terça-feira, 31 de março de 2009

not that kind of guy

Vadiando e conhecendo novas pessoas nos chats por aí, fiquei extremamente incomodado com uma conclusão quase comum. Imagine-se na seguinte situação: vc conversa com n pessoas, aí vem os seguintes comentários "ah, vc é aquele cara bem inteligente", "vc é sempre assim? intelectual??". Lisongeiro, não é? Não, não é. Não porque acho que é um código pra outra coisa, ou a modéstia falando mais alto, mas porque me sinto nada confortável (e devo ser uma pessoa mais anormal por causa disso).

Muitos motivos para tanto. Primeiro que sempre fui o nerd da sala e, especialmente no fundamental II, quando estava brincando de me socializar com alguém de forma saudável, a idiota da coordenadora toda semana passava na sala esfregando na cara de todos que era uma das salas mais bagunceiras, e que tinham que 'seguir o meu exemplo'. Claro que metade ou mais da turma ficou com ódio de mim.

Não só na escola, mas em casa era a mesma cobrança. Mas traumas de infância à parte (deixa pra alguma sessão psicológica), sempre associei O inteligente ao convencido, colocando no mesmo patamar que MT (resumidamente, o cara mais prepotente e duas caras que já conheci), daquele que usa seu status pra se permitir achar melhor que todos.

Ok, gravei uma imagem muito pesada numa palavra que deveria ser legal. Mas ainda tirando isso, não me encaixo nessa classe, até porque tem uma tuia de coisas que não sei. Além do que nunca me importei com notas, a maioria era decoreba pura. Talvez use boas palavras e isso deixe a impressão que 'sei mais'.

Não me acho inteligente, não acho que escrevo bem, não acho que ensino... pareço a pessoa mais pessimista ever (não, não estou me fazendo de coitado ¬¬ please). Mas vou deixar assim, até porque ninguém dá a mínima pra minha anormalidade, e eu também não quero espantar ninguém com meu mimimi, já bastam os leitores desse blog (ou não).

;D

segunda-feira, 30 de março de 2009

the new one

Yeah, layout novo. Estava procurando um com fundo branco pra postagem, mas com algum colorido pra animar um pouco. E também porque alguns leitores (leia: um leitor) me informou que estava com dificuldade por causa do contraste branco e preto. Afinal, o que acharam? Pra constar, foi o layout menos afeminado e/ou emo que encontrei. [/papo de decorador]

Semana passada rendeu muitos acontecimentos, bons e ruins como tudo na vida, mas no final das contas teve um balanço bom. Fiquei muito tempo ocioso graças às poucas aulas, o que me deixa muito irritado quando não tenho muito o que fazer, e quando o que eu tenho de fazer não dá certo 'inexplicavelmente'.

No começo da semana, descobri um site sobre psicologia aplicada à mídia, especialmente filmes e séries. Lá tinha uma matéria sobre LOST (oi? psicologia e LOST, preciso de mais??). Enviei um email aos escritores levantando algumas questões sobre o texto. O autor da matéria (mais fanático que eu) meio que instantaneamente me respondeu e criou um talk bem proveitoso. 'Coincidentemente', o episódio da semana [no spoilers] foi justamente sobre o que nós discutimos no talk.

A semana passou muito devagar, me irritei bastante com pequenas coisas (meu cabelo, por exemplo) e mal esperava o final de semana. Passei em Mariana no sábado e revi Juliana, que fazia meses que não tinha visto (o "foi muito divertido" está implícito). Voltando pra casa, participei d'A Hora do Planeta, mas furei o combinado [/shame] e deixei as luzes apagadas apenas por 40 minutos, porque gatos costumam invadir aqui em casa sabe?

Assim que entrei na rede, lá estava Teléfono. Com um sorriso no rosto, esqueci do que tinha pra fazer (e não era muita coisa mesmo) e fui conversar com ele. Acabei sabendo de uma forma não muito legal qual a cidade que ele mora. Acontece que essa semana houve um acidente terrível lá, e uma adolescente acabou morrendo; essa notícia passou em todos os telejornais locais daqui. Enfim, ele não disse "oh, eu moro aqui", fui eu que conclui depois de um Google-up. A cidade é pequena mesmo, todo mundo deve se conhecer mesmo, e não é muito longe daqui (não que eu vá morar lá, please).

A gente conversou bastante e me permiti revidar uma proposta que havia me feito na primeira conversa [flashback] Ele me pergunta se eu iria pra uma pousada com 'um cara de 31 anos', eu digo que iria, se conhecesse o cara [/flashback] Ele conta que não tem problemas e que poderia combinar um dia. Estava num surto tão grande de coragem que o perguntei se havia chances de a gente dar certo, e ele me responde que a gente precisava se conhecer melhor (pessoalmente), mas que não descartaria a opção [/balde de água fri-a]

Foi aí que, terminando a conversa de sábado, ele pega o número do meu telefone e me liga pra ouvir minha voz (bãã). Tinha que falar baixo pois tinha gente dormindo, acabou ele não entendendo uma palavra [/cena cliché de comédia romântica cliché]; prometi mandar um áudio com a voz normal no dia seguinte. Já no domingo, depois de ver Finding Neverland e chorar todas as pitangas, passei a tarde inteira tentando enviar esse arquivo, mas a rede tava com raiva de mim.

Depois de muito tempo pensando, eu to gostando dele, não do jeito romântico, não paixão. Mas de uma forma mais precavida, sem esquecer de tomar pequenos riscos pra obter certas respostas. Acredito que esteja muito mais seguro depois do que aconteceu com o outro cara lá, e muito menos fechado [no armário] na gaiola.

Pretendo não ver Ele não está tão afim de você por enquanto, pra não estragar tudo.

:T

sábado, 21 de março de 2009

(my mind) goes over and over the same old lines

Não sei como vocês me aguentam, vou te contar! Às vezes tenho impressão que minha vida é um loop (ou roda gigante) e eu sempre vou pra grandes altas de humor até profundas baixas, crises e muito, muito drama. Não acho que seja bipolar, mas as situações não ajudam, e meu cabelo do tamanho do Brasil também não.

Indo pras novidades antes que esse post se torne incompreensível, hoje houve (está havendo) mais um show da banda dos meus colegas. Infelizmente não pude ir, pois tinha que ficar a noite em casa cuidando da minha avó. Porém deu pra passar na casa de Mariana e de quebra ver Dueldy, depois de tantos anos. Rimos muito, como sempre; no meu caso, eu fiz o sofá tremer com minhas crises.

Voltando pra casa, corri atrás do ônibus que a moça que estava no ponto fez o favor de não parar (e ela ia pegar o tal ônibus, porque deu pra escutar). Fiquei lá com cara de "ô sua ...". Peguei o primeiro que apareceu e no meio do caminho tive que trocar de ônibus.

Depois de um tempo, entram três garotos menores de idade, dinheiro contado de moedas pra pagar a entrada. Um deles, com uma caixa de bombons, me oferece um. Recusei de forma automática, alegando que não tinha dinheiro. O cobrador se oferece pra trocar as moedas do outro garoto (provavelmente o contador). Me deu uma pena de não ter dado uma ajuda, já deve ser difícil demais ficar até 20h ou mais vendendo chocolates pra pessoas mal humoradas (me incluindo).

Foi aí que veio o terceiro, o mais novo, e me pediu algum trocado. Recusei automaticamente de novo (incorrigível?), até que vi uns papéis na mão dele. Pedi pra ver um, daqueles com o pedido de qualquer moeda pra ajudar a família e tudo mais. Enquanto ele ia pro fundo do ônibus, parei, pensei e coloquei (míseros) dois reais. Vocês precisavam ver a cara desse garoto, mostrando aos colegas o grande feito que conseguiu. O cobrador sorriu um belo sorriso e fiquei um pouco embaraçado com a situação.

Antes dos garotos descerem e seguirem seu caminho, o menor oferece um chocolate pro cobrador, por ter trocado as moedas deles. Ele diz: ofereça pr'aquele rapaz ali (eu). O menino ficou todo encabulado, e depois de muita insistência do cobrador, ele veio, me ofereceu e eu recusei (dessa vez não -tão- automaticamente)

Perto de chegar em casa, de novo sozinho no ônibus, o cobrador (que já havia notado há um certo tempo) começa a puxar assunto comigo, me perguntando se eu costumo ajudar sempre. Terminou dizendo que trocou os três reais de moedas por quatro de notas. Totalmente embaraçado, só conseguia concordar e sorrir (gostando da situação, mas querendo estar longe, se dá pra entender).

Ao sair do ônibus, ele olha pra mim, eu dou um thumb-up e uma piscadela e ele retorna a piscadela (talvez encabulado também). E foi assim, provavelmente nunca mais nos veremos e (também provavelmente) viveremos felizes para sempre.

Eu poderia ter pego o ônibus certo, chegado em casa em cinco minutos e retomado minha falsa TPM. Mas um gesto de gentileza, que não custa muito, muda muita coisa.

P.S.: for the record, conversei com Teléfono (o cara de 31 anos que falei no post anterior) hoje, conversa indo muito bem, obrigado. Um ponto a observar é que ele me revelou que mentiu sobre a cidade que morava, e pelo que entendi (ou não entendi de fato) ele não quer citar a cidade minúscula em que vive. Tipo, q? essa cidade deve ser o ralo do mundo então. "Cada um com seus pobrema".

;D

quinta-feira, 19 de março de 2009

undefined status

Estou no meu dia de ter preguiça de viver; imagino que vocês já tiveram esse tipo de experiência. Então estou vendo se depois de um post as coisas ficam mais suportáveis. Passei o fim de semana inteiro em casa, nem com vontade de ver filmes eu estava, pra vocês terem uma idéia.

Não aguentando minha falta de atitude, fui mais uma vez procurando pessoas pra conversar. Eu devo ser a pessoa mais estranha de todos os tempos, sem condições; vejam se vocês não vão concordar: eu entro na sala de bate papo e fico esperando alguém me chamar pra conversar, talvez porque eu quero tirar de mim a culpa de escolher alguém idiota (o que é muito comum de acontecer). ¬¬

O que importa, conheci um cara super legal, sem firulas e parece não ser um tipinho superficial desses fáceis de achar. Dois detalhes: ele é de outra cidade, mas costuma vir pra cá; ele tem 31 anos, e estava com muito receio de que eu o fosse desmerecer por causa disso (vide as várias vezes que ele jogou a idade dele na minha cara).

Confesso que não tenho frescura com isso; aliás, principalmente com isso. Idade não entrega nada, não diz se você é ou o quanto é esclarecido ou vivido. Não diz o que ou o quanto você de fato aprendeu na vida, não diz se você tem mente infantil, adolescente ou adulta. Gostaria de ter dito isso, mas não estava num momento muito criativo.

Enfim, a conversa rolou bem e me parece que não vai ser um coadjuvante nessa história louca. Eu poderia falar muito mais da minha semana, mas hoje eu não estou nos melhores dias. Se eu tivesse, poderia colocar a culpa na TPM, mas não se pode ter tudo na vida... ainda bem!

Pra finalizar, uma frase que escutei hoje de um professor, deve haver alguma referência, mas não tive cabeça pra procurar: "A maturidade consiste em admitir nossa natural imaturidade sobre tudo.". Bjosmeliguem

P.S.: Coloquei o aplicativo "Caixa da Verdade" no meu orkut, fiquem à vontade pra falar muitos absurdos :~

;P

terça-feira, 17 de março de 2009

meet the real me

Vou copiar descaradamente a idéia do post de M. e me descrever. Um dos motivos é que adoro me descrever, como já o fiz várias vezes (aqui, aqui e aqui, e através de um personagem pseudo-fictício aqui, aqui e aqui) neste blog, mas eu nunca me canso, talvez porque na grande maioria das vezes eu tenho uma imagem divergente das demais pessoas, o que não quer dizer necessariamente que essas pessoas estão erradas.

O que penso em fazer: nos meus sonhos mais perfeitos, pretendo seguir em algum ramo da arte (dramaturgia, moda, artesanato). Como sabemos que o retorno no início não é nada satisfatório, temos que aprender algo que dê grana. Já tive planos de uma novela/seriado, algo bem conceitual e menos eu quero ibope, me pego pensando nesse projeto de vez em quando. Com moda e artesanato, sempre tive muita habilidade manuais, mas não muito com desenho. Dá pra arranjar algum trabalho relacionado. Claro que pretendo levar adiante o que aprendi no curso; aliás, isso está em primeiro lugar. Aproveitar a oportunidade de J. é uma boa.

Algumas de minhas vontades que nunca fiz: mochilar em algum estado/país que nunca fui (preferência pelo Chile xD); um dia com todos (ou uma boa parte) dos meus grandes amigos; fazer algum trabalho voluntário (não importa o lugar); deitar na grama (como no segundo ano) e ver a vida passar, ou o lindo pôr-do-sol no horizonte; morar sozinho; criar um cachorro; adotar uma criança, ou várias; ir a algum show da Madonna (se ela ainda fizer turnê); cantar; arrasar na dancefloor (mas depende totalmente da música).

O que me irrita: Rótulos (e/ou estereótipos). Ok, some o que irrita M. e o que eu usualmente odeio. O que está no top da lista são os malditos rótulos. Apesar de eu estar conformado com sua existência, e de entender porque se é possível existir, eu simplesmente não suporto com alguém pode ser dirigido a rótulos. Eu explico: não tem coisa que mais me irrita quando estou vendo alguma novela (isso acontece muito nas novelas) do que um personagem gay genérico, com todos os trejeitos afeminados, rebolados forçados e tudo que tem direito. Eu preciso explicar que isso é extremamente degradante? Não só pelos atores que se submetem a esse tipo de papel, mas por todo homossexual que não age desse jeito. Pra não ficar tendencioso, tem também o exemplo dos rockeiros em tramas brasileiras: vestido de preto, pessoas de atitudes grossas e tudo mais. E pra pegar um exemplo mais recente, é só ver a personagem rockeira de Gloria Perez, totalmente deturpada, com gírias dos anos 80 e toda metida a esclarecida, vidida e entendida. ¬¬ ok, desabafei

Curiosidades Inúteis: tenho pânico de lugares muito povoados (oclofobia/demofobia), lembro que isso surgiu do medo excessivo quando criança de me perder e nunca mais ser encontrado (vide filho da Maria do Bairro), mas depois dos últimos shows que fui, vim perdendo mais essa fobia; Tenho uma paixão (não mais) secreta por quebra-cabeças; eu já joguei bolinha de papel numa professora (sem querer, claro, morri de vergonha por uma semana); Eu era fã de Sandy & Júnior (tipo, era tudo o que escutava) até a 8a série, também fui fã de Rouge (inclusive com um cd original delas); Apanhei muito até até a 1a série mais ou menos, quando eu rasguei a camisa de um menino que queria ficar na minha frente na fila, minha mãe não fez nada (pois sabia que eu apanhava horrores) e o menino ficou olhando torto pra mim o ano inteiro; Minha mãe já fez o favor de contratar um carro de som no meu aniversário, que ficou tocando Sandy & Júnior na frente de todo o colégio (8a série, imagina a vergonha), depois tive que aguentar um certo cara do primeiro ano me perguntando o ano inteiro se eu havia gostado da homenagem; Quebrei o braço esquerdo quando estava no Jardim II, e tiveram de implantar platina no osso (insira aqui sua referência ao esqueleto de adamantium do wolverine); Já levei uma rasteira sem vergonha por trás (enquanto estava correndo) na 3a/4a série, ralei todo no chão, mas me rendeu uma marca até bonita na mão; Já quebrei o queixo pulando no banheiro (não lembro a idade), já caí do alto da beliche enquanto estava dormindo; Já dei um tapa na barriga de um menino durante uma festa de aniversário e o coitado passou o resto da festa vomitando; Tinha mania de dar tapa de mão aberta nas costas de um menino que me perturbava na 3a série, mas ele nunca partir pra cima de mim por causa disso; Já me apaixonei por uma menina na 8a série (sim, isso é ultra-normal de acontecer), escrevia cartas com poesias pra ela e tudo mais (ca-fooo-naaaa), mas ela ficou com o cara mais errado da sala, e ele não me deixou em paz por muito tempo; Já fui assaltado uma vez (aos 9), o cara me encostou na parede e me roubou um par de sandálias Rider de mil quilômetros rodados, poucas vezes fiquei tão desesperado em toda minha vida; Tenho sonhos premonitórios, que às vezes confundia com déjà-vu's. Ok, não sou metido a mãe Dinah ou coisa parecida, são totalmente aleatórios e todas as vezes foram fatos corriqueiros (um almoço, um comentário, uma conversa etc)

Tenho muitas outras situações engraçadas, mas eu tenho de lembrá-las primeiro :~

Referência: Christina Aguilera - Stripped Intro

sexta-feira, 13 de março de 2009

knock knock, you have to choose

Estou amando o rumo das coisas. Normalmente eu não teria uma novidade semanal, todas as semanas eram as mesmas, seguindo um padrão que eu acomodamente me adaptava e achava agradável. Talvez de uns tempos pra cá eu tenha percebido mais as pequenas coisas fora de protocolo e, no final das contas, antes só percebia a parte chata das coisas. Ok, mas abstraiam que eu não sou uma pessoa louca e relevem, por favor.

Como escrito no comentário do post anterior, depois de várias horas esperando pelo tal professor que me reprovou, finalmente minha situação foi ajustada. Inclusive da última vez que o vi (do tipo da situação: apareça às 8h, e ele só vem às 9h30), ele disse: "rapaz, se preocupe não, eu num tenho o seu nome anotado?!". Minha gente, esse cidadão está me pedindo pra quem confiar nele? quem?? ¬¬

Começaram as aulas essa semana, aquele cheiro de novidade (mesclando com cheiro de feras também). O curso dobrou a quantidade de vagas nesse período por causa do Reuni. Eu quero é saber onde é que vai caber tanta gente, pq eu preciso de muito espaço senão eu morro [/demofóbico]. Ainda tomado por uma simpatia espontânea sem duração definida, estou me socializando mais com o pessoal, aproveitando que entrou um xará (cutie) no laboratório, o que dá margem a confusoes "gustavo? qual gustavo?? ah, o antigo haha" às vezes bem oportunas.

Mas vamos aos fatos mais interessantes. Segunda feira, J. me liga contando de uma proposta de emprego. Ele está fundando uma pequena empresa e estavam precisando de um cara que fizesse o que eu faço (e quem me conhece sabe o que é :P). Pelo o que entendi na rapidez da ligação, era uma sociedade com pessoal de confiança e tal. Todo polido e educado ele me diz que foi a primeira pessoa que lembrou (o que me surpreendeu, na minha modéstia), por estar no final do curso e por ser de extrema confiança dele. Fiquei de pensar e dar uma resposta no dia seguinte.

Comecei a suar na hora (é, eu tenho essas manias), pensei bastante no assunto. Apesar de não ser no exato momento em que esteja precisando, é mais do que oportuno, pois os projetos do laboratório estão acabando, assim como minha bolsa. Sem contar que eu ganharia muito mais experiência e me exigiria muito mais responsabilidades. No dia seguinte, pensei em ligar pra ele dando a resposta, mas minha mãe estava na sala e amarelei (pequena nota: prefiro não falar coisas ainda não confirmadas pra minha mãe porque ela gera o dobro de expectativa que eu normalmente gero, e a gente sabe que não é bom). Optei por mandar um email meio formal, explicando (sem frescura, pois não tenho firulas com ele -pequena observação: ele acha que eu falo tudo o que penso... hohoho, não é engraçado?! :P-) que gostaria de aceitar, mas não tinha tempo de me dedicar nesses próximos meses. Moral da história: ele não recebeu o email e eu vou ter que ligar mesmo :P

[...] Liguei ontem pra ele explicando tudo de novo. Ele me disse que podia esperar (yoopee) e que por enquanto poderia trabalhar com prazo grande, devido as aulas e o projeto. Bem, fiquei de conhecer o pessoal nos próximos dias.

Já estou contando com essa possibilidade pro futuro próximo, pois por enquanto não me interessa ficar mais um ano sem a oportunidade de aprender novas tecnologias (aquele esquema de aprender pela necessidade) e ainda sem publicar algo relevante (lembram que nessa brincadeirinha perdi a publicação de um artigo científico? o bom é que os dados dos experimentos estão bem guardados).

Alguns se perguntam (olha a pretensão): e o coração? [/tvfama]. Bem, não vejo peruca há muito tempo, e também não estou com disposição pra procurar alguém (cansa às vezes). Deixemos assim, então, mas por enquanto. Geralmente, o "por enquanto" da minha família termina na pronúncia do "-to", mas vamos abstrair mais uma vez.


sábado, 7 de março de 2009

it's only natural, but why did it have to be me?

Na sexta, quase que por milagre (créditos à sessão de chás amargos também), acordei muito recuperado. Fui pra universidade ver como os experimentos estavam, enviei os resultados parciais à minha chefa e fomos eu e B. à rodoviária, como combinado. No caminho, mais um integrante entrou nessa excursão: Alfie. Ele é nerd também, gosta de filmes e é LOST-maníaco (aee).

Chegamos em cima da hora pro ônibus e fiquei a maior parte da viagem isolado para evitar spoilers do último episódio de LOST. Nesse momento, tinha um senhor bêbado (às 10h da manhã), dizendo que tinha tomado '10 Brahma' e que estava 'já se urinando' o.O. Chegamos e depois de algum tempo, entramos na primeira sessão, totalmente ansiosos. O cinema, geez, é extremamente melhor do que o daqui (só pra constar, o filme só vai estrear aqui daqui a três semanas, dublado ¬¬).

Pra começar a tela é extremamente grande, e da posição que eu estava, não dava pra observar tudo com meus 120º de amplitude visual. A qualidade do vídeo não deixava a desejar também, detalhes como tecidos, textura e pele eram perfeitamente notáveis. Já o som era muito maior, mais limpo; era tudo que um amante (fraco, diga-se de passagem) de cinema merecia.

Estava tudo bem, passou a abertura (per-fei-ta, digna de destaque) e o filme foi perdendo o foco. Pessoal gritando, legenda e rostos incompreensíveis, pessoas saindo do cinema, pedindo dinheiro de volta, um auê. Com quase uma hora de exibição, a gerente avisa que a sessão terá de ser cancelada e que o ingresso valia a segunda sessão. Explicamos que éramos de outra cidade e precisávamos voltar naquele mesmo dia; em resposta, ela falou que a próxima sessão era às 17h e então teríamos uma hora pra pegar o último ônibus de volta (21h).

Depois de dar a n-ésima volta no shopping, passamos lá e vimos 17h35 nos horários do filme. Com vontade de enforcar alguém, procuramos a tal gerente e ela avisou que o horário estava certo e que não poderia fazer muita coisa. Tivemos que decidir então entre voltar pra nossas casas ou ver o filme e esperar que fosse possível pegar o tal último ônibus. Eu não tinha contato de ninguém conhecido, e B. só tinha o primo pseudo e entrou em desespero. Desencanamos e assistimos o filme praticamente de novo. Ao surgirem os créditos, Alfie começa a correr louco pra saída, e eu, sem ter nem noção da hora, segui correndo também.

Corremos todo o caminho (longo) até a saída, passando pela praça de alimentação (lotada). Como eu estava atrás, passei olhando a reação de todo mundo, hilário. Imagina aí se surge algum segurança no percurso e me dá uma voadora? nossa mãe. Chegando fora do shopping, pegamos o taxi e dissemos ao motorista que queriamos chegar a tempo do ônibus de 21h. Ele apostou com a gente que chegava a tempo de pegar o de 20h30. Minha gente, o cara era louco! Ultrapassou sinais vermelhos, fechou uma porção de carros a alta velocidade, fez curvas fechadas, e ainda interagiu com a gente.

No final das contas, a gente chegou mesmo a tempo pro ônibus das 20h30 (e ele levou a aposta a sério mesmo), se houvesse algum (rá!). Voltamos comentando o filme, 300, jogos, encontros de anime etc etc. Só tenho uma coisa a dizer: melhor aventura da década! Achava que ia ser sem graça, mas tudo deu errado e certo ao mesmo tempo. Gosto quando os imprevistos vem e se resolvem naturalmente*, mesmo quando tinham tudo pra dar errado.

Eu fiquei esperando no noticiário local algo parecido com arrastão/ataque terrorista no shopping, taxista incriminado por participar de fuga, mas nada. Decepção, viu?

:P

Referência: ABBA - Why did it have to be me?
* defina naturalmente, com uma fuga desesperada e uma fuga de carro maior ainda o.o
P.S.: desculpa a pressa do post, mas se eu fosse seguir minha mania de contar detalhes ficaria muito chato :P

epepeô

A semana tinha tudo pra dar errado, e fez questão de dar mesmo. Pra começar, o professor de uma disciplina ridícula [/raiva contida] por en-ga-no me deu 1.5 de média e me reprovou. Lá fui eu na casa do cidadão pedir que ele revisse minha situação. Aliás, não só minha, pois ele havia cometido o mesmo erro com outros alunos. Por fim, me avisou que no dia seguinte estaria no Centro de Sociologia pra corrigir minha nota. Chego lá, quinze minutos antecipado, e saio meia hora após o combinado de mãos vazias. Eu poderia fazer uma palestra sobre pontualidade, porque ainda acho que é uma coisa importante atualmente, sabe?

No final das contas, ele sabia meu nome e o tipo de erro que havia cometido; melhor confiar na memória do que na pontualidade. Além do mais, as coisas no laboratório estão corridas. O pessoal está concluindo mestrado e muitos vão embora. Enquanto estou concluindo os experimentos pra dissertação da minha chefa, vou passar por um treinamento pra mudar de 'setor'. Tudo que eu queria (sem sarcasmo), nada como trabalhar em algo totalmente novo, dá mais motivação.

Tentando dar um pouco de diversão, combinei com B. nossa viagem pra capital (pra ver Watchmen) e na quarta, todo felizão, fui avisar a minha mãe da aventura. Apesar de não entender que a capital não é no fim do mundo e que não era um filme qualquer, não dei a mínima e fiz tudo pensando na sexta.

Na madrugada, uma infecção alimentar (ou provavelmente algum vírus) me deixou pra baixo a quinta inteira, dores em todos os lugares, comendo muito pouco durante o dia todo e pra terminar o dia, uma dor de cabeça dos piores níveis suportáveis. Não bastava perder a estréia de The Dark Knight? Sim, bastava, por favor.

continua...

no próximo capít-, err, post, falarei sobre a viagem. Sim, ela aconteceu, é um spoiler :P~

domingo, 1 de março de 2009

breath of happiness

Como devem saber, essa semana que passou foi a última para a entrega do relatório. Como esperado, não aproveitei o carnaval; pra ser mais específico, nem o desfile das escolas de samba eu vi (como se fosse a razão da minha existência). Mas fiquei indiferente, além do mais não há muitas opções de diversão -carnavalescamente falando- por aqui. Contudo, só pra não dizer que não aproveitei coisa alguma, fui a um evento de animes no sábado, e foi divertidíssimo.

Tudo ocorreu bem, e na quinta já tinha uma versão final, mesmo no meio de todo o barulho do laboratório pós-festitidades. Acabei sumindo um pouco do mundo virtual (talvez do real também), mas foi por uma boa causa. Nessa turbulência, minha chefa foi forçada a fazer meu trabalho de peão (fazer experimentações que demoram horas), me custando algumas intervenções; nenhuma irritação, nem com ela nem com o tal colega de laboratório que me interrompe todas as tardes. Sim, estou estranhamente calmo.

Na vida 'amorosa', nenhum avanço significativo, apenas que bloqueei CS de uma vez. Motivo? Só que me caiu a ficha do que aconteceu, desde o início, e que eu não conseguia perceber. Sabe quando você fica tão focado nas qualidades de alguém, que você esquece (ou não nota) qualquer vacilo? Isso é bom às vezes, mas me rendeu algumas semanas de pensamentos andando em círculos. É, me tiraram os óculos, mas eu estava de lentes.

Enfim, na sexta-feira, horário do almoço e terminados os afazeres, me permiti um horário de felicidade: sozinho no escuro, assistindo LOST e comendo compulsivamente bolachas cream-cracker vencidas. <3

Terminado o relatório, só precisava de um documento do meu orientador para poder entregar o relatório na Pró-Reitoria. Acabei passando o dia inteiro esperando por esse documento que, há duas horas da entrega, percebo que ele havia, cof cof, esquecido. Estão vendo que eu *tentei* entregar antes do prazo, certo? Tivemos que ir, eu e minha chefa-mor, à casa dele. Na ocasião, ele aproveitou pra dar uma bronca (merecida) ao meu comportamento no projeto, com relação à minha timidez (exacerbada, e estou longe de gostar dela). Me recomendou até fazer curso de teatro; opa, não tire do túmulo meu plano/sonho mais louco ok?

De volta à universidade, fui entregar o relatório. Quando chego lá, a sala estava fechada e as luzes apagadas; só o que faltava. Mas no fim, foi só um susto e consegui entregar sem problemas. Pra completar, chegaram ontem meus DVDs e o Guinness pra minha mãe. Ou seja, diversão infinita nessa (última) semana de pseudo-férias. O que planejo: Ver filmes (em dvd e os mais de 10 no computador), terminar The O.C., ler Watchmen e assistir a versão cinematográfica na capital.

Como moral da história (e tem?), foi uma pequena demonstração de como uma semana de escrita científica e diversão musical restrita a Marisa Monte e Beyoncé (oi?) podem ser até legais e, hum, proveitosas.

o.ô