segunda-feira, 10 de maio de 2010

das coisas que não sou obrigado

Me sentiria muito bem pra reclamar hoje; aliás, desde o começo da tarde que desejei muito ter tempo pra xingar geral por aqui. Mas não, ninguém merece né? Então vou contar as novidades, e o que anda me incomodando.

em casa

Ultimamente eu e minha mãe estamos voltando a conversar, e hoje especialmente ela forçou a barra, como se nada tivesse acontecido há exata uma semana. Fingi estar cansado pra não ter que reclamar, porque se eu for dar moral, vai voltar tudo como era antes, até eu soltar uma brincadeira, ela se irritar e repetirmos a mesma cena, num ciclo vicioso e extremamente cansativo. Eu sei bem do que estou falando. Também não quero que volte ao que era antes, não depois de dizer tudo que disse (inclusive que nem tudo que rolava na cabeça dela era necessariamente verdade). Na minha concepção, se você discute com uma pessoa e faz uma crítica sequer, essa pessoa deveria absorver e tentar melhorar naquilo. Utopia.

Soube nesse último Dia das Mães que o clima entre ela e minha irmã está bem pior. Elas nunca se deram muito bem, ainda mais depois de ela ter engravidado aos 15, dentre outras coisas que não vale comentar. Minha mãe tinha ido ao mercado e minha avó disse a minha irmã que desse o parabéns, que "mãe é mãe" e tudo mais. E assim o fez, assim como todo mundo. "E eu sou lá mãe?!", disse a minha mãe. Adoro sarcasmo em más horas.

Hoje, estava no laboratório quando ela me chama no messenger, uma das poucas vezes que ela faz isso. Em geral, ela disse que ouviu a discussão da semana passada e que estava chocada com a forma com que minha mãe estava nos tratando, e que era pra nós nos unirmos, mas não contra ela , longe disso.

Um grande não, pois:
1) me "aliar" a ela significaria que eu concordaria com as coisas que ela fez, e desculpa se eu não fui claro quanto a isso, mas saibam que foram burrices extremas
2) eu não sou cego de não notar que elas não se dão bem, e se ela não foi capaz de se manifestar desde então, qual minha ajuda nisso tudo? Prefiro não saber.

Eu falei que estava fazendo minha parte que era de argumentar, por mais que ela (mom) interpretasse isso como desafio, ou desrespeito; e que ela podia fazer o mesmo. Ela desconversou e disse que a última discussão deixou implícito que era pra ela sair de casa. CLIMÃO. Eu fiquei só lendo. Aí depois ela diz que meu pai liga bastante pra ela, e perguntou se eu estava irritado com ele. (Assim, por que não ficar na sua?).

Falei que estava deixando ele no canto dele, como ele estava querendo ficar. Em seguida, falou algo sobre mom que me irritou profundamente, pelo teor da frase. Como se agora, depois de ter conseguido um trabalho, minha mãe estivesse "se achando". Porra, como é que uma pessoa pode dizer isso de uma pessoa que ficou 10 anos sem trabalhar, servindo a uma casa com 6 pessoas, inclusive ela (sister) e cuidando da filha dela enquanto estava estudando?! Consideração foi atropelada ainda agora.

no mundo de fora

Felizmente pnp me deixou quieto. Antes disso, tinha que ter um drama, porque senão não tinha graça. Tinha acabado de assistir um filme domingo passado, assim que termino e mando um tweet a respeito, alguém aleatório me adiciona no messenger. Pensei se aceitava ou não, e acabei aceitando pra ver quem era. Claro que era ele. Dei um suspiro de "wtf" e disse "eu sou mesmo muito idiota de ainda aceitar" e o bloqueei. Daí ele me manda 4 sms, falando que se era pra ele sair da minha vida, que eu falasse logo. #coerência. Não respondi nada, lógico.

Em seguida, um amigo dele me adiciona. Este amigo coincidentemente está fazendo o mesmo curso que Mariana, e eles são amigos também. Nunca nos falamos, apenas jogamos Banco Imobiliário uma vez. Mas enfim, eis que ele começa o papo da coincidência e tudo mais, mas claro que ele iria falar sobre o amigo, e assim foi.

Eu fiquei só imaginando a versão que pnp contou pra ele, porque totalmente não condizia com a situação. Oras, uma pessoa que demorou um mês de revolta pra perceber a merda que fez e EU que sou orgulhoso? É pedir demais que ele simplesmente não me encha mais depois de tudo que escutei? Sem contar que essa atitude do amigo dele (que, tudo bem, estava defendendo e querendo o melhor pro amigo, mas) foi muito infeliz, além de eu odiar a situação em que a pessoa vem lhe dar conselhos quando não tem a mínima idéia de quem você é, muito menos do que realmente aconteceu. O bom é que até agora nenhum dos dois veio me irritar novamente. O que agradeço muito, pois a presença dele no meu celular estava fazendo mal.

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Bem, é basicamente isso que me irrita, ou que vem me irritando. Além do fato das pessoas que gosto estarem meio que inacessíveis -fisicamente- no momento. A pessoa quer dar um abraço mas não sabe pra quem dar sem parecer ridículo.

pff

Um comentário:

Thay Gomez disse...

AMEI O NOVO LAYOUT!

A gente sempre acaba arrependido de uma coisa ou outra que disse, Marlyn. E olhe que EU entendo disso.

Bem, este "E eu sou lá mãe?!" realmente...Eu não gostaria de ouvir.

Paciência, amigo. É o segredo. Paciência...