domingo, 2 de maio de 2010

what do people want from me?

Eu poderia ter paz no dia depois do meu aniversário, talvez se estender por uma semana, mas não. Terça-feira chego em casa, escuto as novidades do dia que minha mãe conta enquanto janto, ela praticamente em cima de mim, como sempre. Daí ela sai, eu já tinha terminado a janta e fui ligar o computador, só pra tirar os arquivos do pendrive; naquele dia não estava com ânimo para conversas. Quando volta, começa a reclamar pois já estou no computador, eu digo de brincadeira (como já fiz outras vezes) que não enchesse o saco e ela ficou totalmente irritada. Ficou andando pra lá e pra cá, batendo nas coisas como ela sempre faz. Bem, se eu já tava sem ânimo, imagine agora.

Disse que só tinha ligado pra copiar os arquivos e digitalizar as fotos pro convite da formatura. Desligo o computador e fico "vendo tv", mas não demora muito e vou dormir, detestando aquele clima desnecessário. Deito e ela vem querendo "dizer só uma coisa", mas já sabia que a DR ia rolar solta. Em resumo, ela ainda acha que passo tempo demais no computador me divertindo, que dou maior prioridade aos amigos (num tom de voz bem debochado) e não dou a mínima pra família. Além disso, o maior absurdo, é que eu nunca (adoro generalismos) queria andar com ela, "mas se qualquer fulaninho me chamasse pra sair, eu ia na hora". E o grande argumento que deu foi minha viagem pra São Paulo. Tenha dó.

A DR evoluiu até o momento que eu disse que ela precisava de terapia. Ela perguntou se eu não achava que precisava também, respondi que já tinha pensado nisso há muito tempo. Climão hein? No dia seguinte e até hoje não estamos nos falando direito. É tão difícil assim um pai descer do pedestal e admitir que errou? Como é que você pode exigir diálogo de alguém que você nunca teve o costume de conversar, e qualquer coisa era motivo pra uma discussão, e em que o argumento do outro é interpretado como desrespeito? Complicado.

Falando em pai, quarta-feira ele apareceu em casa só pra dizer que eu não atendia às ligações dele (no dia do meu aniversário). Ah, claro, como se o sumiço dele (não lembro de tê-lo visto depois da véspera de natal) fosse o menor dos problemas, não é mesmo?! Espero muito que alguém tenha me defendido. E, lógico, a última vez que conversamos eu nem tinha entrado na universidade, os últimos aniversários eu recebi telemensagens, e agora liga como se nada tivesse acontecido. Me poupe.

No mesmo dia à noite, recebo uma ligação com número desconhecido. Não se pra que fui atender, pois era pnp. Não gosto de desligar o telefone na cara, então tive de escutar o que ele tinha a dizer. Perguntou, com voz de quem não fez nada, se eu tava bem e que queria conversar comigo no dia seguinte. "Tá", não pude dar uma resposta à altura porque minha mãe estava por perto e desconfiaria na hora. Não o desbloqueei do messenger, e nem preciso mais dizer um motivo. Me deixa.

Pra completar a semana animadíssima, tivemos nossa sessão de fotos pro contive da formatura, e fomos eu, B e fantasma (o retorno) pra pegar nossas roupas, no dia seguinte tirar as fotos, e no próximo dia, devolver as roupas. Incrível como tudo com ele demora o triplo do normal, tinha esquecido desse dom-zão que ele tem. Sem contar que haja muita paciência pra aguentar o humor refinado que ele tem. Kill me with a pen.

E foi assim minha semana, desgastante. Decepcionado ainda com muitas coisas que passaram, e estou apagando cada referência pra fugir desse pensamento. Meus amigos não interpretem mal, mas ultimamente só meu amigo from Mexico (doc) que vêm dando um up nessa semana. Eu sei que posso me arrepender de algumas coisas que fiz, mas fiz no que acreditei ser certo, se entenderem ou não, aí não é comigo. Apenas aprendam a escutar, por favor.

x/

Um comentário:

Mariana. disse...

eu realmente gostei desse post.
entendo seu ponto de vista e até ri com algumas coisas que tu disse!
:)
fica bem!