sábado, 12 de novembro de 2011

struggling

Pra começar, tentei bastante nesses últimos dias dar uma passada por aqui; tentei muito mais ainda soltar algo que estava me incomodando, nem que fosse o stress de algo estúpido no trabalho, ou do meu grande e fácil abuso com as pessoas. Nada mudou, continuo o mesmo chato de sempre. Aliás, caiu a ficha que estamos quase no fim do ano. Odeio essa fase, ter que refletir e fazer planos, mas esse ano passou batido completamente. Muita coisa aconteceu de fato, mas internamente, aqui nesse mundinho fechado ela é incrível e infinito de possibilidades, está no mesmo status de sempre.

Juro que não quero soar depressivo aqui (porque, atualmente, não estou). Vou moderar um pouco.

Novidades primeiro. Meu ex-gerente, vamos chamá-lo aqui de Salgadinho, estava se aprontando pra sair da empresa e falou comigo sobre seguir o mesmo caminho, pois seria melhor recompensado blá blá blá. O emprego seria em Brasília e, segundo ele, a qualquer momento que eu precisasse de ajuda, era só falar. Apenas o fiz ter certeza que eu estava ouvindo, e reforcei meus planos de fazer mestrado como desculpa pra sair da cidade, e que eu precisaria de juntar dinheiro pra me bancar. Me lembrou então do programa de bolsas que a universidade poderia oferecer, e que eu não estaria totalmente desamparado.

Ok, já era outubro e no mesmo dia dessa conversa, olhei o programa de mestrado que tinha decidido fazer; as inscrições já haviam começado. Nesse momento, e durante toda aquela semana, nada mais ocupava minha mente. Para tudo surgia a mesma questão: será que eu aguentaria ficar aqui mais um ano?! E tudo que já me incomodava antes tomou proporções maiores. Lembrando que na semana anterior, meu chefe tinha me anunciado um aumento bem considerável e, consequentemente, um aumento também nas responsabilidades. head exploding anywhere?

Depois de dias só pensando nisso, passei horas pra redigir um e-mail pro meu chefe, explicando a situação. Felizmente ele já estava ciente da minha intenção em sair da cidade, e havia oferecido ajuda inclusive. De qualquer forma foi difícil, diante das circunstâncias em receber essa oportunidade e reconhecimento do trabalho e tudo mais.

As semanas seguintes. Depois que Salgadinho foi embora, fiquei encarregado de continuar o projeto que ele estava desenvolvendo. Quer dizer, nunca vi algo feito sem a menor... não acho a palavra certa, juro; mas enfim, resolvi fazer tudo do zero em duas nervosas semanas o que ele conseguiu enrolar em três-quatro meses. E ainda tive de aguentar ele falando como recebe bem (pra fazer merda? meus parabéns hein) e aproveitando que não está mais na empresa pra jogar merda no ventilador. Consideração e respeito pra quê né?! Da última vez eu ignorei e acho que ele entendeu a falta de noção. Pra completar, ainda fui atrás dos professores que iriam escrever cartas de recomendação, deixando lembretes pra fazê-lo no prazo. Inscrição feita, btw, e resultado no mês que vem.

Em geral, até pra empty love life, estou me resguardando. Estou nos dias que ando tão cansado de mim mesmo, que qualquer pensamento sobre qualquer coisa vira um "cala a boca, Gustavo, vsf", e isso é mais frequente do que pensam. Como pode uma pessoa ser consciente dos problemas, e continuar ainda seduzido (subconscientemente ou não) a repetí-los? That's my business, that's what I do.