sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

i can't stop now, i've got troubles on my own

Sexta-feira. Está cedo [22h] e não acho nenhuma diversão, nem sequer um motivo legal pra pegar no sono. "O que se passa? De repente alguém aparece, deixa um pensamento na sua cabeça que nunca mais sai?" "Talvez esse pensamento sempre existisse, fool, só lhe foi dado o óculos" É, pra completar, meus pensamentos conseguem as perguntas e respostas por si sós. "Estas respostas estão sempre certas?" ... "Não".

Decidi me isolar novamente. Sem preocupações, não vai durar muito tempo, só quero que por um instante o mundo gire sem mim, pra eu poder juntar os cacos depois. Me isolo em casa como se fosse o melhor lugar ever pra se ficar. Honestamente, é o último lugar pra se esconder, pois não há ninguém disposto a me ouvir. Sempre o mais novo, menos experiente, o que levava pancada até a 1ª série, o que se isolava no quarto sem porta, brincando com um mundo imaginário (sempre sob controle), nunca se queixando de nada e tirando notas boas. Pra que mudar, não é?

Criaram (me incluindo) um monstro, preocupado demais com todos e tudo mais que vocês já devem saber. Antes que desistam de ler o pacotão de reclamações que reservei pra hoje, saibam que estou bem, não vou me deprimir de novo (espero). Isso é apenas um conjunto de coisas que não devem se repetir daqui pra frente. É, porque não quero ter que escrever tudo isso novamente (por favor!, muito menos cometer de novo os mesmos erros.

Não quero ter que me isolar em casa outra vez. Aliás, não quero mais viver aqui (pela 999ª vez); não me encaixo nesse lugar há muito, mas muito tempo. Tomar responsabilidades e pro inferno quem achar ruim; tenho uma vida inteira (minha, só pra constar) e não quero apenas assistí-la, e sim viver o papel principal.

[vamos ver no que vai dar]

/o\

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

I know that only I can save me

Seguindo o conselho de B., mandei um torpedo web pra CS (é porque, sortudo como sou, estou sem celular também) dizendo que precisava conversar com ele, mas que não era muito grave (a-ham, sei). Meia hora depois, ele apareceu rápido no MSN, estava numa lan e tinha coisas a resolver no centro. Tive de ser breve e não deu pra esclarecer tudo, mas já foi algo.

Pra minha cabeça não explodir de novo, resolvi pensar positivo ao menos uma vez durante todo o dia. "Oras, Gustavo, se ele lhe quisesse mal, talvez nem responderia, não é mesmo? Então deixe de ser tapado e pare de ficar pensando em tragédia! ¬¬". É, foi um belo motivo pra me acalmar, mas não o bastante. Curti um pouco minha pseudo-fossa, aproveitando o frio da noite; só faltava tocar Maysa pra fechar com chave de latão (com todo respeito a Maysa, por favor).

Bem off, mas no caminho pra casa fui atacado por uma cadela o.O Consegui ser rápido e ela só conseguiu arranhar minha perna com suas presas.

Fiquei vendo TV até ficar com muito sono, pra não dar tempo de pensar em mais besteira. Acordei umas 4h, descansado; em 5min meus pensamentos estavam longe, com as suposições mais improváveis possíveis. "Tá bom, Gustavo, vai dormir agora ¬¬" e, apesar da resistência, fui.

18h de hoje e ele aparece no MSN, esclarecimentos foram feitos. Ok, sou completamente noob em relacionamentos, confesso e assino em baixo. Bem mais calmo, penso em como mais uma vez meus pensamentos (ou meu cérebro hiperativo ou o que mais for) me pregam peças, e eu caio direitinho. Ás vezes queria que fôssemos amigos, sabe? mas eles têm instinto ruim, o que vai me render ainda algumas histórias cheias de drama.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

sitting, waiting, wishing

Passei dias mais que estranhos, a ponto de dizer que mais do que nunca terei de tomar atitudes. Depois de me revoltar por ser mantido em casa 24h/dia por minha mãe, que inventava as mais bizarras e às vezes inúteis tarefas de casa pra nós [ = eu, só ] fazermos, visitei alguns amigos, vi filmes e meio que acalmei.

Daí quando volto pra casa, inexplicavelmente (em psicologia isso não existe, mas vamos passar essa) me deu uma tristeza semana passada. Fiquei aprisionado em casa, dessa vez voluntariamente, e pra completar fiquei sem internet [facada nas costas]. Sem poder postar e não tendo mais nada divertido pra fazer em casa, fiquei no pc jogando, e poderia ficar naquela situação por anos se fosse necessário :P

Nisso, liga um amigo meu (nickname: dança) me convidando pra passar na casa dele e tudo mais. Aí vem o drama que só eu consigo fazer: um amigo dele (nickname: X) suspeitamente sabe da minha orientação. E se ele contasse pra todo mundo (e ele é muito capaz de fazer isso)? Não tava preparado pra isso. O que fiz? mandei minha mãe dizer que não estava em casa toda vez que ele ligasse (ok, isso é horrível, covardia sem tamanho, mas realmente não estava disposto)

Pra ver se melhorava da minha crise emo, e meio que motivado pelo filme Milk (aliás, recomendadíssimo a todos), fui ver uma porrada de filmes temáticos que B. me emprestou. Alguns me inspiraram bastante (não lembro os nomes, foram muitos), tanto que resolvi voltar pra universidade, sob a desculpa [meio esfarrapada] de usar a internet pra ver email, orkut e blabla. Adicionalmente, acertei que ia fazer de tudo pra me afastar desse pensameno loser de aprisionamento.

É aí que entra um novo personagem nesse drama teen: CS (abreviatura pra caba safado). O conheci numa sala de bate papo antes do início das férias (e eu não sei em que escala entre corajoso e louco estava no momento, mas blz) e não o citei pois achava que era daqueles que fazem uma aparição de figurante sabe? Pois então, depois de várias conversas cheias de provocações da parte dele (como se eu fosse O santo), ele me chama pra aparecer na casa dele. Recusei várias vezes, tendo que aguentar a reclamação e drama dele, até que ele foi pra capital, fazer um treinamento.

Voltando para o dia de ontem, ele aparece me chamando pra ir pra casa dele conversar. Lembra que eu acertei que ia fazer de tudo pra mudar? pois bem, fui (mais uma vez sem saber em que escala estava). Confesso que o evitei por causa da minha enorme desconfiança das pessoas [qualquer um], mas estava na hora de agir. Enfim, a gente conversou, deu pra perceber que ele é muito legal, atencioso, detesta forró [xP] e tudo mais.

Não resisti, ficamos. É, isso mesmo. Nos despedimos de forma estranha, então posso dizer que não tenho nada certo quanto nosso relacionamento, se o amo e blabla. A única coisa que posso dizer é que não o dispensaria pra uma amizade, quanto mais pra 'algo mais'

Resultado até agora: mal consegui dormir pensando em tudo (pra constar: nenhum arrependimento), cenas repetindo milhões de vezes na cabeça, pequenas culpas por pequenos deslizes e por aí vai. Eu devo sofrer de hiperatividade cerebral, não é possível.

Vou deixar as coisas acontecerem, mantendo a mesma |coragem|-|-|-|X|-|loucura| dos últimos dias. Vamos ver no que vai dar. Já está na minha vez de jogar

the sound and vibe of yesterday part 3

Continuando...

==Julho==
B. tomou a vacina anti-fantasma. Várias provas uma em cima da outra e o relatório da bolsa de iniciação científica "numa lapada só". Foi o período de mais stress, havia pressão por todos os lados de gente que poderia definir meu destino acadêmico e tudo mais. Consegui pagar as disciplinas e fazer o relatório, o que custou algumas lágrimas de cansaço e revolta. Minha vida pessoal se resumia a B. e o clone, e o fantasma de intruso. Fora isso, nada mais.

Enquanto minha cabeça explodia com a quantidade de coisas que deixei de fazer pra mim, comecei a pôr em prática o blog. Eu já sabia onde tantas tarefas iam me levar há muito tempo, e um jeito de canalizar seria desabafando.

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Bom, acho que o restante do ano foi bem representado com os posts em seus devidos meses. Foi um ano extremamente estressante, mas ao mesmo tempo tive a oportunidade de conhecer pessoas que espero levar pra toda a vida (sem citar nomes pra n me esquecer de algum :~). Foi um ano de grandes mudanças de comportamento, as quais não tenho certeza se vieram pra melhorar ou piorar minha situação (let's try)

Acima de tudo, tirei um tempo pra me permitir mais, fazer umas loucuras sem pensar de forma doentia nas n possíveis consequências; bem, ainda vou ver o impacto a longo prazo. Em geral, deixando de ser um nerd típico e tentando ser alguém (como se fosse o top 1 da minha lista)

Que o novo ano inicie (oops, já iniciou :P) e que eu não esbarre com um idiota no meio do caminho, porque eu devo ter o talento pra encontrar essas peças raras.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

the sound and vibe of yesterday part 2

continuando...

==Abril==
Nesse tempo, eu e B. aproveitávamos qualquer tempo livre pra ver filme/série e ficar conversando. Admito que nos aproximamos pelo mesmo pensamento, mesma opinião sobre as coisas (incluindo o fantasma), e o quanto mais conversávamos, mais confirmávamos tal teoria. Quem se aproximou por afinidade de pensamentos foi Tyz [oi Frangão o/], quando começamos por Lost e suas várias teorias e coisas ainda não explicadas, terminando com os desabafos da vida, das pessoas e tudo mais. Escrevi a carta pra T., carta de agradecimento pela amizade e até mesmo pelas coisas ruins que acabaram acontecendo. Ele respondeu dizendo que tinha se emocionado bastante, citando o destino até... é, fiz o que devia mesmo :T

Foi aí que briguei com o fantasma, por uma situação muito fútil. Basicamente ele queria uma informação minha que eu n achava que lhe cabia respeito; me recusei a informar e ele se sentiu mega ofendido. Era final de período e minha cabeça estourava e acabei sendo grosseiro. Fiquei alguns dias sem falar direito com ele. Estranhamente, e na pior hora possível, fiquei com uma carência afetiva enorme, e acabei descontando em duas pessoas (que, de tão relâmpago que foi, nem valem ser citadas). Foi aí que desabafei um pouco com o clone e com B. tbm (mas falando por cima... muito abstrato ainda), e a gente acabou se aproximando

Tive a coragem [depois vergonha por não ter sido logo] de contar pra B. que sou gay. Foi engraçado o jeito que a conversa se desenrolou... Depois tive o pior aniverário de todos os tempos, passei sozinho em casa, nada de novo, ninguém que eu queria do meu lado, foi um drama só. Fiquei mal por dias, mas depois de algumas conversas reveladoras tirei as coisas ruins da cabeça. Coisas lá em casa estavam prestes a explodir, e eu sabia que ia sobrar pra mim. Sentimento de culpa tomou conta, e eu odeio isso

==Maio==
Expectativa pelo álbum do Coldplay, por Iron Man e por The Dark Knight, além de Lost na reta final. Delirando com Viva la Vida (a música vazou antes do álbum, escutei assim que saiu), mandava B. desencanar com o fantasma, e assim ele o fez, me deixando informado. Num dia qualquer, eu e o fantasma estávamos resolvendo assuntos da monitoria quando ele me pede satisfações [and here we go]. A conversa evoluiu rápido pra uma discussão sem sentido, cheia de contradições. No final, ele disse que estava fadado a ter amigos superficiais e que eu era estranho com *todo* mundo da universidade. Beleza, moral!! Acabei cometendo um engano na discussão e mandei um email pra ele me corrigindo. Ele me respondeu do jeito fantasma de ser, querendo me deixar culpado e pra baixo. Luxo e glamour, meu bem.

Nunca mais falamos desde então. Foi aí que o idiota começou a achar que eu estava tramando um plano maléfico contra ele [e eu juro que não estou exagerando], chegando a avisar a B. dos perigos que eu podia causar. Luxo e glamour mais uma vez, amigos.

Topei fazer projeto de disciplina no mesmo grupo do clone, a gente foi conversando e contando os problemas...

==Junho==
Houve um reencontro do pessoal do Ensino Médio, e lá eu estava. Como sempre, fui o primeiro a chegar [karma maldito], estava sozinho com um antigo colega que gostava de se amostrar. Fiquei de saco cheio e fui beber (pela primeira vez na minha vida!! ¬¬), mesmo odiando cerveja até hoje. Enquanto isso, na universidade, o fantasma demonstrava seus poderes, aparecendo em todo lugar onde estava. Começou a frequentar várias vezes o laboratório onde trabalho. Pra piorar (é, não há coisas bizarras o bastante) ele continuava a implicar comigo, dizendo pra B. ter cuidado porque a qualquer momento eu poderia surtar e magoá-lo ¬¬ B. me recomendou ter uma conversa séria com ele, mas eu n estava nem um pouco afim

Meu novo PC chegou /o/ com o dinheiro suado da bolsa :P... espero durar anos com ele. Nossa turma começou a preparar a formatura, e do nada uma das organizadoras da comissão me indicou pra organizar os votos do restante da comissão. Como sou muito mole, o fantasma mandou um email (para todos verem), questionando minha honestidade. Nunca tive tanta raiva de uma pessoa na minha vida, e não foi nem pelo questionamento, mas por levar uma raiva pessoal em público. Enfim, fiquei super chateado durante a semana toda por causa desse ... humpf. Luxo, fama, glamour e requinte.

continua...

domingo, 4 de janeiro de 2009

the sound and vibe of yesterday part 1

Vamos recapitular /o/ Tirar um pouco de coragem e usar um pouco deste ócio pra rever o que aconteceu nesse ano.

==Janeiro==
Nada pra fazer em casa [não muito diferente de hoje] Assistindo séries até à morte, pois nessa época acompanhava uma ou duas. Nessa época já tinha conhecido B., o qual baixou Across The Universe e me chamou pra ver na casa dele. A gente passou o mês inteiro procurando filmes pra ver, montando os chamados *happy days*, que na verdade foram um pedido de desculpas por eu ficar esperando a tarde toda por ele (que não apareceu). Além do mais, ficamos com a cabeça explodindo de expectativa pela 4ª temporada de LOST e com a estréia de Cloverfield.

Fiquei trabalhando na universidade deserta durante esse mês :T Começaram as brigas entre B. e o fantasma, e quando me vi, já estava no meio dos dois. Como não sabia de 1% do que tinha acontecido, fiquei jogando flores pra ambos os lados, dizendo que ia ficar tudo bem. Mal podia esperar o que vinha pela frente.

Em casa, meus pais tinham voltado, mas nada era como antes. Com tanto problema na universidade, acabei ficando passivo a tudo que acontecia em casa. Aliás, esse é meu estado desde sempre :T

==Fevereiro==
BBB na tv. Ficávamos comentando sobre Marcelo, e nesse momento não sabia que B. era gay, nem o contrário (estranhamente). Voltaram as aulas e B. continuava a discutir horrores com o fantasma, e eu ainda não sabia o que tinha acontecido. Enquanto não descobria, agia normalmente com os dois (separadamente), descobrindo aos poucos o idiota que o fantasma era/é. Lá pro fim do mês, B. começou a dar pistas da tal briga, mas eu pensava mil coisas, exceto a coisa certa.

==Março==
Foi pelo início do mês que B. me contou (ao vivo) que era gay, assim como parte da amizade-depois-briga dele com fantasma. Nessa época eu estava bem mais próximo dos dois, tomando a liberdade de dar mil conselhos. Me deu uma pseudo-recaída da depressão justo nesse momento, pois parecia que eu estava escutando todo o mundo, mas o contrário não acontecia. As discussões entre eles ficavam mais fortes e quase diárias. Perdia a conta de quantas vezes mandei B. dizer um VTNC bem sonoro. Discutíamos (eu e B.) a vida, a mediocridade das pessoas, o preconceito, a hipocrisia etc etc

Sabendo de mil e uma coisas do fantasma, era inevitável que minha relação com ele fosse fria (pq eu não tenho um botão de ligar/desligar, desculpa). Nessa época estava bastante estressado com o trabalho, e acabei agindo grosseiramente com ele. Lembro de várias vezes deixá-lo sem saber de x ou y simplesmente porque não tinha importância, mas ele insistia e eu ficava _uto. Optava então por deixá-lo avulso e com raiva.

Um dia estava tão desesperado que me deu a louca de escrever isso:
"ontem eu tava num estágio de que: 1) se eu não tivesse juízo, eu mataria um monte de gente. 2) se eu tivesse um pouco de juizo, eu me matava"
geez

continua...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

it's not supposed to happen like that, not like that

Nada como o mesmo de sempre aqui em casa pra me sentir inútil de novo, apesar de dar uma de Hércules (não pela força, mas pelos 12 trabalhos). Mais especificamente, o reveillón serviu de lição de casa pra mim, de como não passar mais o ano novo. Ainda bem que estava esperando o pior, porque nunca vi algo tão estranho.

Devia ser umas 20h30min quando meu pai ligou (é, ele não veio) pelo celular da minha irmã, pois ele não queria ligar pra casa e arriscar minha mãe atender. Falou com minha vó (mãe dele) e depois comigo. Perguntou como estava, com voz afetuosa; eu poderia esculhambar, mas meio que amoleço com ele :T talvez por sentir que ele não está muito bem, mesmo não sabendo a razão exata. É, os homens dessa casa não costumam demonstrar problemas quando estão com eles.

Enfim, apenas respondi o que ele quis saber e desejei Feliz Ano Novo. Assisti a novela e depois fui ver um show de Coldplay. Seu Juk não fez nada esse ano, a rua estava um silêncio só. Aliás, não só por isso, uma parte tinha viajado e uma moradora daqui teve uma crise e estava no hospital até aquele dia.

Minha mãe disse que não ia aguentar de tanto sono e foi dormir o.O Resolvi não argumentar e fui ver Ugly Betty (era isso ou apreciar a pseudo-cultura dos outros canais ¬¬') Esperei dar 23h30min e desci do primeiro andar. Minha irmã e minha sobrinha foram dormir também (oi?), assim como minha avó. Ficamos só eu e meu avô na sala assistindo Raul Gil o.O

23h55min e minha vó saiu do quarto dizendo que não conseguiu dormir. Meia-noite, minha vó teve uma crise de choro (sempre acontece); apenas pouco barulho nas ruas, uma buzina de carro muito longe; nos abraçamos, dei um abraço na minha mãe, fotografei os fogos de artifício. Vieram umas duas pessoas e meu avô foi pra casa dos meus primos.

Como perceberam, fiquei em casa com minha avó assitindo MTVLab, enquanto tentava achar algum modo pra me divertir, escutava minha avó arranjar de tudo pra se lamentar, incluindo resmungar sobre o povo que passa o ano na praia (hein? como assim?!). Foi aí que percebi que enquanto estiver aqui ou me importar com tudo o que pensam e impoem aqui eu não vou conseguir viver do jeito que quero.

Decidi então colocar na minha cabeça que esse ano vai ser diferente (num momento em que todo mundo pensa a mesma coisa ¬¬). Ou saía daqui e tentava me virar por aí, tendo ainda uma graduação pra terminar nessa cidade... ou dar um jeito de me rebelar e mostrar ser cabeça feita e menos uma criança indefesa aos olhos da família. Em qualquer uma das opções, vou ter que lidar com a opinião de reprovação, alegações de ingratidão e falta de respeito, até acusações de egoísmo e falta de coração. Talvez essa seja a pior e mais custosa parte.

Aqui tenho a impressão de que estou num cubo hermético e não importa o quanto (ou quando) eu gritar, ninguém vai me escutar. Aliás, não só em casa que sinto isso :T Correntes e vários cadeados pra abrir, um a um (se metáforas nunca são suficientes o bastante), mas eu saio vivo dessa. Ainda é tarde pra pedir terapia?!

Esse vai ser um ano e tanto!

[impressão que já falei disso por aqui]

:T