terça-feira, 18 de dezembro de 2012

a diferença

entre a pessoa que te apóia quando você escorrega e a que fica dizendo que era pra você tomar mais cuidado

#tweetbctmimimi

sábado, 8 de dezembro de 2012

bleh mais do mesmo

Quebrando o silêncio pra dizer que tô de saco cheio de gente. O que não é novidade, mas lidando com pessoas nesse ano, nessa cidade, as coisas ficam cada vez mais surpreendentes. E esse nível de detachment (desapego?) de tudo das pessoas me deixa doente.

domingo, 14 de outubro de 2012

when do you think it would all become clear?

Não há coisa que eu mais deteste do que alguns ciclos que passo aqui, internamente, nessa mente cansativa. O final de semana foi surpreendentemente bom, pra quem não estava afim de sair de casa, mas admitia que precisava se soltar um pouco dessa tensão de meio de semestre. Foram semanas muito difíceis, senti uma saudade quase insuportável, prestes a ter uma crise de choro sem precedentes. Evitei ver os dramas, escutei músicas novas, tentei me focar nos trabalhos. Nada passa realmente; é como aquela dor que só vem no frio, ou aquela lembrança que vem de qualquer estímulo simples.

Tive algumas conversas também nesse final de semana/feriado. Sempre vem à tona os motivos de eu ter vindo pra cá. De fato, foi loucura, e de vez em quando eu fico reafirmando as razões pra mim mesmo ou pros outros. Preciso dessa reafirmação porque serve de justificativa pra tudo de ruim que veio de consequência: a solidão nas pequenas coisas, a distância de quem eu gosto há tanto tempo, a saudade. Como eu disse, preciso que meu trabalho tenha sentido porque, quando não tiver, tudo pode desandar.

Então é um exercício de argumentação, dos quais os argumentos eu já sei, mas preciso ficar repetindo porque o que vem de drama, vem todo de uma vez. Existem outras situações que acabam sendo mais complicadas, que não é como se eu desligasse um botão e só tornasse a ligar quando voltasse. E pra isso eu tento não parecer o babaca que deixou as pessoas que ama pra viver outra vida. E não é fácil.

domingo, 7 de outubro de 2012

plmdd essa música


My heart became a drunken runt
On the day i sunk in this shunt
To tap me clean of all the wonder
And the sorrow i have seen

Since I left my home
My home on the old milk lake
Where the darkness does fall so fast it feels like some kind of mistake
Just like they told you it would
Just like they told you it would

When I came into my land
I did not understand
Neither dry rot or the burn pile or the bark beetle or the dry well
Or the black ale

But there is another
Who is a little older
When I broke my bone he carried me up from the riverside
To spend my life in spitting distance of the love that i have known
I must stay here in an endless eveningtide

And if you come and see me you'll upset the order
You cannot come and see me for I set myself apart
But when you come and see me in California
You cross the border of my heart

Well, I have sown untidy furrows 'cross my soul but I am still a coward
Content to see my garden grow so sweet and full of someone else's flowers
Sometimes I can almost feel the power
Sometimes I am so in love with you
Like a little clock that trembles on the edge of the hour
Only ever calling out "cuck-oo, hoo-oo, hoo-oo"

When I called you
You little one
In a bad way
Did you love me, do you spite me?
Time will tell
If I can be well
And rise to meet you rightly

While moving across my land
Brandishing themselves like a burning branch
Advance the tallow-colored, wall-eyed deer quiet as gondoliers

Where I wait all night for you in California
Watching the fox pick off my goldfish from their sorry, golden state
And I am no longer afraid of anything
Save the life that here awaits

I don't belong to anyone, my heart is heavy as an oil drum
And I don't want to be alone my heart is yellow as an ear of corn
And I have torn my soul apart from pulling artlessly with fool commands
Some nights I just never go to sleep at all, and I stand
Shaking in the doorway like a sentinel, all alone
Bracing like the bow upon a ship and fully abandoning
Any thought of anywhere but home

My home
Sometimes I can almost feel the power
And I do love you
Is it only timing that has made it such a dark hour?
Only ever chiming out "cuck-oo, hoo-oo, hoo-oo"

cu-ckoo, cu-ckoo, koo, ha-a, ha-hour, ha-a, ha-a
cu-ckoo, cu-ckoo, koo, ha-a, ha-hour, ha-a, ha-a
cu-ckoo, cu-ckoo, koo, ha-a, ha-hour, ha-a, ha-a
cu-ckoo, cu-ckoo, koo, ha-a, ha-hour, ha-a, ha-a

My heart, I wear you down, I know
Gotta think straight, keep a clean plate
Keep from wearing down

If I lose my head
Just where am I going to lay

For it has half who need to be hanging around
You know Daphne blooming out the big brown
I'm a native too, but I'm overgrown
I am sure my roots are near as writ as wrote
Down in California

a original:

sábado, 22 de setembro de 2012

segunda temporada

Parando um pouco da loucura dessa semana pra fazer um balanço. A expectativa seria que eu tivesse trabalhado bastante, mas avancei absolutamente nada do meu trabalho. Foi meio caótico, com a volta das aulas da graduação e a universidade lotada de gente, e pra completar alguns dias de vaca, seguindo o mesmo padrão "sou sozinho, sou estranho, não sirvo pra sociedade". Nos últimos dias tento, em negação, ignorar os fatos e argumentos que me levam a essas conclusões; afinal, preciso seguir em frente no que seja que estou fazendo da minha vida.

Eu ia citar os personagens dessa nova temporada, mas depois de uma hora tentando escrever outras coisas, deu preguiça. Claro que, na minha simpatia extrema, tem que ter um ou dois que me irritam profundamente. E claro que, no meu trauma e falta de jeito com as pessoas, demoro pra me aproximar de quem simpatizo. Inclua algumas cenas patéticas de engolir o choro pelos motivos mais ridículos. Acho que é consequência do meu apego a situações ruins que fico tão traumatizado com as situações mais idiotas. Helpless.

Só queria agradecer a quem me aguentou essa semana, porque foi barra. To pensando no que escrever na dedicatória dos livros que vou dar de presente, e meus olhos já começam a arder. Sou besta.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

mais padrões (ou queria ser autista)

#3
Me sinto mal quando alguém me pede desculpa por alguma fatalidade da vida, como se eu estivesse forçando ela a se culpar.

#4
As pessoas se apegam a várias coisas, objetos da infância, alguma quinquilharia que acha que vai precisar daqui a tantos meses e acaba nunca usando. Eu me apego a todos os citados, e a frases que não foram as melhores ditas nos últimos tempos (muito pelo contrário). Aí aquilo dá "replay" na sua cabeça, um frio percorre a espinha literalmente e os olhos esquentam.

quem criou meu cérebro tá muito de zueira.

sábado, 1 de setembro de 2012

encontrando padrões

#1
Você namorou com essa pessoa durante um tempo, e acabaram de forma bem dramática pra ambos os lados. Depois de muito tempo processando e ignorando e passando pelas piores crises emocionais já vistas, você perdoa (mas não esquece) e volta a conversar normalmente. Desde então, você vive um ciclo de cultivar uma possível amizade, e depois perceber que essa pessoa tem intenções maiores que amizade (ao menos, ela nega mas não age como tal), então se irritar como após dois fucking anos isso não está resolvido, e acabar sendo grosseiro e se sentindo mal depois por isso.

#2
Você conhece uma pessoa, conversa bastante com ela, descobre afinidades e tal. Sempre gentil, compreensiva. Vocês eventualmente discutem sobre vida, relacionamentos, a forma como nesse mundo gay tudo é muito superficial e fútil. Em algum momento, em algum outro dia, os assuntos mudam pra algo mais sexual. Não chega a ser baixo ou depreciativo mas você segue a onda (go with the flow), mesmo dizendo que prefere conversar trivialidades a isso. Então fica imaginando se existe outra forma de se relacionar com alguém nessa cidade sem precisar ser apenas um pedaço de carne, ou uma companhia de uma noite.

do livro: Como ser a pessoa mais idiota do universo (em poucos passos)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

decisões


Ontem foi o primeiro dia de aula; ou seria, caso não houvesse greve e até as aulas da pós serem prorrogadas indefinidamente. Soube exatamente na véspera da minha viagem e não dava pra fazer muita coisa. Mesmo se desse, teria que vir na segunda de qualquer jeito, porque os bolsistas ainda têm de comparecer, independente da greve. Acordei tarde e sonolento e decidi ir pra universidade na hora do almoço. Daí pensei em ajeitar meu horário da seguinte forma: eu iria pra universidade nesse horário porque de manhã eu fico sonolento, passaria a tarde e voltaria antes de todo mundo ir e o trânsito ficar uma merdinha, e cumpriria o resto das coisas à noite.

Claro que não fiz nada disso. Li três páginas de um artigo e começou a dar sono, enquanto o tempo deu uma esfriada. Fui escolher alguma coisa pra distrair e peguei o álbum novo do Sigur Rós pra escutar. Pronto, o resto da tarde fiquei em transe com o álbum e vendo os clipes e indicando pra quem estivesse online. Parabéns pra mim.

Meu orientador me chamou pra conversar hoje sobre o que eu ia fazer da minha dissertação. Resolvi acordar cedo mesmo, porque fico sonolento não importa a hora do dia, e depois do almoço eu tenho minhas cólicas de sempre e ainda fico na agonia de esperar escurecer, entre outras distrações. Pareço dedicado e concentrado, mas é tudo fingimento. Três horas lendo artigos chatos pra parecer que estou fazendo algo útil, foi super tranquila a reunião e fiquei feliz com a proposta; tinha medo que fosse um assunto nada a ver. Ok, agora já tenho um rumo, great.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

new habits

Eu devia manter um documento com as coisas que deixo de fazer deliberadamente pra escrever um post aqui. Então, estou de volta a Belo Horizonte depois de três semanas de muita azaração (enr). O efeito da viagem dessa vez foi bem diverso: em parte era ruim, porque durante esse tempo eu acabei me aproximando mais das pessoas, e ter que quebrar isso acabaria doendo mais (e como o tempo passa rápido). Por outro lado, a primeira viagem tinha mais cara de "pra sempre", parecia que a volta seria bem distante; dessa vez fui com um até logo e nada parecia mais tão definitivo como antes.

Em tempo, agradeço pela companhia, pelas risadas, pelos filmes tristes e até pela cachaça ultra-doce. Espero que da próxima eu passe mais tempo (se bem que, dependendo dessa greve...).

Continuando a discussão do post anterior, fiquei pensando como o ambiente acaba definindo (não totalmente) nossos dias. Como o aprendiz de saxofonista aqui perto que toca funereamente, ou o pagodeiro que voltou hoje já tocando Bruno e Marrone ao vivo, ou a moça do restaurante jogando charme. Felizmente muito do que me irritava aqui já foi embora, e não precisei matar ninguém. Espero muito que essa segunda temporada seja menos cansativa emocionalmente.

terça-feira, 17 de julho de 2012

old habits

Então que já vai fazer uma semana que acordei cedo e passei 12 horas em ônibus, avião ou na espera de um dos dois. Mas voltei. Não criei muitas expectativas para essa volta, acabou sendo super tranquila e sem dor de barriga. Não avisei por onde estava e quanto tempo faltava, apenas apareci e toquei a campainha. Não esperava que algo mudasse em casa, exceto por uma pequena reforma quase no fim. De resto, nada mudou: a superproteção, a ansiedade, a preocupação com comida. Hoje mesmo já estava respirando fundo e contando até três.

Estive então pensando se mudei nesse tempo, ou se esses velhos hábitos voltariam com algo meu que não gostaria, como em My Blueberry Nights "se eu entrasse, seria a mesma Lizzy de sempre". Continuo retraído pra onde vou, isso eu não me livro mesmo; trouxe alguns T's com chiado de vez em quando; nessa distância acabei me aproximando mais das pessoas que deixei, inclusive com algumas que mal conhecia. Sim, as coisas mudaram pra melhor, sair não é necessariamente uma solução mas, de fato, muda as perspectivas. Aproveitemos então.

:D

segunda-feira, 9 de julho de 2012

coming back, bitches

De passagem de novo. Sobrevivi à última semana de aulas, mesmo me custando dois finais de semana (e como sofri!). Acabou terminando mais tranquilo do que pensei, nada como estabelecer umas metas quando se está desesperado, surge coragem do nada. Acabei vendo o pessoal daqui uma última vez, e ainda teve drinks, música boa e conversas produtivas.

Enfim, estou voltando pra Big Meadow nesta quarta e nem arrumei minhas malas, ainda tem umas roupas pra lavar, vai sobrar bastante comida, ainda tenho que cortar o cabelo, ir pra um (quase) encontro... ufa! Estou um pouco ansioso em voltar, principalmente pensando nas mil coisas que tenho que fazer e as pessoas que vou ver de novo. Estou mais ansioso pra sair daqui, dar um tempo dessa loucura que foram os últimos quatro meses e voltar renovado, quem sabe.

Um pouco mais calmo e esperando que o novo semestre seja melhor, sentimentalmente.

sem mais. bjs

segunda-feira, 25 de junho de 2012

crônicas de viver sozinho or something

Mais uma vez escolhendo as melhores horas. Dessa vez, uma lista de exercícios e uma prova pra estudar. Aconteceram umas coisas chatas semana passada e me deram alguns assuntos pra discutir aqui, mas realmente não pude me dar esse luxo; estamos na reta final do semestre, um inferninho só. Também não vale  a pena retomar isso, pois se encaixa naquelas situações "por favor, Gustavo, inventa o que fazer", e essa gaveta está cheia!

O fato é que ultimamente tenho ficado com mais receio de fazer tudo. Me parece que gastei minha cota nessa "loucura" de vir pra cá e, como vejo agora que nem tudo são flores, não quero mais investir. Play it safe way of life, eu sei que é uma bosta. Algumas coisas que fiz no meu quase desespero de criar um laço com alguém, mas tudo é muito superficial (ou estou virando amargo). Parei pra refletir e não tenho nenhuma amizade aqui (ok, é cedo), e nem alguém que potencialmente venha a construir alguma.

Aí me rebatem com "Tem sim viu, talvez vc que seja difícil, igual falou né.". Taí uma verdade que, na verdade, eu mesmo induzi. Eu não sei ser extrovertido, falar bobagens à toa com desconhecidos, tenho problemas. Já passei (há dois minutos) por uma discussão interna de até onde isso vai me levar, está no "você é muito calado" de todos os dias. Chega (batendo na mesa). Aliás, nem vou estender pra não ficar mais patético que essa crise nervosa.

The point is... there is no point, não sei o que fazer. nhé

sábado, 2 de junho de 2012

a.k.a. abuso guy and his bitter mind


Meu jeitinho de sempre encontrar as melhores horas pra escrever. Estou aqui com caderno, livro e slides pra uma prova daqui a dois dias, e estou começando a estudar agora. Depois de um trabalho que dediquei a semana quase toda pra fazer, quando não chegava em casa morto e tentava relaxar de alguma forma. Enfim, já falei isso várias vezes e pra muita gente, mas só pra deixar documentado: estou com ódio dessa disciplina que estou cursando! Aliás, deve fazer um mês que digo que não aguento mais, e é -quase- sério. Não bastasse ter trabalhos práticos toda semana, aula depois do almoço que me deixa com um sono absurdo, um trabalho final que consome toda a memória do meu computador (e não termina), e ainda tem um aluno (de doutorado!!) que faz as perguntas e discussões mais nada a ver de todos os tempos. Sem falar que a última prova não era possível de ser resolvida nem que durasse 4 horas, que dirá 1h40?! E eu já cursei essa disciplina na graduação com nota boa, mas essa tem uma carga de provas matemáticas (fuderosas) que tenho certeza que não vou usar no meu mestrado.

O problema é manter nota de 80% pra garantir a bolsa, mas estou fazendo o meu máximo e tomando cuidado pra não surtar. Se tem uma coisa que aprendi na graduação é que todo mundo se lasca mesmo, não importa se passa a noite acordado e toma litros de café e energético. Durmo bem e sigo em frente, beijos.

Outro fato muito recorrente e repetido: estou com abuso de gente. "Estou" ou "Tenho, de nascença", VOCÊ DECIDE. Seja o colega de laboratório (Gandalf, por ter mais de dois metros de altura) que fica discutindo os projetos e provas e se gabando, e ai de quem discordar dele que ele já levanta a voz. Seja o colega de quarto (pagodeiro) tocando e assistindo as coisas mais clichés e atrasadas de todos os tempos. Seja o heterozão do pensionato que só fala merda e gritando, ou o doutorando que já citei. Tem também o véi que fala sempre as mesmas coisas e só conversa sobre dinheiro, e sobre quem ganha quanto, e que vai jogar na mega-sena e sumir (preguiiiiça). Mudei até a hora que janto pra não ter que escutar essas conversas. Vontade que me dá de viver numa ostra, e quase faço isso, me isolo no quarto durante o dia (quando os outros vão trabalhar) até quando dá. Se minha sanidade não dependesse de gente pra conversar, seria ótimo.

Falando em lugares, estou pensando em me mudar daqui. Dois já saíram daqui pra essa república no centro, e não é porque aqui é ruim, mas por causa do pessoal hétero babaca que tem aqui. Um era zoado porque é gay e o outro (luis caldas)... bem, digamos que "excêntrico" ainda é pouco pra descrever. Eles inclusive tinham me chamado pra ir junto, mas tinha uma prova e sem tempo nenhum pra nada. Essa semana saiu meu colega de quarto (gay também), vai pra lá também e me chamou pra ir, ofereceu até o colchão extra dele. Disse que iria esperar terminar o semestre pra decidir e tal. Se bem que mesmo que ele me chamasse pra morar debaixo da ponte, eu iria; vai ser lindo assim aqui mesmo, pertinho :P. Nem só por isso, mas por ser mais perto do centro e ser melhor pra sair, e o pessoal ser mais bacana. Até porque quando as coisas piorarem na universidade, se eu não me sentir melhor em chegar em casa, vai ser um problema.

Antes de ele ir embora, fez praticamente um monólogo me convencendo a sair daqui. A gente não foi muito de conversar, porque ele não ficava muito em casa (às vezes dormia na casa de uma tia), e segundo ele, evitava conversar pra não me expor; apesar de que eu já tinha falado que não me importava, pois não dava cabimento pro pessoal me zoar. Só não gostei muito do jeito da conversa, não pelo tom, mas por deixar a impressão de que ele acha que eu sou Maria da Graça que acabou de chegar na capital, e minha timidez é sinal que não sou confortável com minha sexualidade. Sou calado porque tenho necessidades especiais mesmo, amigo, se preocupa não.

Então é isso, resuminho de como estou aqui. Está puxado, mas valendo a pena pela experiência (e paciência, na maioria das vezes) e mal esperando o dia que essa disciplina acabe de vez. Beijos a todos :*

domingo, 13 de maio de 2012

conversas

perdendo o interesse nas pessoas
acho que é recíproco

quarta-feira, 9 de maio de 2012

not sure if

estou encontrando motivos suficientes pra ter abuso de todo mundo
ou é só meu jeitinho inquieto de sempre querendo estragar mais uma vez

sábado, 28 de abril de 2012

parabéns e outras coisas

Lembrei de passar aqui, ó. De todas as semanas mais ou menos, essa foi a mais "mais". Peguei resfriado, evoluiu pra uma gripe que tá difícil de passar, e olha só, passou meu aniversário. Nem deu tempo pra curtir a deprê pré-aniversário que se tornou recorrente de uns anos pra cá (levanta as mãos pro céu e grita 'gsus gsus'). Acabou que fiz aniversário e passei o dia terminando um trabalho super chato pra ficar livre na sexta, e não deu pra sair direito porque o trânsito tava uma merda infinita. Mas deu pra curtir.

Enfim, é isso. Vinte e três anos, os mesmos problemas de sempre, aparentemente, uma saudade absurda que me deixou engolindo o choro o dia inteiro, aquela vontade de decepar cabeças, coisa normal. Interessante como você mantém uma mínima expectativa das coisas... estou longe de reclamar da situação em que estou, mas quando você lida com pessoas na equação, fica tudo incerto. Enfim, vamos lavar umas louças e aprender a ser menos besta né?

post mais disconexo ever, preguiça de pensar

domingo, 1 de abril de 2012

quando...

não ter ideia o que acontece na cabeça de uma pessoa se torna desesperador

quarta-feira, 28 de março de 2012

dias weird

Hoje (anteontem, preguiça de postar) foi o dia mais wtf desde que cheguei, e tenho medo do que ainda pode acontecer. Começou comigo acordando desorientado, quando olhei pro relógio e era 7h30. Cedo, né? Só que eu tinha aula às 7h30. Não sei como não acordei com o despertador, porque geralmente eu acordo antes e o cara que dorme embaixo (no beliche) acorda na mesma hora. E nem isso eu ouvi/senti, estava completamente dormente. Lá vou eu correndo, mas não adiantou de muita coisa; no final das contas, cheguei na universidade com uma hora de atraso e tive vergonha na cara de não ir pra aula.

Na parada, esperando o ônibus com o fone de ouvido, passa um senhor, toca em mim e diz "... [tira o fone] fica olhando a cara das pessoas e não tem um igual ao outro" e foi embora. E eu com aquela cara de que porra acabou de acontecer; poxa, campeão, você acabou de descobrir o segredo da vida!! Alguns minutos depois, passa um carro cheio de cafuçus pagodeiros, um deles fala alguma coisa e fica rindo. Não sei se foi pra mim ou pra uma moça, particularmente bonita, que estava do meu lado. Not a single shit was given that morning.

Na hora do almoço, aproveito que o povo foi saindo pra almoçar no bandejão e fui junto pra experimentar. Quando todo mundo já tinha entrado e já estava colocando a comida, e eu estava no caixa, descubro que precisava da carteira da universidade pra pegar desconto. Sendo que demoraram anos pra fazer essa carteira (tudo aqui demora, é impressionante), e sem ela eu teria que pagar SETE focking reais. Tive que pensar rápido, e como todo mundo já tinha entrado, tive que ir também. Deixa que nem vale isso tudo (nem mesmo o desconto pra estudante), ainda comi repolho sem querer, e tive que aguentar papo hétero durante todo esse tempo. urgh.

(O que me lembrou de outras vergonhas que passei aqui, como quando os papéis da minha pasta caíram enquanto estava saindo do ônibus, atrapalhando todo mundo. Ou quando fiquei minutos no caixa do supermercado pra saber que sacolas são pagas aqui, e não tem esse lance de empacotador)

A última foi na volta, passei no supermercado pra comprar mortadela, que tinha esquecido de comprar ontem. Fico olhando qual marca comprar, quando do nada cai uma pilha de mortadelas onde eu estava. Ainda falei "what the fuck?!" alto, apanhei tudo e coloquei no lugar.

Estou tão atarefado que dá vontade de jogar as mesas pro alto, fuck this shit. Sim, mas por que estou aqui escrevendo quando poderia estar dando andamento?! Pois é, tenho esse meu jeitinho de procurar mais coisas não tão importantes pra fazer quando estou empilhado. E ainda bate uma carência absurda. E ainda chove. E ainda inventei de escutar Alanis hoje.

auto-destruição

sábado, 24 de março de 2012

flashbacks

Só dando uma parada no ócio madrugueiro, fui olhando uns posts antigos e uns aleatórios que as pessoas visitam não sei como. Enfim, achei esse post que gerou até uma discussão. Alguns fatos: eu não consigo mais pensar e escrever assim, fazer essas viagens; não sei se meu foco mudou ou se estou muito impaciente pra isso. Também não lembro da situação em que estava, o que me motivou, mas gostei. Cid Moreira poderia gravar isso...

not

sexta-feira, 23 de março de 2012

e a vida continua

Finalmente de volta, que saudade de escrever. Acho que todo mundo já sabe da minha situação, mas vale pra documentar. Exatamente hoje faz três semanas que estou em Belo Horizonte e as coisas estão tranquilas. A primeira semana foi a mais corrida, pra me adaptar e começar a fazer as coisas por conta própria, ver como funciona a universidade, aprender horários e itinerários etc. A segunda semana foi a mais "sofrida", por assim dizer. Foi quando caiu a ficha de muita coisa que deixei pra trás. Não chega a ser arrependimento, porque não foi minha culpa de tudo ter sido tão rápido; mas fica aquela sensação de poder ter aproveitado um pouco mais, mesmo nos dias de abuso. Às vezes sinto falta de conversar sobre qualquer coisa sem importância para o cenário global, ou de apenas estar com alguém que gosto, mesmo que nenhuma conversa seja feita. Às vezes dá saudade das menores coisas, da minha cama, de dormir na sala, de um sorriso específico (e tocando My Morning Jacket, é melhor parar por aqui senão o estrago é grande).

Essa semana passou mais rápido. Já deu pra estabelecer uma rotina, um pouco cansativa à tarde (mas tudo pra não ficar imprensado num ônibus, e num trânsito infinito). Foi uma semana pra começar a pensar no que fazer quando receber auxílio e no que fazer até o final do semestre. Tem gente muito pirada aqui nesse pensionato.

:*

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

recurring

Passando rápido, só pra não ter que dormir cedo e ficar remoendo tudo, e ter que escutar um álbum lento (leia-se triste) pra poder acalmar e dormir. Tenho essas coisas. Aliás, é sobre essas "coisas" que estou aqui pensando aleatoriamente. Me considero uma pessoa otimista; já passei do tempo de achar que o universo conspira contra e essas coisas. Muito já aconteceu e me fez pensar que certos fatos ocorrem na hora certa, ou em uma hora inesperada, e te faz pensar (quantos pensamentos!) em todo o cenário de outra forma. Em geral, só fazia respirar e me arrepender de fazer um grande drama, por pura pressa/agonia de ver as coisas acontecerem.

O problema é que sou apressado, defeito de fábrica mesmo. Não importa o quanto eu resolva que não valia a pena sofrer tanto por antecipação, não adianta. Há certos momentos também, e por defeito, de achar que algo está errado. De alguma forma, num mundo controlado e determinístico, algo não bate, cálculos estão incorretos. Tudo facilmente se junta a cenas cortadas, trechos de algum diálogo, algo que perdi ou fui incapaz de perceber na hora certa, e aí ter tomado alguma ação pra contornar. Aquela sensação que os pensamentos vêm fortes e rápidos demais, tanto que corre um arrepio na espinha, enquanto o que passa diante dos olhos não tem mais importância. E um dia normal é posto à prova em questão de minutos.

E aí vou deitar, tentando me consolar. "Não é assim, você fez o que pôde, ignore tudo...", pequenos trechos voltam e travam um debate interno de quem está mais certo, sem sucesso pra ambos os lados. E o dia seguinte chega, reiniciando o ciclo e distraindo de todo o resto até que algo dispara tudo de novo. Felizmente quando nada realmente acontece, ou acordo numa posição despreocupada, é que dá pra respirar. Um privilégio que não é diário.

mulher, te controla

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

winter came

Depois de tentar entender o que aconteceu nessa mente durante o ano passado, e tirado uma conclusão do que fazer (e principalmente do que não fazer) para ter dias melhores, continuo com mais do mesmo. Foi uma sequência de dias muito estranhos, em que acabei seguindo o mesmo padrão. Talvez essa inversão do tempo (em boa hora, diga-se) seja responsável. Sabe quando, nos desenhos, os animais juntam o que podem no verão pra passar no inverno, e o Pica-Pau não fez nada e fica morrendo no frio?!

Ok, a situação é extrema mas, diante das circunstâncias e de todos os pensamentos recorrentes dos últimos meses, se encaixa (em certo ponto). Ainda estou à espera de muita coisa, e uma urgência de fazer trilhões de outras coisas, a paralisia após se perguntar "como?!", e a frustração. E nessa estou passando os dias, remoendo esse pensamento. Tem conserto pra isso? Assim, só pra saber...

Nem tudo foi péssimo assim. Minha mãe viajou esse final de semana, e tive dois dias realmente tranquilos. Acredito que pra ela foi também. Ás vezes, tranquilos demais, e me deparei com os pensamentos de sempre vez ou outra. E acabo me machucando nesse meu jeitinho agoniadinho. Desnecessariamente.

Ciclo de excremento: pare!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

retrospectiva (ou algo do tipo)

Não tinha idéia de como o texto ia começar; me vinham pensamentos soltos, independentes de linha do tempo ou da gravidade. Daí lembro do reveillón do ano passado (acredito que tenha sido, os últimos foram todos iguais), fotografei lugares aleatórios da casa, naquele ano ainda tive a bondade de armar a árvore de Natal. Depois das crises internas que tive no final do ano, me admira que eu ainda quisesse manter as aparências. Depois de tudo mais que aconteceu, pressões de fim de graduação inclusos, eu só queria descansar e sumir.

Algumas viagens depois para manter o cérebro funcionando normalmente (e ainda não acredito que o show de Amy foi ano passado, parece que foi ainda nos anos 2000), a necessidade de descansar foi dando espaço pro desespero. Já era quase fevereiro e não tinha procurado nada, e as pessoas perguntam, porque não esperam que você pare e não tem noção de como a graduação esgota. Além da sensação de não estar ajudando, que é mais ou menos a situação atual, mas vamos andar, antes que eu fale mais do mesmo.

Enfim, depois que comecei a trabalhar, tudo passou muito rápido. Era sempre uma semana extremamente cansativa, seguida por um final de semana corrido. Não importava se eu saísse pra me divertir ou ficasse em casa remoendo, chegava sempre o momento em que eu parava pra pensar: "caramba, já é [insira dia e mês aqui] e o que é que eu fiz?!". E foram meses e meses de cansaço mental, fazendo sempre as mesmas coisas; embora, no geral, não tivesse feito nada significativo (pessoalmente falando). Mais desespero.

Não bastasse essa frustração, sempre tem algo do passado pra assombrar, mesmo que existam os dias de fúria. E a sensação de esgoto que vem depois, em que todos os absurdos escutados tem sentido, mesmo sendo ditos por alguém claramente perturbado. E ainda tenho o talento pra "curtir" momentos de baixa, assim como escutar uma música triste e se identificar, e aquela música não te abandonar. Chega um momento que é inútil lutar, só esperar passar e tentar aprender.

O ano foi acabando de um jeito estranho, nunca visto antes. Nada parecia ter mudado, mas agora a crise era global. Só no dia da virada que deu pra sentir algo, mas mesmo assim, passava por um domingo qualquer (eu sei que não era domingo, mas tinha todo o clima "o que estiver sentindo, segure"). Meus fantasmas fizeram questão de aparecer, cada um em seu momento. Mas foi no final, quando todos estavam alterados e Simone começou a cantar, foi que tudo se juntou. No final das contas, foi bom que certas coisas não mudaram: ainda tenho meus amigos por perto; fiz umas besteiras no meio do ano (pra tentar movimentar) e não combinou muito, então fiquei anormal de volta.

Acima de tudo, e correndo o risco de ser brega aqui, mas foi nesse mesmo momento que olhei pra frente, pra pessoa que me fez aguentar esse não-usual fim de ano, e que acabou me provando que eu estava errado sobre muita merda que eu pensava, que eu permitia atingir. Toda vez que penso nisso, e nessas palavras, já fico emotivo. Se for pra colocar em perspectiva, fica a lição de não "curtir" tanto esses momentos de tristeza; serve de aprendizado, mas essa mente hiperativa tem um histórico de concluir erroneamente.

E é isso.