quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

goodbye two thousand and nine

E mais um ano acaba, com mais uma frase genérica pra começar o post. Tenho de concordar com Mariana que os anos ímpares são os melhores; tenho 2003, 2005 e agora 2009 pra guardar na memória (ou o que eu ainda tiver dela). Esse ano foi responsável por uma revolução interna enorme, a qual sou bastante grato. Agradeço também todos que fizeram parte dessa jornada (me manter em pé nesse ano foi realmente uma jornada), aos conselhos, às distrações e às risadas.

Tudo indica que começarei 2010 bem. Apesar de ser um ano par, várias boas conquistas estão pra acontecer:

- Um amigo da minha mãe está procurando um trabalho importante pra ela. Assim ela ficaria menos preocupada em casa (e descontando o stress em mim, eventualmente)
- Meu relacionamento com PNP está ótimo. Quer dizer, só não está melhor porque estamos em cidades diferentes, mas nos falamos praticamente todos os dias. Sinto que nunca fiquei assim por ninguém até o momento. Às vezes nem consigo segurar minha alegria quanto a isso. Bãã.
- Logo em março, estaremos eu, B. e PNP em São Paulo para o show de Coldplay. Dá pra acreditar?! [vontade de gritar]
- Talvez mais importante, esse ano finalmente irei me formar \o\ Antes, pretendo estagiar fora da cidade, até pra preparar minha família que não quero (mesmo) ficar aqui nessa cidade. Pra isso, pedirei ajuda do meu chefe, que entende dessas coisas e me apoia totalmente nessa decisão

Acho que o mais importante desse ano foi a perda (mas parcial) do medo de errar. Por exemplo, meus últimos relacionamentos (CS e Teléfono) não deram nada certo (sem contar os vários outros #fails da minha vida), dei moral a muita gente que não devia (o fantasma e a caminhoneira, principalmente), devo ter falado algumas verdades que doeram, ou que não eram tão verdades assim. Mas nessa brincadeirinha, conheci PNP, que de início não capturou minha atenção e, segundo B., era mais um que tinha se rendido aos meus feromônios virtuais, e olhem só onde estou. Não que eu me ache um exemplo de vida, não tenho moral pra depor em "Viver a Vida", mas se o ano não foi bom e é jovem o bastante pra se permitir errar, arrisque! enough said.

Que o próximo ano seja cheio de realizações pra todos vocês, que tenhamos muitos motivos pra rir, que apareçam várias pessoas especiais, que venham muitas lições a serem aprendidas, e que sejamos melhores como pessoas.

Um 2010 radiante pra todos!! :*

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

random thoughts

Final do ano é típico para: árvores de Natal, presentes de amigo secreto? Aqui em casa, é tempo de reformas. Desde o começo da semana o primeiro andar aqui (onde eu fico) está uma bagunça só, com cheiro de tinta a óleo e tinta latex. O bom é que, se não fosse por isso, estaria deitado na maior parte do tempo. Enfim, meu vizinho é que está realizando a pintura, mais a pequena reforma no meu quarto, que era o cômodo mais danificado, devido à uma infiltração no meio do ano.

Ontem estava pintando o portão da varanda quando coloquei o álbum de Jason Mraz (We Sing. We Dance.We Steal Things) pra tocar, enquanto o pintor estava fazendo os retoques nas paredes. Perto do final do álbum, ele diz:

"Hey, como é o nome dessa banda?"
"Jason Mraz"
"É boa essa banda viu?"
":DDDDDDDD"
"é pq a gente que é evangélico não costuma gostar dessas coisas, mas quando tem uma música bonita, uma letra bonita... não é que nem as safadezas que (apontando pra casa de Juk) de vez em quando toca aí"
"ç_ç"

Eu amo quando as pessoas gostam do que escuto, e meu gosto não é muito fácil de entender. Depois aproveitei o clima de emoção e coloquei Bat for Lashes e Amy McDonald. Hoje, depois de minha mãe tocar Voz da Verdade (que eu chamo de Nightwish gospel) a tarde inteira, ele aproveitou que estávamos só eu e ele no quarto pra dizer (indiretamente) que estava enjoado daquela banda. Quando minha mãe chegou, ele disse que não se importasse em colocar as músicas que eu gostava. Mais uma vez Jason Mraz e depois, Jace Everett.

Mais uma coisa aleatória foi Gnomo me dando um elogio de graça. Uma semana antes ele me chamou pra sair com ele, enfatizando que eu era a única pessoa que ele tinha aqui na cidade (ele não é daqui, está aqui apenas pra estudo). Não estava com vontade, era meu primeiro dia de férias e queria descansar. Ele insiste, dizendo que pagaria; acabei não indo, e nem ele também.

Ontem, no início da conversa, ele diz:

"conversar com você dá uma sensação ora de atraso, ora de estar anestesiado"
[confuso] "'conversar com você dá uma sensação ora de atraso, ora de estar anestesiado' essa foi pra mim?"
"claro, às vezes, você é tão atualizado que dá a sensação que estou na época do ronco. outras vezes, sua atualização é tão impressionante que deixa a pessoa anestesiada, ao ver tanto conhecimento geral"

Nossa, hein? E que interesse tardio também, vamos combinar.

Pra terminar, meu relacionamento com pnp está em altos e baixos. Essa semana percebi que eu que estava supervalorizando as coisas, me frustrando com a suposta frustração dele. Sábado vou à cidade dele (umas duas horas de viagem) e vou ficar lá o final de semana inteiro. Espero muito que dê uma levantada no astral, pela viagem em si, por estar com ele, por estar longe daqui. Não estou com muitas expectativas, contanto que eu esteja melhor ao voltar.

\o\

sábado, 19 de dezembro de 2009

and tonight we can truly say...

Hoje o dia começou muito estranho. Tive um pesadelo dos mais bizarros, em que eu começava a brigar feio com minha mãe de uma forma muito... real. Depois da discussão, lembro de deitar no colchão e chorar com muita raiva. Quando abro os olhos, ainda em sonho, estou deitado na escada de casa e tenho uma visão meio 'Volver' (o filme) do meu pai, como se ele fosse um espírito. Nisso minha sobrinha me acorda (ainda no sonho ¬¬) e eu acordo atordoado, sem saber se era uma visão ou um sonho. Daí o despertador toca "Map of the Problematique", do Muse, e eu acordo, finalmente.

Fiquei meio atordoado, acordei minha sobrinha pois ela adora ir à feira. Ligo a tv e está passando "Simplesmente", do Skank. Deito no sofá, esperando meu avô terminar de se aprontar. Daí começa a passar "Invincible", do Muse, e eu: "aunnn :3".

[pausa pra você ver o clipe]

Os próximos minutos foram espontâneos. Do nada comecei a lembrar das pessoas que tenho hoje: meus grandes amigos; das pessoas que não tenho amizade, mas me fazem bem e nem tem noção; de pnp, por que não? Enquanto lembrava, colocava o refrão na cabeça e as lágrimas começaram a rolar, de uma forma tão fácil e sincera que nem eu acreditava.

Percebi que não era tristeza, não estava com raiva de ninguém até então. Foi pura gratidão de ter um suporte tão legal durante o(s) ano(s) todo(s). Levantei pra pegar Crepúsculo (o livro e sim, me rendi e estou lendo) e ler mais alguns capítulos no caminho, minha sobrinha olha pra mim desconfiada: estava com os olhos vermelhos. Se muito li do livro hoje, foi uma folha; o pensamento de gratidão e (por que não também) amor incondicional era recorrente, e meus olhos marejavam todas as vezes.

Essa situação só durou pela manhã, fui fazer a faxina rotineira e coloquei os álbuns mais indie-alternativos pra vizinhança escutar. Eu poderia agora agradecer a cada um que participou de alguma forma da minha vida, mas estou sem inspiração haha. Aliás, esses dias em casa marcam a volta dos posts disconexos, pois meu computador é fonte de distração.

Ah, aproveito pra divulgar meu formspring. Fiquem à vontade pra perguntar o que quiserem lá


:*

let the drama explode (replay)

10 de dezembro de 2009

Depois do climão com minha mãe no outro domingo, ela ficou e ainda estava mal falando comigo. E eu fico sem entender como ela ainda quer ter um relacionamento aberto comigo. A semana começou bem estressante, como sempre, mas já estava dando resultados. Quinta-feira foi o que chamei depois de "quinta fatídica", pois muita coisa resolveu desabar nas minhas costas.

Durante a manhã eu tive uma prova final, de uma disciplina que simplesmente não tenho o menor talento para exercer na vida real. E sobre isso eu não sabia se me sentia inútil ou imbecil de ser praticamente o pior aluno da turma. Estudei dessa vez com dois dias de antecedência, pois o assunto era enorme, juntei meus papéis com anotações das provas passadas, no total de cinco. Pra quem conhece o tamanho da minha letra, sabe que foi bastante assunto. Li no ônibus e reli nas duas horas antes do início da prova. Foi fácil, e fui o primeiro a terminar.

Ao voltar pro laboratório, não deu nem dez minutos, apenas deu pra ler meus emails e faltou energia, pelo segundo dia seguido. Esperei bastante tempo, até que enchi o saco e fui pra casa pela condução que demorava mais, pois nem queria enfrentar o sol (!!), muito menos passar pela integração cheia de gente. Em casa, enquanto colocava meu almoço, minha avó me pergunta se eu ia voltar ainda pra universidade. "Só à noite", pois tinha reunião de mais um dos projetos de disciplina.

Algumas horas depois, perto do horário em que iria me arrumar, vem minha mãe e diz: "Tua avó veio me perguntar ainda agora que horas tu vai... Eu disse: 'e eu sei? ele não me fala mais nada...', que saco isso". Fiquei alguns segundo olhando, tentando entender se aquilo era verdade. Enquanto isso, no chat, Patonoseplay fazia mais um dos seus dramas sobre a viagem, como se eu tivesse de escolher entre ele e B. Detalhe que venho combinando essa viagem com B. desde o início do ano, e não ia trocar isso por nada. Era muito cedo pra um passo grande demais.

Minha cota de paciência já tinha se esgotado há muito, e acabei encerrando a discussão, dizendo que não estava com paciência pra explicar a mesma história várias vezes. Ele, claro, ficou irritado, e tive de sair. Todo o stress acumulado me deixou um zumbi. Fui esperar o ônibus, no frio, com vontade de chorar e pensando se aquilo tudo era por causa dele (pnp). E se era, era porque eu tava gostando dele em um outro nível?

E asism fiquei o dia inteiro. Ainda tive de aguentar a caminhoneira implicando com meus hábitos alimentares, chegando a dizer "e vc coma, viiiu?" ao passar por mim no carro. Pensamento: "sim, e porque você não MORRE?!". Climão, hein?

No outro dia, desliguei o celular, deixei o messenger pra lá. Passei maus bocados à tarde, tentando o evitar pra n ficar com mais raiva (não de mim, mas do drama que ele fazia), e cada frase de desculpas que ele mandava me fazia parecer pior... vai entender. À noite, estava querendo que uma picape me levasse de vez desse mundo, quando resolvi agir e aceitar as desculpas de pnp. Não lembro como acontece, mas fiquei bem melhor e bem rápido. O fiz concordar que não iríamos mais brigar por algo que ainda vai acontecer, e só aproveitar o que temos, hoje.

E assim está, ainda não brigamos, apesar de ele vir com um drama aqui ou ali. No overall, feliz, mas cansado e não vendo a hora do semestre acabar x_x.

:B

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

let the drama explode

No mesmo dia que patonoseplay declarou algo talvez cedo demais para se dizer, algumas horas depois minha mãe inicia uma D.R. (i.e. discutir relação) comigo. Acontece que no mesmo dia ela fez um piti por uma declarada brincadeira que eu fiz; aliás, ela sempre fica impaciente (na defensiva) quando tem de vir ao computador por qualquer motivo. Uma vez eu fui salvar minha senha do (cof cof, meu) orkut no computador, pra ela poder acessar diretamente, e ela fez o maior show, dizendo que eu estava escondendo coisas dela (oi?), não deixando eu nem dizer um "quê?".

O incidente desse dia tinha sido pela manhã ainda, e ela ficou o resto do dia respirando fundo, batendo as portas com força e, mais tarde, chorando como estivesse perdendo os cabelos. Nisso, fui à tarde pra casa de B. adiantar os projetos de disciplina. À noite, com aquele climão, fiquei logo impaciente; decidi dormir assim que o bloco do Fantástico acabasse. Num timing impressionante, quando apenas pensei em levantar, ela pergunta: "Eu só quero saber de uma coisa, Gustavo: o que é importante e o que é prioridade na sua vida?"

éoquê?!

Daí foi aquela história que eu já sabia: desde o que minha irmã, e depois meu pai, aprontaram e agora com o sumiço do meu pai, as coisas não andavam nada bem lá em casa... e eu não estava nem aí. O motivo principal, como já disse, é que eu precisava viver a minha vida, desde que deixei de ser o garoto que só estudava e estava satisfeito. Precisava deixar de me preocupar com os problemas de quem, desculpa o egoísmo, devia estar me ensinando algo. Ou vocês acham que é culpa/responsabilidade minha meu pai dar uma de adolescente e f-u-g-i-r dos problemas que um Pai deveria resolver?! Ou o fato da minha irmã... bem, a atitude é tão burra que nem merece ser comentada.

Discutindo de assunto em assunto, ela deixou subentendido que eu simplesmente estou me divertindo durante as infinitas horas que passo na universidade, batendo "altos papos", como se fosse escolha minha chegar meia-noite ou mais em casa. Ah claro, se eu tivesse de escolher entre passar horas na frente de uma tela brilhante e dormir, lógico que estaria dormindo! Insinuou até que eu estava farrando nos finais de semana em que ia pra universidade, incluindo o dia em questão. "Sim, mas você não respondeu minha pergunta. O que é importante e o que é prioridade na sua vida"

#killmewithaknife

Disse que minha prioridade era terminar a "m...porcaria" do curso o mais rápido possível, pois não estava aguentando mais, e reiterei que estava trabalhando, mesmo nos dias que chegava ainda tarde em casa e ia pro computador (e ela acordada enquanto eu não chegava). Ela franziu a testa, provavelmente não esperava essa resposta. "Mas não era o que você queria?!" "Sim, não quer dizer que não esteja difícil" "E por que só agora que você tá reclamando??" "Porque a cada semestre está ficando pior!".

Inevitavelmente os asssuntos voltaram pro problemas de casa, e de como a posição dela não era fácil (se preocupando com todo mundo) e ninguém entendia; como se alguém parasse pra pensar como eu estou, incrível como talvez toda mulher faz esses dramas de auto-flagelo, algo que tenho mas não preciso estar compartilhando com ninguém... coisa mais inútil. "Diga logo que eu sou a pior mãe, que você queria algo melhor", pus a mão na cabeça, querendo ter força suficiente pra apertar e esmagá-la (a cabeça, no caso).

"Diga pelo menos algo que posso melhorar"
"Só que não precisa se preocupar ex-ces-si-va-men-te comigo"
"Excessivamente?"
"E não é não?"
"Ah, Gustavo, que bom que você não tem filhos...", como se fosse algo que se aprenda nos livros
"Realmente, ainda bem"

Foi pro quarto dela, chorando. Eu já tenho a skill de ignorar, fruto de anos de dramas inúteis que apenas provavam (e cada vez mais) que eu era o menos culpado/responsável por tudo que acontecia. No dia seguinte, acordei super arrasado pra pensar em qualquer outra coisa. Quando chego na universidade, PNP está lá no messenger.

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Esse dia rendeu mais de 800 linhas de conversa, começando com ele querendo saber como eu estava e o que estava acontecendo. Não sei como aconteceu, mas não demorou muito (na minha noção torta de tempo) pra eu me sentir melhor. E assim se manteve por muito tempo.

Até que...

Ele me pergunta se eu já providenciei minhas passagens pro show do Coldplay ano que vem, e minha resposta foi "sim". Primeiro ele ficou chateado por eu não ter contado; e foi tão complicado comprar essas passagens que eu só dei como certas quando a companhia aérea me comunicou, instantes antes dessa conversa. Depois ficou chateado por eu não ter combinado o dia das viagens com ele, pois nos pensamentos românticos dele, ele imaginava indo e voltando no mesmo voo que eu (e B. que ficasse segurando vela ¬¬).

Primeiro ele estava pensando em ficar a semana toda em São Paulo, eu disse logo que não dava pois minha $ituação não permitia, além do show coincidir com a volta às aulas. Depois, pensou em estar comigo numa casa alugada lá, com o pessoal do chat do Coldplay (umas 12 pessoas). Disse que ia ver se meu amigo (B.) ia querer. Claramente não ia dar, pois além de não conhecer essas pessoas a ponto de dividir o mesmo lugar, nossos (meu e de B.) planos de turistar iam ser destruídos.

Foi justamente nesse ponto que eu o decepcionei ao máximo. Ele fez um drama enorme, pois eu não ia ficar do lado dele, não iria viajar com ele, e que a viagem não faria o mesmo sentido se eu não estivesse lá. Eu expliquei que já havia planejado com B. há muito tempo (desde março) essa viagem, e que seria uma viagem nossa, pra comemorar o curso, os anos de amizade, whatever. Expliquei também que iria ficar dois dias em São Paulo, antes do show, tempo suficiente pra eu encontrá-lo (e o pessoal do chat também). Mas não adiantou. Ele postou algumas mensagens de raiva pelo twitter e foi embora. E eu com vontade de batê-lo por pensar que nem... eu, planejando cegamente e ficando _uto com o mundo inteiro por dar errado.

No dia seguinte eu tento reanimá-lo, sem sucesso; ele ainda está chateado. Pouco tempo depois ele age naturalmente, me deixando confuso. Foi quando eu tive de ressuscitar a história (pois gosto de coisas claras), a fim de tentar achar um meio termo (mania minha). Prometi que o procurava assim que chegasse em São Paulo, mas que também teria que executar meus planos turísticos com B.; e foi assim que o convenci. Ainda estava chateado, mas convenci.

E estávamos discutindo algo que vai acontecer daqui a mais de dois meses, já perceberam?! Acontece que ele viaja mentalmente demais, planeja demais; algo que faço hoje, mas com muito menos intensidade. Daí a voz de Mariana ecoa:

"Tenha paciência. Não fique irritado com as pessoas só porque elas não são 'evoluídas' como você"

Bem, paciência eu terei, e estou tendo. Antes disso tudo, ele falou que ficou inseguro por estar falando a palavra de três letras pra mim, se ele estava no timing certo. Falou até dos últimos casos, e como eles mostraram que ele não ia mais conseguir encontrar alguém. Contei meus casos também (mas nunca divulgar esse blog, please), e disse que já pretendia falar "TE _ _ _" antes, mas estava com o pé atrás (sempre).

Hoje está normal... e fofo xD. Parte eu posso dizer que foi pela nossa franqueza até agora; ele diz que quer saber tudo sobre mim (cof cof), e que tem confiança em mim. E de alguma forma estranha e boa sinto confiança também. Double Win

\o\

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

can i handle it?

êêê finalmente venho escrever aqui. Vocês não tem noção (alguns tem) de como esses dias foram corridos. E ainda estão sendo! Mas como não tenho vergonha na cara, e estou meio desorientado hoje, decidi parar um pouco pra escrever e, assim, organizar minhas idéias. Se é que consigo.

No último post, resolvi não citar Patonoseplay (ou PNP. lembrando, o cara que vai pro show do coldplay e que não mora aqui) pois era assunto muito recente, mas nessas duas semanas aconteceu muita coisa. Desde dia 23 que começamos a trocar mensagens de texto, todos os dias, com todo o mimimi possível; além das mensagens públicas no twitter, dedicadas a "alguém aí". Bom, eis que as conversas evoluiram (também todos os dias), e chegamos num estágio em que nos conhecíamos muito bem.

Até que ele planejou vir pra cá no sábado (28). Pode parecer rápido, mas tínhamos nos conhecido oficialmente há três semanas daí. Estava tudo combinado, ele até me convenceu a ficar a noite de sábado com ele, voltando pra casa só no domingo; não sei como explicaria em casa, qual história teria de inventar.

Acontece que na mesma semana, meu chefe volta de viagem. Quando fui mostra por onde andava o projeto, quase pedi uma faca pra fazer o resto do serviço ali mesmo. Tudo aconteceu pra não dar certo: fiquei uma semana sem voz, outra sem computador e outra com dores fortes na cabeça. Claro que ainda tinha mil projetos de disciplinas, e minha preguiça por cima ainda não me deixava continuar. Depois da reunião com ele, me senti sem um buraco onde enfiar minha cara. Felizmente ele é tranquilo e me pediu pra apressar, ou dissesse logo que não ia conseguir. Desistir? Jamais!

Super mal, disse a PNP que nosso 'compromisso' do sábado não ia dar certo. Ele ficou decepcionado, eu mais ainda. Mas em vez de fazer dramas infinitos, ele me fez ficar melhor; e, geralmente, quando fico desapontado, fico assim pelo resto do dia. Hmm, suspicious. O sábado chegou e acabei indo na casa de Mariana, matar a saudade. Deixando claro que minha intenção era trabalhar, mas não estava "com cabeça" pra isso.

Foi divertidíssimo, e fiquei despreocupado o bastante pra não ter hora pra chegar em casa. Assistimos "17 Again", com Zac -cabelos comestíveis- Efron; depois, vi de novo "(500) Days of Summer", filme que indico a todos. Finalmente entreguei Atonement (o livro) e levei Twilight, depois de muita insistência. Cheguei em casa mais leve, mas não literalmente, porque comi demais ; ).

Domingo (29), em conversa com PNP, concordei que teria tempo pra ele na segunda. Ele ficou todo felizão e concordou (ia pra JP ver New Moon e voltaria na segunda bem cedo). Depois, apareceu na webcam com seu amigo, o mesmo que me ligou uma vez (por iniciativa própria) me perguntando quais minha intenções com ele. HAHAHA que cafona.

Chegou a segunda, fui à rodoviária e esperei uma hora, porque inventei de ir cedo demais. Sorte que estava com Twilight e comecei a ler. Eu me distraio muito ao ler, e acabei na metade do segundo capítulo, quando ele ligou avisando que já tinha chegado. Olhei ao redor, mas quando percebi, ele já estava na minha frente, a uns 15 metros.

O dia foi ótimo, ele tem um jeito meio atoron, mas é extremamente legal. Ficamos uma hora esperando na rodoviária pra ele voltar pra cidade dele, foi muito divertido. Voltei pra universidade e não consegui me concentrar em mais nada, mas confortável, como se houvesse alguém me segurando. Era estranho.

As mensagens continuaram todos os dias; ele passou a ligar de manhã, pra saber como eu estava (bããã). Os dias se passaram, até que último domingo (6) ele me manda uma mensagem, em letras maiúsculas, com a palavra de três letras. "TE _ _ _"

/o\ continua...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

when we were young

Engraçado como a gente pensa na nossa evolução nesse período de final de ano; quer dizer, ao menos eu venho me avaliando o tempo inteiro. Como um bom (ok, não tão bom) taurino, tento sempre manter os pés no chão, não me permitindo mergulhar demais nos meus pensamentos e divagações românticas. Por isso que minha mente hiperativa é coadjuvante (antagonista querendo ser protagonista) dessa história.

Posso dizer que esse ano foi o mais ativo da história, e eu fico particularmente feliz de ter podido registrar parte (apenas a linha principal) disso através do blog. Foi o ano que mais aprendi sobre eu mesmo e sobre o que queria em geral. Apanhei muito também, alguns conceitos destruídos, novos conceitos bem mais oportunos, mas penso que no final me ajudou bastante.

Resmunguei muito sobre a vida, como os dias se repetiam e parecia não haver uma forma de mudar aquilo; aliás, nem tudo está sobre meu controle e/ou vontade. Começou com uma entrevista que eu fiz pra um trabalho de uma amiga minha, sobre homossexualidade. Estavam lá o irmão hétero dela (que é... hétero, não é gente? já sabem o que esperar) e a amiga. Quando perguntado se já tinha namorado com algum homem, disse "não". Na verdade a pergunta foi outra, mas por vergonha de falar a palavra, deixarei vocês deduzirem. Lembro de olhar pro lado discretamente e visto a cara dos dois de "... quê?".

As menores coisas ficam repetindo na minha cabeça como um disco arranhado, esta situação foi uma delas. Fiquei pensando o que fiz a respeito. Não que eu responda à pressão da sociedade de sempre nunca estar sozinho (e sobre isso eu achei um texto bem legal, vale muito a pena ler). Havia uma necessidade independente disso, e eu estava preocupado com mil outros problemas que nem eram meus, além de estar preso por uma ilusão de príncipe, cavalo branco e tal. Não dava.

Foi aí que comecei a deixar os fatos sairem um pouco do meu controle. Blame it all upon a rush of blood to the head. Eu não podia mais manipular as situações, achando que o mundo era meu tabuleiro, e me revoltando se alguém não gostasse. Sim, é inocente, e meio Briony da minha parte; mas meu histórico explica bastante coisa. Em primeiro lugar comecei a deixar as preocupações em casa, já que ninguém ligava pro que eu pensava (e achava até bom). Já que ninguém quer (ou vai) lutar por mim, deixe que eu lute pelo menos.

O primeiro rapaz que conheci, CS, foi durante essa mudança de vida. Aliás, minha primeira grande decisão foi aparecer no cafofo dele, quando não confiava totalmente nas intenções, nem as tinha como certas. Uma pressão absurda não me deixou fazer muita coisa, me arrependi de muita coisa que aconteceu naquele dia. Mas não um arrependimento de querer mudar, e apenas lamentar o que aconteceu. Acabou claramente não dando certo, mais por minha falta de noção, normal pra alguém que quer mudar de uma vez. Espero não ter mais de encontrá-lo, apesar de passar lá todos os dias, a caminho da universidade. Apesar de tudo, aprendi com ele a ser menos tosco, e a não esperar romantismo de auto-ajuda num mundo como o nosso; aliás, não esperar muito de nenhuma pessoa. A partir da primeira decepção, não olhei mais ninguém como um grande potencial de um relacionamento duradouro e feliz. Ao menos, não por um tempo de desconfiança.

Depois teve Teléfono (na verdade, teve Peruca antes, mas foi só muído), que começou como um grande caso a ser investigado, depois uma esperança de alguém sério, suprindo minha vontade anterior de alguém que apenas me acolhesse. A história com ele foi longa, e foi a que eu mais detalhei durante todo esse tempo. Aprendi com ele, ironicamente, que não precisava de algo sério (não de morar junto, conhecer família e stuff). Após falar a palavra de três letras pra ele é que senti mais essa minha anti-necessidade. Pra quê pensar em um relacionamento sério quando se está no início dos 20 anos, em que o desejo químico-físico acaba falando muito mais alto que qualquer conceito? Falo isso como eu seguisse todos os meus instintos, e não é bem assim. Mas eu não podia me sentir culpado por, de repente, estar interessado por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, algo que claramente não cheguei a consumar.

Alguns meses depois, surgiu Coffee Shop, que me ensinou (de forma muito³ indireta) que eu (sim, eu) tenho que mover as peças, provocar, instigar, se quero que as situações andem como espero (ou quero). Estava ainda esperando muito das pessoas, questionando suas atitudes. Em uma boa conotação de jogo, os dois participantes devem interagir, e é isso que me faltava. Claro que isso é um perigo, como demonstraram os casos seguintes. Nisso, sabemos que acabou não dando certo pois ele "sumiu". Ainda acho que ele encontrou algum partido no Uruguai, em troca de um green card. Mas isso é besteira.

Quase ao mesmo tempo surgiu Gnomo, que me mostrou que não devo ser tão apressadinho. Pensando bem, não há uma fórmula, uma vez que todo mundo tem seu timing, e não devemos ser perfeitos. Continuo fazendo meus comentários fora de hora, mas o que importa é como contornar. Talvez a grande lição aprendida no overall é que não se deve ser a musa inatingível por muito tempo, existem pessoas (imagino que a maioria) que gostam de ser conquistadas.

Não fui atrás de quem eu realmente queria, até porque era uma pessoa diferente a cada semana e seria um estrago hahah, alguns desses eu nem esperava muita coisa, mas nada como dar uma chance e se dar a oportunidade de se surpreender. Como já falei à exaustão em todos os lugares, sofrer por antecipação é a pior merda do mundo, e a gente tem que se jogar e nos permitir viver sem culpa de vez em quando. Se a gente tropeça, se irrita ou até alguém dá uma rasteira: basicão. Levantar, balançar o cabelo com classe e continuar a andar é um talento que se aprende. E estamos aprendendo todos...

... espero. ; )

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

... that's why i'm always laughing

Ok, desisti de postar sobre o dia do show. Ao pensar nas frases que colocaria no texto, percebi que estava dando um desabafo inútil, e que estava sendo tosco com meu ódio de gente "normal", incluindo héteros genéricos, pagodeiros (sim, tinha até pagodeiros lá, damn) e os pseudos do curso. Além de envolver muita gente que a galera conhece, achei melhor deixar quieto.

Saibam que mesmo o local estando cheio dessa classe de pessoas, foi o dia que mais me diverti. Tinha cachaça de graça, e aproveitei pra provar. Que negócio bom-depois-horrível. Pulei doidamente, quase morri no calor de sempre, cheguei em casa com as pernas bambas pra acordar uma hora depois, ir pra feira e fazer a faxina. :x

Semana passada teve show "da banda" de novo, mas não fui. Não ando estressado, apesar das mil tarefas a fazer. Talvez seja até essa a motivação para não ir. Se bem que eu perderia a oportunidade de ver um certo rapaz huhu.

Saindo dos pensamentos e voltando à vida, no mesmo dia que publiquei o post passado, o cara-que-queria-morar-comigo apareceu e, depois de meia hora de elogios (e indiretas), me perguntou se tinha tomado alguma posição. Respirei fundo e falei, pois não me sentia bem iludindo o rapaz. Claro que coloquei a culpa em mim, porque não ia dizer que não queria ficar com ele era estranho, meio desesperado e tinha um amigo psicótico. Tudo bem que deixei a impressão de que era indeciso e fútil, além de faker. Minha cara de preocupado: ¬¬'

"não se esqueça que aqui em xxxxx tem alguém que gosta muito de você"

Depois dessa situação, eu disse que ia parar de conhecer gente, não foi? O mais irônico é que um novo personagem nesse drama aparece, e me adiciona no messenger. Um pequeno flashback resumido:

Eu estava na busca de informações sobre o show do Coldplay mês (ou meses) passado. Procuro então alguma comunidade de fãs daqui do nordeste, pois eles podiam se organizar para ir ao show e eu iria aproveitar (isso se chama envolvimento). Daí acho esse rapaz, nickname Calvin, mora numa cidade que fica no interior do estado, vejo que ele tem twitter e o 'sigo' (porque adicionar no orkut é outro nível). Depois de comprarmos os ingressos, ele me adiciona.

Eu já sabia que ele era gay, deduzindo pelas comunidades e fotos dos amigos (que lindo né gente, o poder das redes sociais?!), mas ele não sabia que eu era. Aliás, já devo ter comentado aqui como acho que isto está escrito na minha testa, mas ninguém mais acha o mesmo. É meu JEITINHO. Ele eventualmente perguntou e, quando confirmei, não demorou muito para começar o cli-ma.

Estou dando corda, porque ele é legal, e ainda é fã o bastante pra ir a um show do Coldplay. Tá, eu não sou tão superficial para ter apenas esses motivos. Muita coisa é sensação. Ele disse que pretende vir pra cá semana que vem, e eu estou atrás de motivos pra viajar nessas férias. Quer coisa mais oportuna?!

: ) [post sem nexo, sry]

terça-feira, 10 de novembro de 2009

mini flashback gigante

Confesso que abandonei um pouco o blog nesses dias. Acontece que tudo está convergindo nesse final de período, e eu tenho (por necessidade e por obrigação também) de trabalhar nos 5 projetos (um de pesquisa e quatro de disciplinas) e ainda dar andamento na vida emocional [/tvfama]. Acabei deixando pra contar sobre o show "da banda" depois, porque preciso (mesmo) relembrar de tudo que aconteceu naquela noite. Então vamos às atualizações:

Desde que Gnomo me deu um banho gelado com a historinha de amigos, passamos a nos falar por messenger mesmo, apesar d'ele morar em frente à universidade. Eu não estava gostando das conversas, curtas demais, e eu sentia que não iria sair nunca da "Friend Zone". Sem querer desdenhar das intenções dele, mas já tenho amigos o bastante. Eu quero outra coisa... espero que dê pra entender meu estado.

Nesse meio termo, continuei a entrar no chat de bitch que sou. Conheci um cara que não mora aqui (perigo!), mas que tinha uma conversa legal; acabei dando corda. Mas como tudo que acontece comigo tem que ter alguma bizarrice, na primeira conversa que tivemos (que durou duas horas), ele diz que queria muito morar comigo. Tipo, o quê?? Quem que faz uma coisa dessas?! Eu disse que tinha me surpreendido com a petulância coragem dele, mas disse que não poderia falar o mesmo sem o conhecer direito.

"garanto que irei fazer de tudo pra te ver feliz"
"apesar de que eu quero muito cuidar de vc"

Me senti estranhamente lisongeado com a atenção desesperada dele. Acabei gostando de conversarmos sobre o quanto já nos decepcionamos e como dessa vez *poderia* ser diferente. Ele diz que queria me ver até o final de semana, pois seria o presente de aniversário dele (opa, escorpiano. consultei o manual de Edu). Já notaram a pressa que esta pessoa tem? "Maníaco", como diria Mariana.

Marquei pra segunda (9), e desde então ele entrava todos os dias, de uma lan house (porque eu sei o ovo que aquela cidade é). E eu me sentindo todo importante, né? Eu não presto.

Enquanto isso, Teléfono me aparece com suas indiretas (outro "maníaco"), e eu dando cortadas, e ele não entendendo. Até que, depois de uma conversa estranha em que ele me pedia um favor que eu *claramente* não podia fazer, ele me diz que estava pensando em passar aqui no domingo. "O que você acha?" "Vou estar trabalhando". Ele reclama e eu pergunto o que ele ia querer comigo, uma vez que tinha dito que eu era muito ruim com ele ¬¬.

Ele me diz que eu sabia o que ele queria (paciêêêência). Cansado, com vontade de dar uns tapas, perguntei se ele se lembrava que eu tinha dito que minha decisão -de acabar- era definitiva. "Então ainda se mantém?". Não, estava drogado e me arrependi, ah por favor. Depois disso, nunca mais falou. Também não vou atrás, já tentei ser o ex-que-é-amigo e vejam só no que deu.

Talvez no mesmo dia (sem noção temporal), me convidei pra passar lá em Gnomo e levar umas músicas e jogos que havia prometido. "Pensei que tu não vinha mais", falou quando eu cheguei. Não perguntei o motivo, achei que seria mais uma situação sem graça. "Osh, que é isso... :P". Depois a gente pegou o mesmo ônibus (eu ia pra casa; ele, pro shopping), deu tempo pra ele me mostrar uma música da P!nk, que eu não entendi qual era. Daí desci do ônibus antes; eu poderia ter saído algumas paradas depois, mas sou estranho mesmo.

Depois de trabalhar durante a tarde e a noite no deserto na universidade, chegou a segunda. Nos encontramos eu e o cara-que-queria-morar-comigo numa praça bem conhecida daqui (por estar no centro do centro da cidade). Sério, que mega fail!! Juro que não reparo 100% na beleza, meus últimos 'crushes' explicam bem, mas tava difícil suportar. Com certeza algum senhor frequentador daquela praça notou alguma coisa, até porque ele tinha voz de atoron e gestos sugestivos. Notei algum idiota falando alguma coisa e enfatizando a palavra 'viado'. Eu tava tão Madonna "*oda-se mundo" que nem dei moral.

Mas não foi o bastante (nunca é); dentre as conversas, ele contou suas peripécias com o bff dele. Resumo? Ciumento, psicótico, maníaco (hohoho). Houve a situação em que ele (o amigo, claro) ameaçou um rapaz com uma faca, por ciúmes. Assim, eu vou sair de perto desse povo. Arrumei uma desculpa, disse que tinha compromisso e fui embora. Antes ele deu uma olhada bem profunda, como se estivesse prestes a... vocês sabem.

Depois nos falamos pelo messenger, quando disse que iria pensar sobre levarmos adiante o relacionamento, alegando que não estava preparado pra ficar com alguém que não morasse aqui. A gente ficou de se falar depois, pra eu dar minha posição (odeio dar foras, já perceberam?). O bom da história é que causei boa impressão, ponto pra mim...

cri cri cri cri...

Aí depois eu parei pra prestar atenção nas mercadorias que fiz: eu estava dando corda pra ele só porque me sentia bem com a atenção dele. Mas que droga de egocentrismo hein? Fato que não vou ter tempo nem paciência pra procurar alguém pelo menos nesse mês; 'melhor' assim. Já chega de preocupações! E que venham logo os esperados três meses de férias de verão.

woo \m/

sábado, 31 de outubro de 2009

i hide my pain like the rest of them...

Quinta feira aconteceram tantas coisas que parecia mais um seriado. Alguns podres da família revelados, discussão, lágrimas e álcool. Ah, e um show de rock pra acabar o episódio dia. Mas vamos por partes e tentar não ser confuso.

Parte 1: Family Issues

Uma coisa que adoro nas últimas conversas com minha avó é que ela anda soltando uns ‘segredinhos’ da família. Interessante, e compreensível, quando na infância os pais tentam passar a imagem incorruptível e inabalável, querendo os proteger de todo mal. Por isso que quando as crianças crescem e veem a verdadeira face, se revoltam e aí já viu.

Além de contar como meu pai nunca foi santo e como minha avó materna nunca foi com a cara dele, soube quinta feira que meus avôs nos seus early years costumavam beber juntos. Não é grandes coisas, pois essa cidade sempre foi um ovo; o problema é que minha mãe tem trauma de infância com o pai dela, históricos de agressão + alcoolismo. Irônico pensar que ele morre quando minha mãe era criança, em mais um dia em que estava trêbado, e anos depois os dois lados da história se juntarem por um laço, digamos, irreversível.

Ah, hoje mesmo minha avó tava falando do sogro. “ô homi chôco, Deus me livre!”, e como ela não aguentaria se ele batesse as botas depois da esposa (a santa). Eu preciso escrever isso em algum lugar, é como se fosse minha pré-história. Estou louco? Psicótico?

À noite, eu e B estávamos à procura de um cartão de crédito pra garantirmos nossos ingressos no show do Coldplay (tenham noção do que é isso na minha vida!). Depois de sair do computador, falei com minha mãe do tal plano do show, isso depois de ela saber (meio em cima da hora) que eu iria pro show “da banda” mais tarde. Daí foi só o drama, que eu não compartilhava as coisas com ela, que ela era um fiasco como mãe e tudo mais.

Até aí tudo bem, basicão. Daí ela fala que se não tivesse achado minha agenda, nunca saberia da minha orientação por mim. “É porque é super fácil falar uma coisa dessas né?”, falei na bucha. Não satisfeita com o drama instaurado, ela me fala que o sumiço do meu pai foi por causa disso. Toda a raiva acumulada sobre algo que não tinha certeza até o momento subiu, os piores palavrões estavam na ponta da língua, e estava prestes a dizer mesmo. Mas existe uma merda de coisa chamada respeito e, não aguentando, comecei a chorar descontroladamente de raiva.

Tudo bem que ele poderia nem olhar na minha cara, mas abandonar o resto da família, incluindo os pais (que moram com a gente), passar dias na cidade, passar até perto da rua e nem dar as caras é de uma covardia sem tamanho. E agora posso dizer sem o receio de estar pensando demais. Sem falar que numa família com 4 mulheres, sou o único homem da casa, porque meu avô faz questão de ficar no seu canto, isolado. Injusto, muito injusto.

Mas como sofrer não resolve muita coisa, e eu tinha de ir pro show “da banda” há muito tempo. Segurei minha raiva logo, pra não ter que aparecer no local de cara inchada e olhos vermelhos. Se bem que chegar assim num local daqueles queria dizer outra coisa, mas tudo bem.

Nesse CLIMÃO, fui pra casa de B pegar uns filmes e de lá fomos pro show. Tinha tudo pra dar errado: Toda a graduação sabia do evento e iria em peso, o que significaria que os mais transados e proporcionalmente insuportáveis. Outra que eu tinha compromissos da graduação no dia seguinte, porque afinal estávamos no meio da semana :T

Tudo pra dar errado, não é? Pois acabou sendo uma das (poucas) noites mais divertidas do ano!

Continua ;D

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

murphy rlz

Nada como fazer as coisas na pressa pra perceber que você poderia ter economizado tempo se tivesse mais calma. Eis que hoje começou o Congresso de Iniciação Científica e, como sou bolsista, sou obrigado a participar. Eis que hoje também é ponto facultativo na universidade; ou seja, salas fechadas. Chego cedo pra pegar o material do evento (que aliás está muito melhor organizado esse ano) e quando volto para o laboratório, ninguém está lá; pra completar, perdi a chave, provavelmente deixei lá dentro e alguém a guardou. comofas/

Não posso (na verdade, não quero) voltar pra casa, até porque eu teria de vir à tarde pra universidade, onde minha colega iria apresentar seu trabalho, o qual fui voluntário. Eu poderia ligar pra gnomo (ele mora em frente), mas prometi pra mim mesmo acalmar os ânimos. Escolho então um lugar onde posso encostar e esticar as pernas. Abro a bolsa, que foi parte do material do Congresso e voilá: um bloco de papel novinho *.* Tiro do bolso um lápis e começo a escrever.

Apesar de poder ver gente passando de um lado para o outro, estava numa calma que me deixava contraditoriamente inquieto. Tento ligar para alguém, mas estou sem créditos #pobre, o que significa que não poderei ligar pra gnomo, e eu sei que disse que não ia ligar (isso se chama inconstância). Como várias outras coisas estavam passando na minha cabeça, não tive muito a discutir sobre a vida e coisas adversas, e então darei o giro de notícias.

Nos últimos dias, em conversa com gnomo, ele me falou que não estava bem, e que esta "má onda" somada com a crise da pós-graduação não o estava deixando no melhor estado. Exibindo meus talentos, o aconselhei e acredito que o fiz ficar melhor (porque posso escolher boas palavras, mas não necessariamente ser convincente).

Ontem conversei com ele outra vez, e ao perguntar se ele estava bem, ele me responde que "digamos que sim", e espera que em duas semanas pretende dizer. Estranho, não? Dei um tempo e me permiti ser indelicado curioso ao perguntar se tratava de algum problema na família. Ele diz que se trata de saúde, e que a probabilidade de ser algo ruim é baixa. O aconselho com aquela conversa de "não sofrer por antecipação" que todos nós devemos saber. Daí eu o ensino a instalar um emulador no computador dele e, depois de agradecer e dizer que vai jogar, some; provavelmente foi reviver a infância com Super Mario World.

Deixa quieto : B

sábado, 24 de outubro de 2009

am... não?

Como alguns devem saber, desde sábado estou com alguma coisa na garganta, que peguei de um colega de laboratório. Desde então minha voz foi sumindo aos poucos, mas hoje está melhor. Como estava evitando condicionadores de ar, pedi pra voltar mais cedo pra casa, a fim de melhorar. Apesar da semana ter tido muitos afazeres (entrega de dois projetos, mais duas provas, mais confecção do poster pro congresso de iniciação científica), deu pra resolvê-los com certa tranquilidade. Bem, isso é o que eu penso, porque adiei outras coisas pra semana que vem, fazer o quê?

Nesses momentos em que estava em casa, Teléfono apareceu e perguntou se eu estava ocupado. Disse que estava, e estava mesmo estudando pra prova do dia seguinte. Digo que se ele quisesse falar alguma coisa, podia falar, mas calado ele ficou. Bem, algum tempo depois, ele pergunta se eu estava desocupado, e dessa vez estava, sem paciência pra ler o material e sem vontade de sair do computador.

Daí ele duvida do que eu falo, como se eu estivesse fingindo ou o suportando naquele momento. Fato é que não gosto de ignorar as pessoas, sou mole, confesso. “assim, nada que eu falar é o suficiente né?”, perguntei. Daí ele finalmente fala o que queria: jogar Damas

[um minuto pra você fazer o que quiser: rir, pôr a mão na cabeça, ou os dois]

Como eu não tinha outra coisa a fazer, topei. Durante a partida, quando dei talvez a única jogada que prestava (eu não tenho prática com damas, desculpa), ele reclama, e eu mando um “:*” de provocação. Mas acho que ele não entendeu desse jeito. Daí ele manda um smiley de flor “(F)”, e eu: “nem venha me distrair”. “eu q fiquei distraido so pq tou com vc”, “haha tá bom”.

Terminamos de jogar, e eu perdi a partida, de novo. E quando eu achei que a situação estava até normal, lá vem: “gostei mais de ter jogado com vc do que ter vencido. saudade de tu”. Mas não é um sem-vergonha?! Depois disso, cortei a conversa e disse que ia dormir, pois qualquer coisa que eu falasse seria mal entendida.

Dando continuidade à vida, porque ela anda rápido, nas poucas conversas que tive com gnomo, as coisas entre nós estavam normais. Nada imprevisível, porque apesar do mimimi e do meu /fail do domingo, não achei que ele fosse dessas frescuras todas. Cheguei a convidá-lo pro cinema (que não é bem um programão com o ‘cinema’ que temos aqui, mas...), ele disse que iria pensar, daí eu falei que levaria um amigo junto, pra ele não pensar que seria mais uma tentativa minha de apressas as situações.

Mas acabou não dando certo. Minha voz estava em falência e preferi não me aventurar no frio de sertão que aqui está. Quando o aviso, ele disse que iria topar (¬¬’), mas que veria um dia com melhores circunstâncias. É gente, estou fazendo o inverso dessa vez, porque toda vez que me aventurava com alguém, o cidadão arrumava mil possibilidades de encontros e eu (mimizando) não topava. Agora é minha vez. Afinal de contas, desempenhei muitos papéis esse ano (bom-ba-ção, hein?), e essa é mais uma.

Mas calma, gente, não me perdi no meio do caminho. É só meu ascendente em Gêmeos se amostrando.

:*

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

graduation part 5

Perto do final de 2003, como tinha passado por média em todas as disciplinas, acompanhei de longe o sufoco do restante dos alunos. Dani, Elton e Vanessa foram reprovados, e Tots quase ficou na mesma situação, pois nunca foi bom em inglês. Confesso que senti um pouco de culpa, pois mostrava aos outros que tirava notas boas, às vezes conversando mais que os problemáticos da turma. Além do mais, no último trimestre já não me importava em dedicar ao estudo (pois as notas já eram suficientes), ao contrário do restante da turma que "corria atrás" para não fazer prova final. Alune é tudo igual.

Daí pra frente só vi o pessoal na última semana do ano. Dani passou em casa dizendo que a situação na casa dela não estava fácil. Vanessa tinha ido para outra cidade e Elton provavelmente estaria viajando. Faltando algumas horas para o Ano Novo, fui à casa de Tots (só gosto de aparecer lá de surpresa), e minha vontade era de ficar lá (com ele, e sim, sou brega); porém, por convenções familiares, tive de voltar pra casa.

Até o período de matrículas eu não tinha certeza se iria continuar a estudar no mesmo colégio pois, apesar de algumas promessas, meu pai estava desempregado. Talvez por isso (ou por até então viver em uma ostra) acabei sumindo do radar. Aos 45 do segundo tempo (super entendido de futebol humpf), meu pai trocou o carro por um mais barato e, com a diferença, paga mais uma anuidade. Eu nesse momento fiquei admirado com a confiança que ele depositou, e a esperança de que eu ia fazer minha parte.

Foi aí que começou o (talvez) pior ano da minha vida. [Pausa de 40 minutos, pensando em que ponto começar]. Parte foi da falta de paciência inerente a essa fase, mas convenhamos que poucos fatos ajudaram. Antes de tudo, entrei em crise existencial enquanto minha irmã tentava me converter; aquela dúvida/impasse entre seguir uma doutrina ou seguir meus instintos, o que não é nada justo para o auge de hormônios dos 14/15 anos de idade.

Enquanto não decidia o que iria ser, pensei ser melhor me afastar de todos, o que não foi tão difícil. Me afastei dos meus pais, também porque não aguentava mais a rotina de ir ao mesmo lugar todos os finais de semana, servir de babá da minha sobrinha no meio de um monte de adultos bebendo, gritando e escutando forró descartável a manhã (e a tarde) toda. Não foi difícil de fato pois, apesar da dramatização que minha mãe fazia, não discutíamos quando eu não queria algo. Aliás, não conversávamos muito de qualquer forma.

Nesse contexo, o ano letivo começoue já não contava com o auxílio do meu pai, que me levava ao colégio (talvez o único momento da semana que tínhamos só pra nós dois). Passei a ir a pé (15 minutos), e de vez em quando meu professor de matemática (Elvis) me dava carona no meio do caminho. A turma havia ficado grande demais, muita gente nova, porém não muito diferente do 1º ano.

Logo nas primeiras semanas, eu e Tots começamos a nos afastar gradativamente. Analisando a situação hoje (mil anos depois), admito que meu afastamento do mundo foi responsável. Enquanto isso, Dani mandava cartas através da irmã (que estudava na sala em frente à nossa) todas as semanas. Nesse momento, Dani estava na capital, forçada, fazendo supletivo para "reverter" a reprovação. Eles (Dani e Tots) ainda estavam "juntos", mas ninguém -além de nós três, claro- sabia e nem eu emitia a mínima opinião a respeito.

Quando ela soube que nos afastamos, a ponto de não falarmos um com o outro, tomou parte de intermediadora, pedindo e até implorando para que voltássemos a nos falar. Mas estamos falando de garotos adolescentes e teimosos, e seria preciso muita persuasão. Todos estavam tristes com a situação, e Dani se sentia impotente por não conseguir levantar a bandeira branca. Daí foram semanas e meses de cartas super dramáticas, que vou transcrever no próximo post.

continua

littlest things

"As menores coisas me deixam lesa de felicidade, assim como pequenas coisas me deixam pra baixo". Em conversa com Mariana, nos sentimos assim. Eu sou capaz de rebobinar a mesma situação várias vezes, durante dias inteiros. Como sempre, the same old story: poderia ter me controlado, poderia ter falado tal coisa etc etc.

Depois da surpresa que Teléfono me reservou, o desbloqueei no messenger sábado. Menos de 10 segundos depois, ele aparece (me bloqueou pra saber quando eu o desbloquearia, espertxenho). Me perguntou se eu ainda estava com raiva, e daí em diante só fiz explicar minhas razões, algumas das quais não citei aqui, algumas que já reclamei há muito tempo.

Ele pediu descupas várias vezes, explicou que não imaginava que eu ia ficar tão irritado e bruto. No final, eu disse que minha decisão era definitiva, até porque eu já tinha acabado com ele uma vez, e não parecia coerente ficar nesse "vai e volta".

Pontos positivos: nenhum, odeio discutir relação

Pontos negativos: depois de explicar meus motivos e ele se justificar, T. ainda vem como se nada tivesse acontecido, falando que está com saudades e tal, e que estava se programando pra vir de novo pra cá. Paciência. Eu pergunto a ele se estamos dando certo, ele não responde, e vem com uma desculpa que é exatamente o que odeio: esperar. Não, por favor.

A parte em que ele disse (indiretamente) que poderia aguentar a distância e sabia conviver com as poucas horas que a gente teve nesses últimos meses ficou reverberando na minha mente. Poxavida, né? Não imaginem eu numa relação dessas de novo, nem que seja com alguém de um distrito vizinho daqui. Eu falo isso mas nunca se sabe o que pode acontecer :x

Enfim, domingo esperava dar andamento nas minhas tarefas, mas não deu (como sempre). Passei a tarde inteira conversando com Mariana, B. e Gnomo, e jogando Braid. No clima de descontração que estava a conversa com Gnomo, me permito soltar uma indireta, naquele estilo: escreve a besteira, conta até três e dá enter, sem pensar. Claro que eu não faria nada se não sentisse interesse da outra parte, né? Bom senso, por favor.

"Isso é uma cantada?", diz ele. Eu: "am... digamos que sim". "mas lembre-se que somos amigos até então"

/FAIL

Aí fui contornar a situação, como se melhorasse o fato de eu estar sendo apressado demais. Daí ele diz: "você tem razão, mas é o seu jeito, infelizmente"

in-fe-liz-men-te. Esse 'infelizmente' matou, até hoje.

Depois disso saí do messenger e fiquei os últimos dias pensando no que eu tinha acabado de fazer. Não vou me arrepender de ter sido direto, até porque (alô-ô) venho reclamando que não tomo atitudes há muito tempo. Encontrar um meio termo pra tudo é de enlouquecer, vão por mim.

Já que hoje percebo que nossa *amizade* não mudou muito, estou mais tranquilo. Mas também não posso dar mais um passo nos últimos meses dias, para não parecer obcecado. Eu não faria a indireta se não tivesse realmente interessado no momento, também não o faria se ele (do seu jeito) não tivesse mostrado interesse. E não é fruto da minha imaginação, quase todos os chats estão salvos à prova.

oh hell x_x