quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

the nightmare

Tive hoje o pesadelo mais estranho de todos os tempos. Se significava alguma coisa ou era só fruto da minha ansiedade, sinceramente não sei. Mas vou contar aqui, nem que seja só pra me lembrar dos absurdos.

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Começa comigo vendo, imagino que ao vivo, um roubo a um banco que estava fechado para expediente. o ladrão já estava dentro e estava tentando quebrar a divisória de vidro para onde estaria o dinheiro, ou seja lá o que ele queria pegar. A divisória era dividida em pequenos quadrados de vidro. O ladrão quebra uma delas, a mais próxima do trinco da porta.

[Salto Temporal]

Desta vez acontece o mesmo roubo, e eu estou participando. Quebro o vidro da entrada com um martelo pequeno, pontudo e preto. Percebo que o ladrão é pnp (oi?) e, enquanto ele mexe em alguns instrumentos, eu tento quebrar o vidro da divisória. Antes de fazê-lo, paro e desisto. "Isso tá errado", pnp fica furioso comigo, eu pego o martelo (pra evitar evidências) e fujo correndo.

Aparentemente eu não conhecia a cidade onde estava, e ficava correndo as ruas paralelas às principais para não me perder. Quando atravesso uma rua, um carro vem em minha direção em alta velocidade e para perto de mim. Tinha um casal no carro:

"Ei, você tá preso..."
o.O
"... por estar correndo com a perna fraturada, hahahaha"
o.O... ¬¬'

[Salto Temporal]

Continuo a correr, passo por uma praça estranha em zigue-zague (já era noite). Entro numa rua estreira e escura, onde vários carros e motos passavam. Pnp me encontra, e eu furioso com ele. Eu estava muito desconfortável com o lugar, olhando para qualquer um que passava.

pnp: "Agora todo carro que passa, eu acho que é a polícia"

Eu falava algo mostrando que aquilo não valia a pena. No final das contas, não sei se a tentativa de rouvo deu certo.

[Salto Temporal]

Agora estamos eu, pnp e uma fila de gente passando por um matagal, na altura dos joelhos. Pelo contexto, estávamos indo pra um terreiro, ubanda ou candomblé, não sei (pnp já foi algumas vezes ao terreiro, tem amigos que frequentam e tudo mais). Parecia ser um evento grande, tinha alto-falantes, eu estava vestido de branco e tinha muita gente. Um cara aparece do nada e fala alguma coisa que não entendi, e começou a tocar uma música africana, e o povo dançando em fila. Eu comecei a me mexer, pra não parecer estar deslocado.

Pelo pouco que ouvia dos alto-falantes, parecia uma missa, porém falada, inclusive pelos participantes em uma língua estranha, que assumi ser africana (dhâ). Tentava acompanhar o que o povo falava, pra não parecer estranho. Quando acaba, olho pro lado, pnp está olhando pra mim, olhos marejados.

pnp: "Me desculpa"
eu: ... (não lembro exatamente o que falei)
pnp: ...
eu: mas o que importa não é o depois não, pnp. entre os momentos que a gente tá brigando e os momentos que a gente tá bem há uma grande diferença (é, eu não era muito forte nos argumentos nesse sonho)

[Salto Espacial]

Estamos num ponto de ônibus e um chega, lotado de gente, e entrando mais. Lembro de ter visto B. de relance no meio de tanta gente. Entramos no ônibus, e eu fico praticamente na porta de entrada.

[Salto Espacial e Temporal]

Estou em casa, sozinho, e pnp liga pra mim. Eu aviso que estou em CG, e ele está chorando no telefone. Depois fica um silêncio, digo que tenho que desligar, ele não responde.

eu: "shit"

[Acordo]

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Fiquei sem entender o significado de tudo, e me mantive acordado pra lembrar de todos os detalhes do sonho/pesadelo, pra poder pensar com calma depois. Tive a impressão de ouvir minha mãe me chamando, me fazendo pensar se falei algo durante a loucura mental. Também não tive vontade de perguntar.

Eu hein o.O

domingo, 21 de fevereiro de 2010

this is dedicated...



Um dia conheci uma pessoa, digamos, bem peculiar. Tinha acabado de chegar num lugar novo, totalmente deslocado, melhor momento pra observar as pessoas. Num grupinho de mulheres, ela me chamava a atenção, por estar rindo em grande parte do tempo, uma risada bem contagiante, diga-se de passagem. Apesar de toda a não-propaganda que recebi nesse primeiro ano, minha admiração não foi abalada. Observando hoje, nos conhecemos pouco naquele ano, mas a gente acreditava na época, como todo jovem, que tinha tanto tempo pela frente, não é?

Um ano se passou, ainda estávamos na mesma turma. Eventualmente passei por um momento muito difícil da minha vida. Nunca me esquecerei de um dia em que estava isolado durante o intervalo das aulas, e ela chegou com suas amigas, pra conversar, falar besteira, rir. Desde então, todos os intervalos foram os mais divertidos (ok, exceto os das aulas do sábado, que ela dificilmente ia). Rimos ainda de tanta coisa daquele tempo... lembranças ótimas.

Algumas coisas evoluem sem percebermos, e nossa amizade foi assim. Hoje somos grandes amigos; continuamos a falar besteira, conversamos sério, sobre coisas que não entendemos, sobre o rumo que estamos tomando, se vale a pena, se estamos fazendo certo. Hoje, aliás, é seu aniversário, e apesar das poucas palavras, é a primeira vez que posso falar o que essa pessoa realmente significa pra mim: amiga, a melhor amiga, companheira, gentil, carinhosa, criativa, artista (por que não?); a pessoa que, embora não pense muito nos meus atos, me apoia, sem deixar de dar uns toques.

off: a pessoa que quebrou meus lápis, que me chama de mau caráter, que conversa sobre LOST e sobre todas as séries do mundo, que escuta música peaceful e me coloca pra escutar também, que é engraçada até quando está com raiva, que me colocava pra levar sua bolsa numa ladeira íngreme, que é dona de uma xualhiriam, que me mostra a boca cheia de biscoito de chocolate e que faz os dentinhos de Manueala :B

kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Meus Parabéns, desejo que seus 21 sejam bem melhores que seus 20, que o curso que você quer seja fornecido, que a gente continue aprendendo bastante com a vida e o que ela nos oferece, que você tenha um dia especial, etc. etc.

bjbjbjbj

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

like i wish i had fire

Dia 13 de fevereiro, 12h, rodoviária

Uma vez ameacei terminar com pnp. Acontece que desde que eu me lembro, nossas brigas se resumem a: ele tem alguma necessidade originada por estar com saudade de mim (ao menos esse é o motivo que ele afirma), daí eu não posso satisfazer essa vontade por algum motivo diverso (you know why). Ele naturalmente se decepciona, fica bravo, faz drama e vai embora, deixando o resto do dia para eu me sentir deslocado, pouco dedicado à nossa relação. No dia seguinte, perecendo arrependido, pede desculpas, eu entendo, e voltamos ao normal.

Desde o discurso que ele me fez, me mostrando meu lado mais vergonhoso, eu não me sinto mais confortável. Eu sei que sou descuidado, desastrado, esqueço datas, mas até então eu vinha tentando entender esse comportamento estranho. Eu me via sem paciência, não me importando mais se agradava ou não. O período entre o fim de uma discussão e as desculpas eram preenchidas com um grande vazio, em que eu pensava o quanto esperavam de mim (não só ele) e como eu os decepcionava, um a um.

Tive um bom tempo pra pensar nisso, e estava realmente decidido a terminar tudo. Tivemos uma longa conversa, e ele acabou me encorajando a enfrentar os problemas juntos; me recusava a acreditar que um dia ele mudaria, ou eu mesmo, e daí resolveríamos nossos problemas internos até a eternidade. Porém, resolvi dar uma chance, pois achei cruel e brusca a decisão.

Depois disso, houve a viagem surpresa pra capital, onde prometi voltar (dessa vez, pra cidade dele, onde estaria) próximo ao aniversário dele. Nessa semana, apareceu o relatório de iniciação científica que, além dos meus trabalhos, me consumiria durante esse mês inteiro (lembrando que até parei de postar aqui no blog várias vezes, por causa desse relatório). No começo da semana, o avisei que ia passar o fim de semana do carnaval, e voltaria segunda logo cedo, um dia antes de seu aniversário.

"Ah, obrigado, precisa vir mais não"

Perdi então a tarde inteira daquele dia tentando explicar o motivo pelo qual não poderia estar com ele na terça. Enfatizei que, assim como no fim do ano passado, eu estaria com ele durante três dias, mas tudo que importava era como eu não estaria em um dia específico. Tive mais uma vez muito tempo pra pensar se valia a pena discutir em vão, e passar a maior parte do tempo despreocupado e me sentindo insensível por causa disso. Nada mais fazia sentido.

No dia seguinte ele não apareceu, respirei fundo e deixei passar; ou seja, mais um dia pra pensar. No outro dia, logo cedo, envio uma mensagem dizendo que precisaria falar "algo sério". Mais tarde, o vejo escrever que estava com saudade de um certo alguém. Não tive como não pensar que ele só escreveu isso pois se sentiu ameaçado de alguma forma.

Foi aí que tivemos outra longa DR conversa. Pela primeira vez, ele disse que estava exigindo demais de mim, e que tomou essa decisão depois de conversar com uma amiga (ou seja, tudo que tentei mostrar até agora não valeu). Depois que insisti muito nos mesmos argumentos (de terminar), ele se irritou.

"quer dizer que vai ser sempre assim, você vai ameaçar acabar porque a gente brigou?"
"não, dessa vez eu decidi"
"acabar?"
"sim"

É, eu sei que fui mau. Depois disso, acabou a energia elétrica onde ele estava e passamos dez minutos no telefone, ele aos prantos e eu me segurando, pois estava na universidade. Ele implora pra que eu vá pra cidade dele no final de semana, mas andava tão desmotivado de tudo, que não poderia prometer mais nada.

Não pensem que eu não gosto dele, mas às vezes só amar não mantém duas pessoas juntas. Além disso, eu não posso gostar de alguém e fazer de tudo por essa pessoa, se no meio do caminho estou desviando de mim mesmo, e não gostar do que estou vendo. Pensei várias vezes que, se algo assim acontecesse com qualquer outra pessoa que gostei na minha vida, eu a teria chutado fora desde o começo. Desta vez eu me esforcei e tive paciência como não o fiz por nenhum outro, e olha só o resultado.

Agora estou aqui na rodoviária (pra constar, cheia de gente), ainda sem vontade, esperando o ônibus chegar daqui a quatro horas. Ainda bem que trouxe papel e lápis dessa vez.

:P

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

does you inspire you?

Desde o início do ano que estou passando os dias em casa. Desde então não havia saído pra casa de ninguém, o que é normal pra mim nesse período de férias. Na terceira semana de janeiro, voltei pra universidade pois, segundo o CNPq, eu não tenho férias (bleh). Nesse caso, meus dias se resumiam a ver seriados durante a manhã, eventualmente ajudar no almoço e ir pra universidade à tarde. Mó programão, mas era divertido.

Até que...

Estranho como me sinto sufocado em casa, não pelo ambiente, mas pelas pessoas. Minha mãe sempre fala que nunca teve carinho dos pais, e como tem gente que hoje é que nem ela anos atrás; isso tudo como justificativa (ou motivo) pra eu não reclamar dos excessos. Como se todas as pessoas do mundo realmente sentissem essa necessidade de apoio 24-7. E se eu quiser ficar sozinho, sem interferências. Oh well, esqueça, Gustavo, eles não entendem seu pensamento antisocial.

Passaram os dias e, num sábado, estava conversando com pnp. Já era quase noite quando ele me "pede" pra ir à capital naquela mesma hora. Nem se o mundo fosse igual às novelas de Gloria Perez, uma decisão dessas não é tomada do nada (ou é? o.O). De qualquer forma, falei que não podia, que tinha que avisar (o que não é o mesmo que pedir permissão, mas tem consequências iguais).

Por muito tempo argumentei que não era simples, e ele, mais uma vez, disse que se fosse com ele, ele largaria tudo para ir. Beleza filho, desculpe se sua família não quer nem saber onde você está; juro que isso ficou na ponta da língua. Eu já estava chateado por não poder ir, por me sentir sufocado, e também por pensar na minha situação aqui (em casa) várias vezes e todos os dias. No primeiro sinal de que ele ia fazer um discurso de como eu deveria me comportar, avisei logo: "não to afim de ler isso não".

Mas quem disse que ele parou? Linhas e linhas subiam e eu lendo uma palavra aqui ou ali, já adivinhando toda a história, a mesma história de sempre. Fiquei tão mal comigo mesmo que saí, desliguei o computador e fiquei preso na minha própria realidade mental, enquanto fingia ver televisão.

Mais tarde, usei a desculpa de lavar a louça pra poder ficar só (coisa difícil de se conseguir) e pensar sobre o quanto estou sendo idiota. Nenhuma mensagem iria me acalmar. Pelo contrário, cada vez que eu pensava em alguma senhora de meia-idade vindo aqui dizer como "ter um filho assim é uma bênção" #vsf, ou quando o próprio pnp dizia o quando eu era "especial" (como odiei e odeio esta palavra, Lord knows), aí é que me dava mais revolta.

Afinal, o que eu estava fazendo pra mim, no final das contas?! Não muito, e cada vez que me perguntava, menos parecia. Chorei de raiva, muito. Pnp a essa hora já tinha mandado mensagens de desculpas, e nenhuma ajudava, e eu também não podia culpá-lo por algo que desde o começo é minha culpa.

Passei sábado e domingo nessa situação, e no domingo à noite, momento mais depressivo da semana, tive a idéia de passar um dia na capital; não pra dizer que ele estava certo, ou pra provar que sou imprevisível (rindo litros), mas pra fazer um auto-agrado. Até o último momento não sabia se realmente ia; avisei em casa que ia pra universidade cedo. Antes de pegar ônibus pra rodoviária, liguei pra saber se ele ia sair, ou algo parecido. Ele quase teve um ataque quando avisei que iria pra lá.

Em resumo, a viagem foi muito boa, não deu pra aproveitar como a gente queria (afinal, ele está numa 'república'), mas deu pra conversar sério, conhecer os amigos dele, lesar um pouco, etc etc. Bom, o final da viagem vocês já sabem hahahah.

Nos dias seguintes, já estava bem melhor, mas inevitavelmente voltei à rotina (taurinos, pff). Eu queria *somente* ter coragem às vezes, sabe?!

the trip part 3

Parte 3 - Goodbye

Acordei cedo na segunda e fiquei na cama até as 9h. O ônibus ia partir às 10, então só deu tempo de nos arrumarmos, eu não quis comer mais nada, e fomos. Ao chegar na rodoviária, deparamos com uma fila relativamente grande (final de ano, né), e descobrimos que teríamos que pegar o próximo, mais de uma hora depois. Assim, fomos à praça (que era bem perto), e ficamos lá conversando.

Inevitavelmente, mas não pra mim, os assuntos convergiram para a viagem do show de Coldplay. Mais uma vez ele questionou o fato de eu ir domingo pra São Paulo e 'turistar' com B. Eu ainda estava frágil nesse dia e facilmente a raiva tomou conta de mim, no pior estilo Bella. Eu disse que não precisava voltar ao mesmo assunto. Ele disse que era a primeira vez que estava tocando no assunto 'ao vivo', mas depois de ver minha notável insatisfação e fúria, ele disse que não ia mais discutir sobre isso. Veremos.

Perto da hora da próxima viagem, com os ânimos acalmados, ficamos conversando com uma amiga dele. O tempo passou muito rápido e fomos correndo pra rodoviária. Não é que o ônibus estava saindo?! Corri e o rapaz, até simpático diante da situação, me deixou entrar. Foi tão apressado que nem o abracei, nem acenei. Nesse momento já tocava "Intervention", do Arcade Fire, enquanto eu começava a chorar a cada vez que pensava: "Eu merecia isso". Estava realmente me esforçando por alguém e aquilo parecia estar sendo satisfatório para os dois.

A maioria do tempo na viagem eu estava só, e depois um senhor daqueles que puxam conversa veio, mas logo foi embora. Duas horas e alguns minutos depois, assim que o ônibus chega na rodoviária, pnp liga para saber se eu tinha chegado bem. Depois disso, peguei um Fandangos (nutrição mandou lembrança) e fui pra casa de Mariana. Cheguei em casa um pouco anestesiado, dando a impressão que eu estava há muito mais tempo fora. À noite, a gente ainda se falou, mas foi bem rápido.

O dia inteiro e, quem sabe, a semana inteira com "Eu merecia isso" na cabeça.

:)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

walt?

Ontem aconteceu a coisa mais weird ever comigo. Depois pretendo explicar como fui parar na capital do nada. Essa foi a conversa com B que eu tive, contando o acontecido. Riem de mim depois :P

B: aheiuheaiu cade tu ontem preu comentar as coisa
G: eu fui de surpresa pra jp
bbbbbbbbbbbbbã
meu flihooo LOL vc n sabe o que me aconteceu na volta
B: conta
G: eu vou detalhar, mas agora n. em resumo, o cara que tava do meu lado no onibus tentou me a-li-ci-ar
LOL
e não foi impressão minha, certeza aPsoluta
B: :OOOOOOOOOOOOOOOOOOO
ba-fão
G: eu tremi litros de nervoso loool caba besta
cheguei em casa tarde e o celular tava descarregado, senão eu avisava logo
B: qual era a qualidade da pessoa?
lol
G: era feio viu?! uns 30 e poucos
B: pff

[...]

G: sim, agora eu posso contar do aliciador hauhauhau
na volta, quando eu entrei no onibus, eu fiquei na poltrona da janela, e fiquei dando xau pra pnp. daí o rapaz senta do meu lado, eu dou o ultimo xau pra pnp e eventualmente passo a mão no rosto pra enxugar uma lágrima (bã)
quando eu sento direito, ele "quer uma pastilha?", mostrando aquelas de hortelã da Garoto, eu "não obrigado", "eu sempre levo por causa da garganta", ":D"
beleza, coloco o fone de ouvido e continuo minha vida. aí eu comecei a lembrar de umas coisas que tinha que falar, tocando o instrumental de hate this & i'll love you (muse) e comecei a debulhar, silenciosamente
B: aBÃ
esse tchauzinho foi total seculo 18 ahuieha depesdida em trem
G: com o lencinho
mas bleh, ngm viu ¬¬
anyway
eu tenho certeza que ele olhou pra mim quando eu tava chorando, mesmo no escuro do onibus
B: ai que agonia
G: aí a bateria acaba, eu desligo o celular e enrolo o fone, e deixo na mão
beleza até agora
B: ai que merda
dps me conta como tu foi parar em jp lol
abduzido por um alien
G: lol
enfim
aí eu comecei a sentir o braço dele empurrando o meu... e eu pensando "esse homem deve estar dormindo e se mexendo, ou é o balanço do onibus"
sabe quando o braço tá suado e fica meio que pregando?! pronto, essa sensação
nisso passou muito tempo assim, e eu duvidando que aquilo era verdade
aí ficou mais forte, e quando percebi, ele tava fazendo movimentos circulares com o cotovelo dele no meu osso da cintura (esqueci o nome)
olha que negocio tosco
aí perto de cg já, eu ajeito meu braço, que tava todo torto no final das contas, achando que ele ia se tocar e ia parar
mas nãããão
começou a fazer mais forte.. e eu olhei pra janela "wtffff"
B: MEU DEUS
pausa pra respirar
G: não para por aí
B: /o\
G: ele empurra forte umas 3 vezes, aí ele senta direito e vem com a mão pra cima
B: O>O
G: nessa hora o coração disparou, eu comecei a tremer
travei o braço, sem deixar ele... avançar
B: tu n olhou pra cara dele ne?
tinha mandado parar
G: olhei uma vez, por canto de olho, foi quando me convenci que era de propósito
B: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
G: eu só n falei pq tava mto silencio. qualquer coisinha todo mundo escutava
B: assedio da porra
G: nisso que eu travei o braço, a gente tava na entrada de cg já, aí ele parou
e eu me tremendo ainda
B: jessus, qual o perfil dessa pessoa?
mto medo
G: terminar
B: "faz um BO mulher!" haeiuahe
G: aí quando a gente tá chegando, ligam as luzes, e eu fechado na minha
aí ele diz "essa luz, chega dói no olho da pessoa". e eu "é ¬¬"
B: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
UM MURRO TB DÓI
G: ele desceu, na frente e depois que passou na catraca, foi pra esquerda. eu fui pela rampa e corri pro ponto de onibus, para nunca mais ser visto
B: eu morreria numa situacao dessas tb
bem, pelo menos ele n fez coisa pior, do tipo, te seguir dps
enfim
mo-les-ta-dor
G: pois é, eu tava com medo disso
B: descreve o perfil dessa pessoa, tinha jeito de atoron?
G: não, o pior que não tinha ¬¬
B: tava sujo, mal arrumado?
G: moreno, parecia ser gordo (não o olhei de frente)
tava com mochila, boné.. passava por um turista daqui mesmo