domingo, 27 de julho de 2014

barra do dia


"You know how sometimes you just feel so heartsick, and everything seems so hopeless? So for just a minute, you forget that there are people who love you so much... that you have a family. I'm not making much sense"
Masters of Sex, S02E02

quarta-feira, 23 de julho de 2014

lição de vida na balada II

Lembrando de algumas das coisas aleatórias que se repetem na minha cabeça nas horas mais bizarras (vide posts anteriores). Nesse caso, foi uma situação legal do tipo "fica aí a reflexão".

Contexto: fui a Dublin visitar meus amigos e, depois de muita insistência de um deles, fui pra uma das boates gays de lá. Eu não estava tão empolgado de sair por vários motivos: i) já estava tarde, e teríamos apenas uma hora até a boate fechar; ii) eu estava cansado; e iii) o amigo que ia me apresentar era meu antagonista na graduação (carinhosamente chamado na época de shit), que não interagia por quatro anos. Então pra mim foi um pouco estranho conviver com ele depois de tanto tempo.

Pelos motivos já citados, eu também não bebi muito. Só pedi uma bebida leve e fiquei observando o pessoal dançando na pista principal. E shit me mostrando as coisas como se eu tivesse entrado na Terra do Nunca. Porfa.

Depois de um tempo, um senhor que estava do meu lado na bancada desliza um copo de cerveja meio cheio pra mim. Ele gesticula que eu posso beber. Fiz "risosrisos" e agradeci, mas não bebi (medo). Alguns momentos depois, e não lembro o que veio primeiro, mas ele me cutucou e perguntou se shit era meu namorado (NO, DAVID), eu falei que estava visitando a cidade durante o final de semana e tal.

Mas o que ficou na memória (uhhh) foi quando ele cutucou mais uma vez e disse "Você precisa sorrir mais. As pessoas gostam quando você sorri. Sorria!". Sim, eu sorri um sorriso amarelo pela aleatoriedade da situação. Fiquei com isso até o final da noite, enquanto continuava observando as pessoas dançando, numa noite que foi curiosa, mas não necessariamente interessante a ponto de me fazer parte daquilo. Meu jeitinho de ser fechado. Ainda lembro que me despedi dele quando fui embora, ele sentado no mesmo canto.

Então é isso. Lembro dessa situação nos momentos mais aleatórios. Meu jeitinho. Fim.

sábado, 21 de junho de 2014

o post que quase não saiu

Então, aparecendo do nada aqui. Eu não esperava voltar pro blog tão cedo, porque adotei uma política de me distrair com qualquer coisa quando eu me sentir mal. Eu já super-processo as coisas demais ficar de reclamação chorosa por aqui. Sem contar que vou ficando mais velho e perco mais a paciência com meus padrões de comportamento. Mas voltei, não é? Hoje é um dia especialmente estressante, não consigo desviar a cabeça de nada, e já escutei Darkshines várias vezes pra tentar acalmar. Assim, vamos tentar resumir um pouco de bom que aconteceu até aqui.

Voltei ao Brasil no meio de novembro pra terminar o meu mestrado. As últimas semanas na França foram bem corridas, pra tentar fechar o que tinha feito no meu estágio e também não deixar minha viagem passar batido. Até o final do ano, foi só escrita forever and ever. Consegui voltar pra minha terra mais cedo, mas continuei escrevendo em casa quando dava, e arranjava um pega pra poder sair de casa às vezes, porque ninguém é de ferro.

Passamos o ano novo na praia e, apesar das expectativas acima da média, foi muito divertido. Depois, fomos pra Pipa. Apesar dos momentos em que quis esganar alguém, tudo passava quando eu ia pro mar. Deixei todos os problemas lá, até os dias passarem e eu ter de ajeitar a defesa de dissertação e detalhes da viagem de volta pra França. O ponto bom é que apresentei a defesa com segurança (depois de passar dois dias inteiros ensaiando).

O ponto ruim é que não consegui o visto a tempo. Como eu tinha de apresentar meu trabalho numa conferência já em fevereiro, eu não poderia remarcar a viagem até que ele ficasse pronto (o que seria questão de uma semana, apenas). A secretária do consulado (super antipática, por sinal) me informou que eu teria que retirar meu passaporte e passar por todo o processo de novo, quando eu voltasse. Se não foi o maior desânimo do ano, eu não sei o que mais me reserva. Voltei pior que merda no asfalto pra casa.

Enfim, fui à Bélgica apresentar meu trabalho, na minha primeira conferência (ever e internacional). No entanto, até então eu fui com meus próprios recursos, na expectativa que eu recebesse minha bolsa assim que já estivesse na Europa.

[alguns meses depois pra escrever o resto...]
Mas aí se passaram as semanas e nada de bolsa. Foram dias muito estressantes, e talvez por isso eu demorei pra escrever sobre. Focando na parte boa, meu colega br aqui e meu orientador me ajudaram bastante, e a bolsa só caiu duas semanas depois que eu já estava no Brasil. Nunca fiquei tão incomodado em voltar a BH: um calor absurdo, os colegas matracas de laboratório, todo o propósito da viagem de juntar papelada e esperar, esperar, esperar...

Enquanto isso, eu estava num grupo do whatsapp dos meus colegas de balada em BH. Junte ao meu desconforto, todo esse ambiente de auto-promoção, auto-afirmação, eu-eu-eu, pegação, arrasar na balada, etc. Ao ponto de contar histórias que eram muito difíceis de acreditar. Nunca -na história desse país- eu achei isso tudo tão superficial, desnecessário. Acabei me afastando deles, até dos que eu gostava (e que tinham a mesma opinião que eu). Mas não estava me fazendo bem. Ainda pensei em contar a eles e pedir pra me tirarem do grupo, mas não lembro como acabei desistindo.

O ponto é que voltei, e está tudo resolvido financeiramente. Tenho um novo número de telefone aqui, então não preciso mais ver o irritante grupo do whatsapp. E ando com um abuso de como as pessoas conseguem ser tão auto-centradas.

mimimi

post random do ano

Tentando tirar as teias de aranha aqui nesse querido ano. Aliás, já estamos no final de Junho! Sweet Baby Jesus!!

Entrei no blog e tinha duas postagens no rascunho sem nenhum texto. Não sei de onde isso veio. Mais um post sobre meu abuso com meus (talvez ex-) amigos de BH e o período Maria do Bairro que passei no começo do ano #linhadapobrezanaeuropa.

Como sou meio obsessivo com esse blog, eu sempre olho as estatísticas. E, por mais que algumas visitas sejam de bots ao redor do mundo, eu vejo os posts mais visitados, principalmente aqueles que eu não lembro mais do que se trata, e vejo o estado que eu estava em 2000 e cocadinha. É uma experiência muito bizarra, às vezes.

Por exemplo, eu vim escrever sobre um tweet aleatório que acabou definindo minha vida. Pois é, menos de 140 caracteres podem fazer isso. O tweet é assim:

Couldn't sleep because I said something stupid when I was 20.

Ok, não chego ao ponto de não dormir, mas imaginem um dia inteiro pensando como foi burro em levar líquido na mala que não ia despachar e a moça te pára no aeroporto e você quase perde o voo? Isso ainda me assombra e foi há um mês atrás! Enfim, o ponto é que num desses posts mais vistos, tem essa frase:

As menores coisas ficam repetindo na minha cabeça como um disco arranhado

Prbns, cara.
Parei meia hora pra olhar o tumblr e já tô achando esse post uma merreca.