa deveria absorver e tentar melhorar naquilo. Utopia.

Soube nesse último Dia das Mães que o clima entre ela e minha irmã está bem pior. Elas nunca se deram muito bem, ainda mais depois de ela ter engravidado aos 15, dentre outras coisas que não vale comentar. Minha mãe tinha ido ao mercado e minha avó disse a minha irmã que desse o parabéns, que "mãe é mãe" e tudo mais. E assim o fez, assim como todo mundo. "E eu sou lá mãe?!", disse a minha mãe. Adoro sarcasmo em más horas.

Hoje, estava no laboratório quando ela me chama no messenger, uma das poucas vezes que ela faz isso. Em geral, ela disse que ouviu a discussão da semana passada e que estava chocada com a forma com que minha mãe estava nos tratando, e que era pra nós nos unirmos, mas não contra ela , longe disso.

Um grande não, pois:
1) me "aliar" a ela significaria que eu concordaria com as coisas que ela fez, e desculpa se eu não fui claro quanto a isso, mas saibam que foram burrices extremas
2) eu não sou cego de não notar que elas não se dão bem, e se ela não foi capaz de se manifestar desde então, qual minha ajuda nisso tudo? Prefiro não saber.

Eu falei que estava fazendo minha parte que era de argumentar, por mais que ela (mom) interpretasse isso como desafio, ou desrespeito; e que ela podia fazer o mesmo. Ela desconversou e disse que a última discussão deixou implícito que era pra ela sair de casa. CLIMÃO. Eu fiquei só lendo. Aí depois ela diz que meu pai liga bastante pra ela, e perguntou se eu estava irritado com ele. (Assim, por que não ficar na sua?).

Falei que estava deixando ele no canto dele, como ele estava querendo ficar. Em seguida, falou algo sobre mom que me irritou profundamente, pelo teor da frase. Como se agora, depois de ter conseguido um trabalho, minha mãe estivesse "se achando". Porra, como é que uma pessoa pode dizer isso de uma pessoa que ficou 10 anos sem trabalhar, servindo a uma casa com 6 pessoas, inclusive ela (sister) e cuidando da filha dela enquanto estava estudando?! Consideração foi atropelada ainda agora.

no mundo de fora

Felizmente pnp me deixou quieto. Antes disso, tinha que ter um drama, porque senão não tinha graça. Tinha acabado de assistir um filme domingo passado, assim que termino e mando um tweet a respeito, alguém aleatório me adiciona no messenger. Pensei se aceitava ou não, e acabei aceitando pra ver quem era. Claro que era ele. Dei um suspiro de "wtf" e disse "eu sou mesmo muito idiota de ainda aceitar" e o bloqueei. Daí ele me manda 4 sms, falando que se era pra ele sair da minha vida, que eu falasse logo. #coerência. Não respondi nada, lógico.

Em seguida, um amigo dele me adiciona. Este amigo coincidentemente está fazendo o mesmo curso que Mariana, e eles são amigos também. Nunca nos falamos, apenas jogamos Banco Imobiliário uma vez. Mas enfim, eis que ele começa o papo da coincidência e tudo mais, mas claro que ele iria falar sobre o amigo, e assim foi.

Eu fiquei só imaginando a versão que pnp contou pra ele, porque totalmente não condizia com a situação. Oras, uma pessoa que demorou um mês de revolta pra perceber a merda que fez e EU que sou orgulhoso? É pedir demais que ele simplesmente não me encha mais depois de tudo que escutei? Sem contar que essa atitude do amigo dele (que, tudo bem, estava defendendo e querendo o melhor pro amigo, mas) foi muito infeliz, além de eu odiar a situação em que a pessoa vem lhe dar conselhos quando não tem a mínima idéia de quem você é, muito menos do que realmente aconteceu. O bom é que até agora nenhum dos dois veio me irritar novamente. O que agradeço muito, pois a presença dele no meu celular estava fazendo mal.

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Bem, é basicamente isso que me irrita, ou que vem me irritando. Além do fato das pessoas que gosto estarem meio que inacessíveis -fisicamente- no momento. A pessoa quer dar um abraço mas não sabe pra quem dar sem parecer ridículo.

pff

quarta-feira, 5 de maio de 2010

dia de vaca

Hoje foi o típico DIA DE VACA, nome este inventando hoje também. Sabe aquele dia que era melhor você ter ficado em casa, deitado, dormindo até o dia seguinte? Pronto. Cansaço mental dos piores níveis. Não produzi coisa alguma hoje, e esse post não conta, o que me deixa de certa forma envergonhado.

Ontem percebi que inseri um erro no software que estava desenvolvendo, a coisa mais idiota do mundo, e que eu poderia ter notado há muito tempo. Mas só notei hoje, quando meu chefe estava rodando experimentos com certa urgência e notou que algo estava errado. Apenas imagino a raiva que ele deve ter ficado. ÂRR.

Ontem fiquei olhando o WordPad com um ensaio do que seria minha monografia. Costumo usar o WordPad pra rascunhos de tudo que escrevo, inclusive posts. Fiquei a noite quase toda olhando pra esse documento, e nada saía. Fui dormir tarde e não escrevi nada que prestasse. Bem, parece que ontem também foi Dia de Vaca, mas nem se compara com hoje!

Passei o dia todo até agora escutando a trilha de Cabaret e vendo os principais números do musical, várias e várias vezes. Usei o horário do almoço pra reformar minha fazenda no FarmVille. Chegou um momento da tarde que escutei tanto Cabaret (a música) que estava ficando deprimido, porque eu nunca ia conseguir cantar daquele jeito (Liza Minelli, isso não se faz). Fiquei viajando com a bizarrice do The Knife e Beck até então.

Doc (o amigo from Mexico) apareceu, mas ficou de plantão como todas as quartas (ele é médico), conversando por poucos instantes. Depois da hora do almoço, estava com desesperouma vontade absurda de ir pra casa e dormir a tarde inteira; chorei pra adiantarem a reunião que teria à noite, mas nada feito. Shoe! Fico a tarde inteira então pensando na vida, nessa preguiça infinita.

[comentário random: tem um integrante novo da equipe que acabou de entrar no laboratório que é muito agradável de se ver, mas fala muito alto! e programa cantarolando e batucando aleatoriamente. Agonia]

Não sei o que há comigo, embora tenha noção do que seja, mas esse blog não é tão dramático assim. Só quero descansar no momento. Me deixa.

>O

domingo, 2 de maio de 2010

what do people want from me?

Eu poderia ter paz no dia depois do meu aniversário, talvez se estender por uma semana, mas não. Terça-feira chego em casa, escuto as novidades do dia que minha mãe conta enquanto janto, ela praticamente em cima de mim, como sempre. Daí ela sai, eu já tinha terminado a janta e fui ligar o computador, só pra tirar os arquivos do pendrive; naquele dia não estava com ânimo para conversas. Quando volta, começa a reclamar pois já estou no computador, eu digo de brincadeira (como já fiz outras vezes) que não enchesse o saco e ela ficou totalmente irritada. Ficou andando pra lá e pra cá, batendo nas coisas como ela sempre faz. Bem, se eu já tava sem ânimo, imagine agora.

Disse que só tinha ligado pra copiar os arquivos e digitalizar as fotos pro convite da formatura. Desligo o computador e fico "vendo tv", mas não demora muito e vou dormir, detestando aquele clima desnecessário. Deito e ela vem querendo "dizer só uma coisa", mas já sabia que a DR ia rolar solta. Em resumo, ela ainda acha que passo tempo demais no computador me divertindo, que dou maior prioridade aos amigos (num tom de voz bem debochado) e não dou a mínima pra família. Além disso, o maior absurdo, é que eu nunca (adoro generalismos) queria andar com ela, "mas se qualquer fulaninho me chamasse pra sair, eu ia na hora". E o grande argumento que deu foi minha viagem pra São Paulo. Tenha dó.

A DR evoluiu até o momento que eu disse que ela precisava de terapia. Ela perguntou se eu não achava que precisava também, respondi que já tinha pensado nisso há muito tempo. Climão hein? No dia seguinte e até hoje não estamos nos falando direito. É tão difícil assim um pai descer do pedestal e admitir que errou? Como é que você pode exigir diálogo de alguém que você nunca teve o costume de conversar, e qualquer coisa era motivo pra uma discussão, e em que o argumento do outro é interpretado como desrespeito? Complicado.

Falando em pai, quarta-feira ele apareceu em casa só pra dizer que eu não atendia às ligações dele (no dia do meu aniversário). Ah, claro, como se o sumiço dele (não lembro de tê-lo visto depois da véspera de natal) fosse o menor dos problemas, não é mesmo?! Espero muito que alguém tenha me defendido. E, lógico, a última vez que conversamos eu nem tinha entrado na universidade, os últimos aniversários eu recebi telemensagens, e agora liga como se nada tivesse acontecido. Me poupe.

No mesmo dia à noite, recebo uma ligação com número desconhecido. Não se pra que fui atender, pois era pnp. Não gosto de desligar o telefone na cara, então tive de escutar o que ele tinha a dizer. Perguntou, com voz de quem não fez nada, se eu tava bem e que queria conversar comigo no dia seguinte. "Tá", não pude dar uma resposta à altura porque minha mãe estava por perto e desconfiaria na hora. Não o desbloqueei do messenger, e nem preciso mais dizer um motivo. Me deixa.

Pra completar a semana animadíssima, tivemos nossa sessão de fotos pro contive da formatura, e fomos eu, B e fantasma (o retorno) pra pegar nossas roupas, no dia seguinte tirar as fotos, e no próximo dia, devolver as roupas. Incrível como tudo com ele demora o triplo do normal, tinha esquecido desse dom-zão que ele tem. Sem contar que haja muita paciência pra aguentar o humor refinado que ele tem. Kill me with a pen.

E foi assim minha semana, desgastante. Decepcionado ainda com muitas coisas que passaram, e estou apagando cada referência pra fugir desse pensamento. Meus amigos não interpretem mal, mas ultimamente só meu amigo from Mexico (doc) que vêm dando um up nessa semana. Eu sei que posso me arrepender de algumas coisas que fiz, mas fiz no que acreditei ser certo, se entenderem ou não, aí não é comigo. Apenas aprendam a escutar, por favor.

x/