quinta-feira, 23 de maio de 2013

então

Estou aqui numa noite insone, e quem diria hein?! Em parte, e não quero pensar que vou virar um caso genérico de pós-graduando estressado, é pela quantidade de coisas do mestrado. A outra parte, e a que está me irritando diariamente, é um companheiro de quarto que tá roncando assustadoramente. Mas vamos em partes:

Coisas do Mestrado: Estou na reta final, tempo de publicar meu trabalho em alguma conferência. Meu orientador quis testar meus limites e sugeriu escrever um artigo pra uma conferência internacional top. Eu nunca escrevi um artigo, e de cara tem essa pressão pra não escorregar, nem na escrita e nem no inglês. Essa semana marquei conferência com meu orientador da França e meu maior ponto contra foi minha objetividade na escrita; tenho que aprender a ficar convidando o leitor frequentemente durante o texto, em vez de só apresentar o que fiz. Concordo com a importância, mas é chato e odeio me repetir.

Falando em França, meu orientador, em algum momento no início desse ano, me pergunta: "quer fazer doutorado na França?". Não é uma coisa que eu poderia dizer "não", né? Desde então, quando o tema retorna, minha cabeça vai a mil. Já pensei em várias possibilidades, e em como poderia dar muito errado pessoalmente, mas seria para o bem, profissionalmente. Está quase tudo certo, e em setembro vou fazer um estágio de dois meses lá, para terminar de escrever minha dissertação e, provavelmente, apresentar o artigo que estou escrevendo na Alemanha. Passagens compradas essa semana! \o\

O Leãozinho: Faz três meses que me mudei pra cá, quando ele (o leão, ou gordo cara cara porque ele argumenta falando cara, cara) sugeriu que eu dividisse quarto com ele, porque não gosta de barulho enquanto está dormindo. Enquanto lembro disso, não tenho como não rir da ironia disso tudo. Enfim, eu concordei porque não queria dividir quarto com os restantes (o gordo que passa o dia jogando Xbox e não tem cuidado com limpeza, e cara de crente, que passa horas e horas do dia falando com a namorada jumenta no telefone).

Tudo estava bem, até que ele teve uma inflamação na garganta e passou a roncar assustadoramente, de boca aberta o tempo inteiro. Um dia ele fala que vai começar a fazer exercícios físicos, quando comento que ele devia fazer natação pra aprender a respirar. Ele melhorou, mas (e não sei se meu sono ficou mais leve) continuei a acordar durante a madrugada, tapando o ouvido com travesseiro ou fazendo barulho pra ele acordar, e algumas poucas vezes que tive que cutucá-lo (quando queria fazê-lo com uma espada bem afiada).

Hoje, não importa mais o barulho que eu faça, e pelo menos uma vez por semana (hoje é um exemplo) passo pelo menos duas horas acordado, o que caga todo o resto do meu dia. E faz mais de um mês que ele falou em se exercitar, enquanto ontem comeu uma pizza família inteira e ainda tomou cerveja pra piorar a situação. De umas semanas pra cá, estou dormindo fora por alguns dias (matéria pra outro post), o que dá uma aliviada. Vou fazer uma reunião pra trocá-lo com cara de crente, agora que ele tá trabalhando quase não o vejo, e é só passar o final de semana com fones de ouvido pra não ter que ouvir conversinha dele com a jumentinha.

Tem mais coisa pra falar, mas fica pra depois.
E passei meu aniversário e nem postei nada, pff. Parabéns atrasado pra mim!

duh