quinta-feira, 7 de outubro de 2010

variedades

Pensei em usar "devaneios" como título, mas deve ser o título mais repetido em blog-diaries por aí. Whatever. Segunda e Quinta são os dias mais felizes desse período, pois não tenho aula e posso ir pra universidade mais tarde, dando tempo de almoçar sossegado. Acabei deixando tudo pra esta manhã, pois passei tempo demais no laboratório fazendo pouca coisa interessante. Minha máquina ainda não estava 100% e tive que trabalhar em outra sala, na qual não me sinto muito confortável, apesar de ser mais silenciosa. Outro dia cheguei e o assunto comentado na hora, iniciado pelo cara que programa batucando (eu já falei dele, né?), foi que eu tinha ido pra outra sala porque eles faziam muito barulho. Ele ficou meio envergonhado por ter de dizer aquilo na minha frente, ri educadamente e disse que "não, não...".

Quanto às minhas tarefas, acabei fazendo nada do trabalho, e pelo jeito vai ficar pra amanhã. Mas pelo menos dei uma arrumada (de meio-de-semana) na casa, meu quarto tinha roupa por todos os lados. Engraçado como reflete a situação da minha mente. Bem, mas agora está tudo arrumado #win.

Ontem estava vendo Glee em casa quando minha prima ligou. Ela mora em Brasília, mas estava na casa da minha avó materna (a que mora só); ela sempre aparece de surpresa. Não gosto muito dela, porque ela é muito piradinha. Das primeiras vezes que veio, saía praticamente todo fim-de-semana com meus pais (quando eles ainda estavam juntos) e voltavam totalmente trêbados. Tenho más lembranças daquele tempo, a quantidade de grandes discussões idiotas que pioravam a situação aqui em casa.

Na segunda vinda, ela trouxe o noivo (ou namorado, ou sei lá, nunca entendi), que tinha dificuldades na fala e ao andar, e era super gente fina; além disso, trouxe o sobrinho, que era a criança mais hiperativa (no mau sentido) que eu já vi. Na terceira vinda, esse menino não veio mais, visto o trabalho que deu. Na quarta vinda, ela apareceu com um cara esquisito... não sei explicar, só sei que eles tinham se conhecido quando ela passou por Recife, a única coisa que soube era que ele fazia pinturas nas praias, e até trouxe uma pra minha avó. Minha avó ficou puta porque ela ainda estava noiva, e falou várias vezes que ela tinha que tomar uma atitude quanto ao noivo. Ela poderia ser um personagem de uma série cômica sem menores esforços.

Lembrando de Brasília, me pus a pensar sobre o que vou fazer depois da graduação. O grande plano que montei aos poucos foi fazer mestrado e trabalhar em Brasília, pois, segundo meu ex-chefe, minha profissão seria melhor valorizada (financeiramente, inclusive). Além disso, todos meus tios maternos moram lá, assim a mudança não seria tão difícil, mesmo que eu não queira morar perto deles; afinal, preciso me virar sozinho. Ontem estava vendo a qualificação dos cursos de mestrado no Brasil e vi que lá tinha uma qualificação razoável, quase baixa. Os cursos com melhores qualificações eram no Rio (não tenho a menor motivação pra morar lá), São Paulo (custo de vida caríssimo pra uma bolsa de mestrado) e em Minas (hummm).

Foi aí que meus planos tomaram outro rumo. Poderia desistir das facilidades que uma vida em Brasília poderia me dar, mas se tenho que fazer algo que não estou muito afim de fazer (muito menos por aqui), é bom que ao menos valha a pena. Antes, preciso ver várias informações sobre lá, mas já sei que eles tem pesquisas na área de meu interesse. As inscrições terminam semana que vem, mas não pretendo me inscrever agora. Preciso executar a primeira parte do grande plano: trabalhar por aqui e guardar dinheiro. Além do que tenho o "provão" (semelhante à prova da OAB) também na próxima semana, e ainda nem estudei. De repente foi a motivação que eu precisava.

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

if i had a penny everytime i...

Durante esses dias, e vários outros antes, meu nome é preguiça; impaciência também. Meu organismo está desregulado, me encontro agora com a barba por fazer há dias, extremamente cansado de tudo. Hoje mesmo, meu grande dilema do dia foi: ficar em casa à tarde e derreter meu cérebro no calor, OU ir pro laboratório aguentar o mesmo ambiente e as mesmas pessoas de novo. Escolhi ficar em casa, naturalmente e irremediavelmente improdutivo com o calor que anda fazendo.

Sexta passada fui ao laboratório apenas para comparecer a uma reunião informal. Confesso que estou evitando ir por causa do meu chefe. Além dele complicar tudo com seus formalismos teóricos de doutorando, ele tem uma mania de explicar umas cinco vezes, cheio de "me corrija se estiver errado". Pra completar, me manda fazer 6945 coisas em um e-mail só, e com erros graves de português. Ok, sou enjoado e agradeço por ninguém mais ter descoberto esse blog. Amen.

De volta à reunião, pra compensar o bloqueio que me deu na frente de todos, me fazendo trocar as palavras com minha agilidade mental, recebi uma tarefa ao menos mais divertida que a anterior. Assim que terminamos, fui pra integração, rumo ao lar, até que apareceu um ônibus que ia pra universidade e lembrei que tinha aula em 20 minutos. "eita ca...", corri e voltei pra universidade, mais suado ¬¬.

Tudo pra ver uma aula de uma hora de um professor que não aguento mais. Dessa vez ele soube aproveitar o tempo e deu poucos sermões, porque todas as vezes que ele o faz, meu cérebro automaticamente bloqueia o que vem em seguida. Além da turma, que me irrita; tudo me irrita, menos o conteúdo da disciplina. Cheguei em casa e passei o resto da tarde dormindo ao som de Sarah McLachlan e Scarlett Johansson; e num calor infinito.

Mais tarde teve show, e depois de duas semanas sem sair de casa, eu tinha que ir. Mas daquele jeito, acabei me sentindo deslocado a maior parte do tempo (e não porque a banda era ruim, muito pelo contrário), e ainda passou na minha cabeça em conversar com o fantasma (é, ele foi também) pra provar que não estava paralisado. É amigos, quem diria!! Afinal de contas, ele anda menos insuportável, apesar de forçar atenção quando ninguém está afim. Acabamos conversando do lado de fora, eventualmente falando sobre Harry Potter de novo (porque tudo converge a Harry Potter?! o.O). A noite acabou sendo mais agradável por causa disso, estava seriamente pensando em fugir, se não fosse tão (e mais) idiota do que já sou.

Já o sábado foi divertido, e por pouco não foi outro sábado no calor do quarto vendo filmes só. Acabou sendo um sábado de calor no quarto dos outros. Eu explico: fui à casa de Mariana e passamos a tarde e a noite vendo séries e filmes (Glee, Boardwalk Empire, Alice in the Cities e Where the Wild Things Are). Tão bom estar perto de pessoas que enfim se parecem conosco, sinto que podemos zoar das coisas mais triviais, nem que seja as matérias "interessantíssimas" do E!, ou dos clipes de pagode internacional hip-hop.

Aí foi quando eu li hoje esse post, justamente sobre se sentir deslocado no mundo. Tenho momentos, na maior parte do tempo, de que seria menos problemático se eu me divertisse como as pessoas normais; afinal, não é nada fácil entrar nesse padrão. Mas por hoje me sinto privilegiado de ser assim. Não sou o popular, o que me evita de ser assunto de comentários. A maioria das pessoas me divertem, eu tenho que confessar. Algumas são tão presas aos seus estereótipos que chega a ser engraçado.

Esse sábado mesmo quando estava voltando de ônibus pra casa, fiquei observando a galerinha dos fundos achando graça em zoar com aquele que estava os levando pra suas casas; ainda passamos por um acidente de carro e uns quatro "forrozeiros bombadinhos" olhando o estrago no carro, acabei deixando escapar um "pfft", tão genérico. Enfim, podemos usar nossa esquisitice pra deixar a ridiculite dos outros mais divertida, é assim como os normais fazem principalmente no high school com os esquisitinhos, com a diferença que ninguém precisa saber. ;)

[/evil]