sábado, 31 de outubro de 2009

i hide my pain like the rest of them...

Quinta feira aconteceram tantas coisas que parecia mais um seriado. Alguns podres da família revelados, discussão, lágrimas e álcool. Ah, e um show de rock pra acabar o episódio dia. Mas vamos por partes e tentar não ser confuso.

Parte 1: Family Issues

Uma coisa que adoro nas últimas conversas com minha avó é que ela anda soltando uns ‘segredinhos’ da família. Interessante, e compreensível, quando na infância os pais tentam passar a imagem incorruptível e inabalável, querendo os proteger de todo mal. Por isso que quando as crianças crescem e veem a verdadeira face, se revoltam e aí já viu.

Além de contar como meu pai nunca foi santo e como minha avó materna nunca foi com a cara dele, soube quinta feira que meus avôs nos seus early years costumavam beber juntos. Não é grandes coisas, pois essa cidade sempre foi um ovo; o problema é que minha mãe tem trauma de infância com o pai dela, históricos de agressão + alcoolismo. Irônico pensar que ele morre quando minha mãe era criança, em mais um dia em que estava trêbado, e anos depois os dois lados da história se juntarem por um laço, digamos, irreversível.

Ah, hoje mesmo minha avó tava falando do sogro. “ô homi chôco, Deus me livre!”, e como ela não aguentaria se ele batesse as botas depois da esposa (a santa). Eu preciso escrever isso em algum lugar, é como se fosse minha pré-história. Estou louco? Psicótico?

À noite, eu e B estávamos à procura de um cartão de crédito pra garantirmos nossos ingressos no show do Coldplay (tenham noção do que é isso na minha vida!). Depois de sair do computador, falei com minha mãe do tal plano do show, isso depois de ela saber (meio em cima da hora) que eu iria pro show “da banda” mais tarde. Daí foi só o drama, que eu não compartilhava as coisas com ela, que ela era um fiasco como mãe e tudo mais.

Até aí tudo bem, basicão. Daí ela fala que se não tivesse achado minha agenda, nunca saberia da minha orientação por mim. “É porque é super fácil falar uma coisa dessas né?”, falei na bucha. Não satisfeita com o drama instaurado, ela me fala que o sumiço do meu pai foi por causa disso. Toda a raiva acumulada sobre algo que não tinha certeza até o momento subiu, os piores palavrões estavam na ponta da língua, e estava prestes a dizer mesmo. Mas existe uma merda de coisa chamada respeito e, não aguentando, comecei a chorar descontroladamente de raiva.

Tudo bem que ele poderia nem olhar na minha cara, mas abandonar o resto da família, incluindo os pais (que moram com a gente), passar dias na cidade, passar até perto da rua e nem dar as caras é de uma covardia sem tamanho. E agora posso dizer sem o receio de estar pensando demais. Sem falar que numa família com 4 mulheres, sou o único homem da casa, porque meu avô faz questão de ficar no seu canto, isolado. Injusto, muito injusto.

Mas como sofrer não resolve muita coisa, e eu tinha de ir pro show “da banda” há muito tempo. Segurei minha raiva logo, pra não ter que aparecer no local de cara inchada e olhos vermelhos. Se bem que chegar assim num local daqueles queria dizer outra coisa, mas tudo bem.

Nesse CLIMÃO, fui pra casa de B pegar uns filmes e de lá fomos pro show. Tinha tudo pra dar errado: Toda a graduação sabia do evento e iria em peso, o que significaria que os mais transados e proporcionalmente insuportáveis. Outra que eu tinha compromissos da graduação no dia seguinte, porque afinal estávamos no meio da semana :T

Tudo pra dar errado, não é? Pois acabou sendo uma das (poucas) noites mais divertidas do ano!

Continua ;D

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

murphy rlz

Nada como fazer as coisas na pressa pra perceber que você poderia ter economizado tempo se tivesse mais calma. Eis que hoje começou o Congresso de Iniciação Científica e, como sou bolsista, sou obrigado a participar. Eis que hoje também é ponto facultativo na universidade; ou seja, salas fechadas. Chego cedo pra pegar o material do evento (que aliás está muito melhor organizado esse ano) e quando volto para o laboratório, ninguém está lá; pra completar, perdi a chave, provavelmente deixei lá dentro e alguém a guardou. comofas/

Não posso (na verdade, não quero) voltar pra casa, até porque eu teria de vir à tarde pra universidade, onde minha colega iria apresentar seu trabalho, o qual fui voluntário. Eu poderia ligar pra gnomo (ele mora em frente), mas prometi pra mim mesmo acalmar os ânimos. Escolho então um lugar onde posso encostar e esticar as pernas. Abro a bolsa, que foi parte do material do Congresso e voilá: um bloco de papel novinho *.* Tiro do bolso um lápis e começo a escrever.

Apesar de poder ver gente passando de um lado para o outro, estava numa calma que me deixava contraditoriamente inquieto. Tento ligar para alguém, mas estou sem créditos #pobre, o que significa que não poderei ligar pra gnomo, e eu sei que disse que não ia ligar (isso se chama inconstância). Como várias outras coisas estavam passando na minha cabeça, não tive muito a discutir sobre a vida e coisas adversas, e então darei o giro de notícias.

Nos últimos dias, em conversa com gnomo, ele me falou que não estava bem, e que esta "má onda" somada com a crise da pós-graduação não o estava deixando no melhor estado. Exibindo meus talentos, o aconselhei e acredito que o fiz ficar melhor (porque posso escolher boas palavras, mas não necessariamente ser convincente).

Ontem conversei com ele outra vez, e ao perguntar se ele estava bem, ele me responde que "digamos que sim", e espera que em duas semanas pretende dizer. Estranho, não? Dei um tempo e me permiti ser indelicado curioso ao perguntar se tratava de algum problema na família. Ele diz que se trata de saúde, e que a probabilidade de ser algo ruim é baixa. O aconselho com aquela conversa de "não sofrer por antecipação" que todos nós devemos saber. Daí eu o ensino a instalar um emulador no computador dele e, depois de agradecer e dizer que vai jogar, some; provavelmente foi reviver a infância com Super Mario World.

Deixa quieto : B

sábado, 24 de outubro de 2009

am... não?

Como alguns devem saber, desde sábado estou com alguma coisa na garganta, que peguei de um colega de laboratório. Desde então minha voz foi sumindo aos poucos, mas hoje está melhor. Como estava evitando condicionadores de ar, pedi pra voltar mais cedo pra casa, a fim de melhorar. Apesar da semana ter tido muitos afazeres (entrega de dois projetos, mais duas provas, mais confecção do poster pro congresso de iniciação científica), deu pra resolvê-los com certa tranquilidade. Bem, isso é o que eu penso, porque adiei outras coisas pra semana que vem, fazer o quê?

Nesses momentos em que estava em casa, Teléfono apareceu e perguntou se eu estava ocupado. Disse que estava, e estava mesmo estudando pra prova do dia seguinte. Digo que se ele quisesse falar alguma coisa, podia falar, mas calado ele ficou. Bem, algum tempo depois, ele pergunta se eu estava desocupado, e dessa vez estava, sem paciência pra ler o material e sem vontade de sair do computador.

Daí ele duvida do que eu falo, como se eu estivesse fingindo ou o suportando naquele momento. Fato é que não gosto de ignorar as pessoas, sou mole, confesso. “assim, nada que eu falar é o suficiente né?”, perguntei. Daí ele finalmente fala o que queria: jogar Damas

[um minuto pra você fazer o que quiser: rir, pôr a mão na cabeça, ou os dois]

Como eu não tinha outra coisa a fazer, topei. Durante a partida, quando dei talvez a única jogada que prestava (eu não tenho prática com damas, desculpa), ele reclama, e eu mando um “:*” de provocação. Mas acho que ele não entendeu desse jeito. Daí ele manda um smiley de flor “(F)”, e eu: “nem venha me distrair”. “eu q fiquei distraido so pq tou com vc”, “haha tá bom”.

Terminamos de jogar, e eu perdi a partida, de novo. E quando eu achei que a situação estava até normal, lá vem: “gostei mais de ter jogado com vc do que ter vencido. saudade de tu”. Mas não é um sem-vergonha?! Depois disso, cortei a conversa e disse que ia dormir, pois qualquer coisa que eu falasse seria mal entendida.

Dando continuidade à vida, porque ela anda rápido, nas poucas conversas que tive com gnomo, as coisas entre nós estavam normais. Nada imprevisível, porque apesar do mimimi e do meu /fail do domingo, não achei que ele fosse dessas frescuras todas. Cheguei a convidá-lo pro cinema (que não é bem um programão com o ‘cinema’ que temos aqui, mas...), ele disse que iria pensar, daí eu falei que levaria um amigo junto, pra ele não pensar que seria mais uma tentativa minha de apressas as situações.

Mas acabou não dando certo. Minha voz estava em falência e preferi não me aventurar no frio de sertão que aqui está. Quando o aviso, ele disse que iria topar (¬¬’), mas que veria um dia com melhores circunstâncias. É gente, estou fazendo o inverso dessa vez, porque toda vez que me aventurava com alguém, o cidadão arrumava mil possibilidades de encontros e eu (mimizando) não topava. Agora é minha vez. Afinal de contas, desempenhei muitos papéis esse ano (bom-ba-ção, hein?), e essa é mais uma.

Mas calma, gente, não me perdi no meio do caminho. É só meu ascendente em Gêmeos se amostrando.

:*

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

graduation part 5

Perto do final de 2003, como tinha passado por média em todas as disciplinas, acompanhei de longe o sufoco do restante dos alunos. Dani, Elton e Vanessa foram reprovados, e Tots quase ficou na mesma situação, pois nunca foi bom em inglês. Confesso que senti um pouco de culpa, pois mostrava aos outros que tirava notas boas, às vezes conversando mais que os problemáticos da turma. Além do mais, no último trimestre já não me importava em dedicar ao estudo (pois as notas já eram suficientes), ao contrário do restante da turma que "corria atrás" para não fazer prova final. Alune é tudo igual.

Daí pra frente só vi o pessoal na última semana do ano. Dani passou em casa dizendo que a situação na casa dela não estava fácil. Vanessa tinha ido para outra cidade e Elton provavelmente estaria viajando. Faltando algumas horas para o Ano Novo, fui à casa de Tots (só gosto de aparecer lá de surpresa), e minha vontade era de ficar lá (com ele, e sim, sou brega); porém, por convenções familiares, tive de voltar pra casa.

Até o período de matrículas eu não tinha certeza se iria continuar a estudar no mesmo colégio pois, apesar de algumas promessas, meu pai estava desempregado. Talvez por isso (ou por até então viver em uma ostra) acabei sumindo do radar. Aos 45 do segundo tempo (super entendido de futebol humpf), meu pai trocou o carro por um mais barato e, com a diferença, paga mais uma anuidade. Eu nesse momento fiquei admirado com a confiança que ele depositou, e a esperança de que eu ia fazer minha parte.

Foi aí que começou o (talvez) pior ano da minha vida. [Pausa de 40 minutos, pensando em que ponto começar]. Parte foi da falta de paciência inerente a essa fase, mas convenhamos que poucos fatos ajudaram. Antes de tudo, entrei em crise existencial enquanto minha irmã tentava me converter; aquela dúvida/impasse entre seguir uma doutrina ou seguir meus instintos, o que não é nada justo para o auge de hormônios dos 14/15 anos de idade.

Enquanto não decidia o que iria ser, pensei ser melhor me afastar de todos, o que não foi tão difícil. Me afastei dos meus pais, também porque não aguentava mais a rotina de ir ao mesmo lugar todos os finais de semana, servir de babá da minha sobrinha no meio de um monte de adultos bebendo, gritando e escutando forró descartável a manhã (e a tarde) toda. Não foi difícil de fato pois, apesar da dramatização que minha mãe fazia, não discutíamos quando eu não queria algo. Aliás, não conversávamos muito de qualquer forma.

Nesse contexo, o ano letivo começoue já não contava com o auxílio do meu pai, que me levava ao colégio (talvez o único momento da semana que tínhamos só pra nós dois). Passei a ir a pé (15 minutos), e de vez em quando meu professor de matemática (Elvis) me dava carona no meio do caminho. A turma havia ficado grande demais, muita gente nova, porém não muito diferente do 1º ano.

Logo nas primeiras semanas, eu e Tots começamos a nos afastar gradativamente. Analisando a situação hoje (mil anos depois), admito que meu afastamento do mundo foi responsável. Enquanto isso, Dani mandava cartas através da irmã (que estudava na sala em frente à nossa) todas as semanas. Nesse momento, Dani estava na capital, forçada, fazendo supletivo para "reverter" a reprovação. Eles (Dani e Tots) ainda estavam "juntos", mas ninguém -além de nós três, claro- sabia e nem eu emitia a mínima opinião a respeito.

Quando ela soube que nos afastamos, a ponto de não falarmos um com o outro, tomou parte de intermediadora, pedindo e até implorando para que voltássemos a nos falar. Mas estamos falando de garotos adolescentes e teimosos, e seria preciso muita persuasão. Todos estavam tristes com a situação, e Dani se sentia impotente por não conseguir levantar a bandeira branca. Daí foram semanas e meses de cartas super dramáticas, que vou transcrever no próximo post.

continua

littlest things

"As menores coisas me deixam lesa de felicidade, assim como pequenas coisas me deixam pra baixo". Em conversa com Mariana, nos sentimos assim. Eu sou capaz de rebobinar a mesma situação várias vezes, durante dias inteiros. Como sempre, the same old story: poderia ter me controlado, poderia ter falado tal coisa etc etc.

Depois da surpresa que Teléfono me reservou, o desbloqueei no messenger sábado. Menos de 10 segundos depois, ele aparece (me bloqueou pra saber quando eu o desbloquearia, espertxenho). Me perguntou se eu ainda estava com raiva, e daí em diante só fiz explicar minhas razões, algumas das quais não citei aqui, algumas que já reclamei há muito tempo.

Ele pediu descupas várias vezes, explicou que não imaginava que eu ia ficar tão irritado e bruto. No final, eu disse que minha decisão era definitiva, até porque eu já tinha acabado com ele uma vez, e não parecia coerente ficar nesse "vai e volta".

Pontos positivos: nenhum, odeio discutir relação

Pontos negativos: depois de explicar meus motivos e ele se justificar, T. ainda vem como se nada tivesse acontecido, falando que está com saudades e tal, e que estava se programando pra vir de novo pra cá. Paciência. Eu pergunto a ele se estamos dando certo, ele não responde, e vem com uma desculpa que é exatamente o que odeio: esperar. Não, por favor.

A parte em que ele disse (indiretamente) que poderia aguentar a distância e sabia conviver com as poucas horas que a gente teve nesses últimos meses ficou reverberando na minha mente. Poxavida, né? Não imaginem eu numa relação dessas de novo, nem que seja com alguém de um distrito vizinho daqui. Eu falo isso mas nunca se sabe o que pode acontecer :x

Enfim, domingo esperava dar andamento nas minhas tarefas, mas não deu (como sempre). Passei a tarde inteira conversando com Mariana, B. e Gnomo, e jogando Braid. No clima de descontração que estava a conversa com Gnomo, me permito soltar uma indireta, naquele estilo: escreve a besteira, conta até três e dá enter, sem pensar. Claro que eu não faria nada se não sentisse interesse da outra parte, né? Bom senso, por favor.

"Isso é uma cantada?", diz ele. Eu: "am... digamos que sim". "mas lembre-se que somos amigos até então"

/FAIL

Aí fui contornar a situação, como se melhorasse o fato de eu estar sendo apressado demais. Daí ele diz: "você tem razão, mas é o seu jeito, infelizmente"

in-fe-liz-men-te. Esse 'infelizmente' matou, até hoje.

Depois disso saí do messenger e fiquei os últimos dias pensando no que eu tinha acabado de fazer. Não vou me arrepender de ter sido direto, até porque (alô-ô) venho reclamando que não tomo atitudes há muito tempo. Encontrar um meio termo pra tudo é de enlouquecer, vão por mim.

Já que hoje percebo que nossa *amizade* não mudou muito, estou mais tranquilo. Mas também não posso dar mais um passo nos últimos meses dias, para não parecer obcecado. Eu não faria a indireta se não tivesse realmente interessado no momento, também não o faria se ele (do seu jeito) não tivesse mostrado interesse. E não é fruto da minha imaginação, quase todos os chats estão salvos à prova.

oh hell x_x

sábado, 17 de outubro de 2009

peripécias

Estes últimos dias foram bastante corridos, de modo que era um milagre eu chegar em casa antes das 23h. Muito trabalho, muitas desculpas pra deixar pra depois, respirar e viver minha vida. Ironicamente, e não lembro se já falei por aqui, que nos momentos mais estressantes, quando parece que tudo depende de mim, é quando eu me sinto mais carente (oun :3). Uma carência que às vezes nem os amigos (sem sentimentos de desprezo aqui) podem suprir.

Enquanto terça começou com tudo, tendo entrega de projeto e a audiência sobre a conta indevida que recebi (contada aqui), eu já não via a hora de chegar logo o sábado pra poder tentar descansar. Há três horas de começar a audiência, o responsável da loja virtual onde comprei meu monitor me comunica que fora ele quem mandou a conta, por um terrível engano. A história inicialmente estava mal contada, mas trocando emails com ele ficou mais claro. Mesmo assim, como não tinha evidências suficientes para argumentar, tive de ir à audiência.

Chegando lá, recebi a notícia de que a audiência de conciliação seria remarcada, por falta de autoridades jurídicas no momento. Só em março agora, pff. Ainda me deu vontade de conversar informalmente com o representante do banco (cute, por sinal), mas como não tinha terminado de esclarecer os fatos com o responsável da loja, resolvi deixar como está, por enquanto.

Mudando de assunto, essa semana em conversa com gnomo, me escalei pra passar na casa dele durante a semana pra curtição. Propus levar um filme, tomar uma cerveja, conversarmos... enfim, killing time. Dentre os filmes que eu tinha, ele quis ver A Home At The End of The World, pois fora atraído pelo nome. O avisei que era um filme temático (e geralmente tem cenas sugestivas), mas ele não se importou.

Sendo assim, sexta fui pra lá. Mas antes, estava com B. editando o blog do nosso projeto quando um número desconhecido me liga. Não costumo atender, mas pensei que poderia ser algo importante. Pra que eu pensei isso?! Era um homem, a voz não parecia familiar, voz de homem parece todas iguais. Perguntei quem era... adivinha? Era Teléfono, e ele me liga de um celular aleatório pra eu poder atender.

Me perguntou se eu estava com raiva (naaaada), e que um amigo tinha mandado o vídeo pra ele e tinha achado “engraçado” (sim, quantos anos esse seu amigo tem? 12?!) e que achou que eu ia gostar também. “Pois é, mas eu não gosto dessas coisas”. Pediu desculpas umas cinco vezes, e perguntou se eu o havia bloqueado no messenger (naaaada). “Não, é que eu ando muito ocupado esses dias”. Sei que não falei o que deveria falar, até menti (droga); caso ele aparecer, darei minhas explicações.

Voltando depois desse exemplo de timing que a vida dá, fui à casa de gnomo. Não deu pra ver o filme, pois ele não tinha codec de áudio suficiente. Enquanto baixava o K-Lite, ficamos vendo o começo de Vicky Cristina Barcelona. O filme estava divertido e, mesmo terminando o download, continuamos a ver. O filme é divertidíssimo, Scarlett Yohansson e Penelope Cruz estavam ótimas no filme, juntas ou separadas. Gnomo disse que não se conformava como alguém poderia achar Javier Bardem atraente, mas convenhamos que o cara tem a lábia.

Conversamos bastante, passei praticamente a noite toda lá, conversando. Falamos sobre futuro, sobre os micos que já passamos. Mas como sou mole, não quis ‘chegar junto’, mesmo sentindo que ele queria o mesmo, dada a inquietude das mãos. Sabe como é, vocês sabem às vezes regrido e eu penso demais antes de dar algum passo; achei que seria apressado demais, sei lá. Que chato.

Resultado: o dia foi feliz. Talvez seja melhor começar assim, conhecer melhor, ganhar confiança. Ao menos, sinto que ganhei um amigo o qual posso falar minhas viadagens coisas quando quiser. E ele nem sonha que eu penso isso tudo... Eu penso demais! /o\

terça-feira, 6 de outubro de 2009

graduation part 4

Apreensivo sobre o início das aulas, pelo tipo de gente que provavelmente encontraria, e pelo pensamento que os professores colocavam (que o Ensino Médio não era pra brincadeira). O fato é que essa era a segunda vez que entrava numa turma nova. Porém, dessa vez eu não tinha nenhum colega do colégio anterior pra me ajudar.

Eu era dezenas de vezes mais tímido do que sou hoje (se é que isso é possível), e não conversava com ninguém nas primeiras semanas do 1º ano. Compartilhava meu livro de matemática pra Vanessa, garota bem simpática, meio lesona, que era amiga de Dani. Enquanto conversava aos poucos com elas, ia nos intervalos para a quadra e, como se gostasse demais de futebol, ficava olhando os garotos da minha sala jogando. De vez em quando guardava os celulares deles durante o jogo, para não ocorrer nenhum acidente, tudo no maior clima de cooperação.

A situação só veio mudar depois dos resultados das provas parciais do primeiro trimestre (que chamavam de bimestre não sei por que). Minhas notas causaram um certo espanto, conseguindo alcançar (ou superar) as do até então (e por muito tempo) cara mais inteligente da sala, que mesmo estando nessa posição não tinha nada de arrogante. Muitos começaram a me olhar diferente, e não estava certo do que aquilo significava. Ainda na mesma semana, alguns do grupo dos bagunceiros, os quais havia evitando por históricos de bullying, vieram urubuzando me perguntar se eu topava "passar as provas" da próxima vez. Talvez pra evitar desavenças, ou até gostando da pouca popularidade que havia conseguido, aceitei.

Um pouco antes disso, durante as apresentações dos alunos (daquelas que enchem o saco, por ser uma apresentação pra cada um dos professores), quando um dos alunos disse de qual colégio tinha vindo, tive a impressão de já ter escutado sobre aquele lugar de nome estranho. Num dia aleatório, o perguntei sobre o colégio, e descobrimos que tínhamos amigos de infância (daqueles que podiam ficar dias brincando) em comum. Ele era Tots, ou melhor, a primeira e mais dramática paixonite que se tem notícia (e que ja postei aqui). Daí não demorou muito e tínhamos um grupinho, em que incluímos Vanessa, Dani e Elton.

Dentre os fatos mais marcantes do ano, houve um dia em que, num momento nerd que quer aprender, acabei gritando rudemente com Dani, e a gente ficou muito tempo sem falar. Vanessa era a intermediadora da situação, me contando os pitis que ela dava porque eu preferia a companhia de Tots à dela (por motivos óbvios). Não lembro se cheguei a pedir desculpa (eu era mais teimoso que hoje, certeza), mas a gente voltou a se falar. Dani tinha um jeito meio diva / Beth Ditto que chamava muito atenção, o que me incomodava. Mas sentia com todos que eu podia falar o que quisesse, enquanto que com Elton podíamos deixar as meninas chocadas, falando sobre sacanagem haha.

Houve também as noites que, depois da aula, ficávamos na rua em frente, ou escondidos em alguma parte escura do colégio, jogando "Verdade e Consequência", que eram absurdamente divertidos. Contando com a vez em que (numa das "Consequências") Dani beijou Tots, depois ficando várias vezes, o que partiu meu coração em três.

No final do ano, a professora irritante de química teve a idéia de troca de bilhetinhos. O objetivo era que cada um mandasse bilhetinhos de "Foi bom passar o ano com você" para todos, mas seriam guardados por um responsável (acho que foi Juliana). Até que, no dia da confraternização, os bilhetes foram entregues, um a um. Meu professor de Química ficou atrás de mim, enquanto os bilhetes eram entregues...

"Eita, ninguém escreveu um bilhete pra Gustavo..." "Ninguém lembrou de Gustavo..."

Já estava ficando sem paciência, quando me entregam o primeiro. Era de Tots. A mensagem era tão boba, e tão bãã que eu comecei a chorar na hora. Mas chorar MESMO. Cada bilhete novo que lia, eu voltava pro dele e não conseguia parar de chorar. Me chamem de brega. por favor.

Nesse momento o professor parou de tirar onda, depois que percebeu que estava chorando sério. Fomos todos para outra sala, com os olhos vermelhos, quando a professora (talvez) promove mais uma dinâmica. Cada um desenhava sua mão numa folha em branco e distribuía aos restantes, para eles assinarem, como se fosse o livro da formatura dos estadunidenses. Eu ainda não entendi o sentido de se desenhar a mão (coisa mais Jardim I), mas guardo esse papel até hoje, quase rasgado e desbotando, como podem ver aí


[em tamanho maior hands1 hands2]

As mensagens que mais gosto são as de Artur (um dos que eu "passava as provas") e Elton. Estas marcações em verde não fui eu que fiz, foi uma menina envolvida-aleatória.

"Foi um prazer estudar com você e também é muito bom saber que quando eu precisar de você, sempre serei bem ajudado, você sabe que nossa amizade não tem besteira, quando precisar de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, é só contar comigo. Até para o ano para começarmos uma nova batalha conta as provas. Um forte abraço do amigo ARTHUR"

"Guga foi muuiito bom estudar com vc e desenvolver essa amizade tão saldável e especial. Kra falando sério, quem tem um amigão como vc, é muita sorte. Vc é muito especial!!! mas não só pra mim, e sim para todos e para Deus (olha eu falando bem de Deus ai! to melhorando né!? Bom kra foi muito bom ter estudado e formado um grupo com vc, vou sentir saudades das nossas verdades e consequências, de eu e vc chocando os meninos Dany e Tots. Mas ainda somos e sempre seremos "o grupo"

Um grande abraço de seu grande amigo
Helton"

Ah, os bilhetinhos? Confiei em deixá-los na bolsa de Dani. Resultado: nunca mais os vi na minha vida! Mas, Mariana, se tu achar algum meu, me mostra?! Eu quero ver qual mensagem genérica eu escrevi haha.

:* continua...

backwards and forwards with my heart hanging out

Tenho a impressão que minha memória deveria ser estudada. Enquanto não lembro ao menos o que falei no dia anterior, certas situações vão e voltam, situações ruins em sua maioria. Não estou arrependido de ter afastado teléfono de vez, nem sinto culpa por não dar a ele o direito de falar. Acredito no bom senso das pessoas, e que ele vai se tocar que eu estou desapontado, não só por causa de um vídeo idiota e todo o contexto que ele preparou. Bem, se ele não perceber... get ovet it.

Descartando relembrar o sábado à noite fatídico, além da dor de cabeça causada por esse calor, estou ótimo, risonho e límpido [/vanusa]. E não é da boca pra fora, até porque consegui aguentar a caminhoneira durante a tarde e a noite inteira. Acreditem, isso é uma fa-ça-nha.

Ontem estava lendo, quando dá aquela vontade de fazer algo diferente... basicão. Daí aparece gnomo no Messenger e a gente começa a conversar.

[Mini Flashback]
O tal encontro da sexta acabou não saindo, pois a universidade inteira ficou sem internet e eu não tive como avisá-lo. #fail

Domingo eu expliquei porque deu errado. Daí ele ofereceu de tudo pra eu passar lá, incluindo cerveja, claro. Mas como dificilmente saio de casa aos domingos [/deprê], acabei não indo.

[/Mini Flashback]

Ele disse que estava complicado pra arrumar a bagunça que ele tinha deixado a casa. Me ofereci pra passar e ver se podia ajudá-lo, porque eu sou uma pessoa muito organizada e descarada solidária.

Nesses momentos eu lembro de como, em menos de um ano, eu mudei completamente. Eu era muito indeciso e inseguro; fazia mil hipóteses de como dar errado. Um dia eu vou ler meus posts antigos e me assustar ainda mais. Porém, são mudanças boas, ainda bem né? [/josias]

Enfim, fui e foi divertido. Ele fez o almoço enquanto eu arrumava a bagunça, com medo de mostrar meu lado Bree Van De Kamp. Conversamos sobre cinema, música e graduação. Na hora de dar tchau, prometi aparecer outras vezes, além de agradecer pelo dia. Ficou assim subentendido que iríamos nos ver mais, até porque é cedo demais pra dizer que dará certo, e também é cedo para já estar na Friend Zone.

Como sempre, vamos ver no que vai dar... ;D

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

graduation part 3

Faz muito tempo que venho evitando esse post. O Ensino Médio é, sem dúvidas, o período mais estressante na vida de um jovem. Não bastasse sua cabeça e seu corpo estarem mudando, desejos ficando mais fortes, e ainda ter que decidir o que quer fazer talvez pelo resto da vida. Não foi nada fácil pra mim também, e pra contar o que aconteceu eu teria que evitar ao máximo todo o drama inerente a essa fase. Mas aí a rede da universidade caiu, já tinha visto Glee pela segunda vez e não queria ler (leia-se dormir), foi o jeito.

Muito perto de concluir a oivata série, eu não tinha idéia para qual colégio ir. Meus pais já não tinham condições de manter o mesmo colégio onde estudei, até porque os alunos não eram muito valorizados. A única alternativa que tinha era ir pro colégio público onde minha irmã estava, onde o ensio já foi melhor nos tempos áureos do ensino público.

Até que soube que um colégio particular iria promover um teste de seleção para novos alunos, de forma que o primeiro lugar da prova ganharia uma bolsa integral. De alguma forma já estava acostumado e arrisquei. Enquanto esperava o resultado, minha mãe acidentalmente conheceu o futuro psicólogo do, no momento, melhor colégio da cidade. Foi na fila do supermercado, falando sobre filhos, quando ela me incluiu na história. O psicólogo se assustou pois, além de minha mãe ter me matriculado cedo, eu ainda tinha 'pulado' um ano, e ia entrar no Ensino Médio aos 13 anos.

Então, ele pediu que me levasse pra uma entrevista no colégio. Minha mãe consegue ficar mais ansiosa que eu pra essas coisas, é impressionante. Antes de realizar a entrevista, já no dia do resultado do teste de seleção, liguei pra secretaria do colégio, perguntando porque eles não divulgaram o resultado no jornal, como combinado. Ela falou que houve um erro, mas o resultado já tinha saído; perguntei então qual minha colocação, dizendo meu nome. Ela disse que eu estava em primeiro.

[caindo a ficha] O.O

Não tinha acreditado, e ainda hoje duvido dessa história, pois soube por amigos que ela não divulgou a colocação de mais ninguém. Além disso, um aluno super inteligente do colégio onde estudei tinha feito o teste, e ele tinha algumas premiações de olimpíadas na bagagem. Minha mãe então me pediu pra decidir o que queria, e preferi esperar pela entrevista.

riscos, riscos

A entrevista foi tranquila, o nervosismo aparente da minha mãe me deixava (ironicamente) mais calmo. Perguntas genéricas, quais disciplinas gostava, se eu me dava bem com os colegas (cof cof, Dan Humpfrey feelings). Algumas semanas depois, a confirmação: tinha ganho meia bolsa.

escolhas, escolhas

Como meu pai havia ganho um processo contra a empresa onde trabalhou, minha mãe o aconselhou a pagar a outra metade de uma vez. E como se já não fosse o bastante, ele comprou todos os livros (muitos, e novos, e caros) didáticos. Lembro de ter visto o suor da apreensão na testa dele.

Daí caiu a ficha e me lembrei que a mesma professora de matemática já tinha comentado sobre os alunos desse colégio, os julgando "patricinhas" e "mauricinhos", que não querem saber da fortuna que os pais estavam pagando pelo nível da educação bla bla bla. Bateu medinho do que seria minha vida naquele lugar (Cirilo feelings)

medos, medos

Mas (licença, Alan Ball), nada é o que parece. Daí pra frente o futuro próximo me reservou boas surpresas.

: B continua...

sábado, 3 de outubro de 2009

officially over

Eu não ia guardar essa raiva até amanhã, então se este post ficar sem nexo, mil desculpas.

Oficialmente acabei com Teléfono. Não tão oficialmente, porque nem dei o direito de argumentação; foi uma decisão só minha.

O fato é que, depois de escrever o post anterior, fiquei decidido a terminar no primeiro #fail que tivesse. Meu plano original era ver se ele iria sumir por mais uma semana, ou caso ele evitasse vir algum fim-de-semana próximo pra cá. Mas não é que ele jogou o motivo na minha cara? E da forma mais covarde possível, diga-se de passagem.

Chego à noite em casa, e assim que entro no Messenger, ele entra também (sincronia duvidosa). Daí ele vem com um papinho estranho, me perguntando se eu acreditava em fantasma (inevitável pensar n'O Fantasma nessas horas), que tinha visto um vídeo e estava assustado, e queria que eu avaliasse o vídeo pra ver o que eu achava.

Sim, eu estava prevendo a mercadoria que ele ia fazer. Mas vinda de uma pessoa (até então) séria, acabei caindo. Quando olho o vídeo, sobre a 'aparição' de Michael Jackson no Larry King, pensei:

"Que cidade atrasada é essa que ele só veio ver esse vídeo agora?!"

Baixei o vídeo, e ainda disse a ele que se fosse daquelas pegadinhas com a menina do exorcista, ele "ia me pagar". Ainda disse a B.:

"to me preparando prum fail do tamanho do brasil"

Executo o vídeo, e é realmente o vídeo que tinha visto há meses atrás, com a diferença que no final havia um susto, com gritos e uma imagem fantasmagórica que alguém faça-me o favor de esquecer.

gustavo diz: ei vei, pqp

Ok, eu perdoo qualquer risada, até porque espero um dia poder rir dessa situação. Não sei se fiquei com raiva do susto em si, ou de ter confiado na seriedade que ele teve durante todo esse tempo e ainda fazer essa brincadeira de ensino fundamental, ou de ele ter sido um completo idiota que não tem noção das mercadorias que faz. Tremendo e puto de raiva, o bloqueei e tentei exclamar palavrões com alguém (thank God Paloma estava online, thank you).

IM-BE-CIL

Bem, foi aí que decidi que estava acabado, e qualquer justificativa seria desnecessária de tão óbvia. Ele ainda ligou 11 vezes e mandou duas mensagens de desculpa, até eu desligar o telefone. Ainda demorei muito tempo pra me acalmar, para as orelhas pararem de queimar, para a taquicardia passar, para aquela decepção ir embora e eu poder focar em outra coisa.

Tudo por causa de um sem noção... VTNCDSC

>o

UPDATE: Domingo ele ainda liga insistentemente, me fazendo desligar o celular duas vezes. Daí ele me manda uma mensagem dizendo que está aqui (na cidade). Aí é só eu brigar que ele vem correndo pra cá, esperando que eu vá? Masnunca, nem se fosse pra dar um piti. Não vale a pena.