segunda-feira, 8 de setembro de 2008

the boy with no name part 1

Era uma vez um jovem universitário, e faz um curso promissor numa área bastante concorrida. Esse jovem tem problemas, como qualquer um deve ter, mas frequentemente se pergunta se é o único ser vivente que ultrapassa *esse* tipo de problemas. Ás vezes gosta de engrandecer seus problemas, para que esses quase tomem conta dele, com o objetivo claro de superar e sair mais forte da situação. Insano, não?

Nasceu e desde então mora numa cidade 'pequena', em um bairro em que pessoas ainda costumam sentar nas calçadas pra falar da vida dos outros. Sonha no dia em que vai deixar esse lugar pra trás e recomeçar, ter a vida que quer viver, agir como quiser agir, etc. Recentemente mora com seis pessoas:

* O avô paterno, dono da casa, católico fanático. Frequenta praticamente todos os eventos da igreja, apesar de não tirar algumas lições e aplicá-las na sua vida. Já teve sua fase mais intolerante, quando praticamente não suportava alguém de outra religião.

* A avó paterna, extremamente carinhosa e emocional. Excessivamente preocupada com todos, principalmente com relação à comida e o horário em que os integrantes estão fora da casa. Teve três filhos, os quais um fugiu de casa e quase não dá notícias, o outro morreu servindo à marinha há cerca de 20 anos, e o outro (o pai do jovem acima citado) trabalha fora de casa, viajando.

* O pai, trabalha desde sempre e na grande maioria das vezes fora da cidade. Por isso, ficou bastante ausente na educação dos seus filhos, teve problemas com álcool (assim como o pai) e fidelidade. Sempre foi fechado quanto a seus sentimentos (um hétero típico), tendo se emocionado poucas vezes em frente dos familiares

* A mãe, extremamente preocupada e carente. Desde cedo teve que trabalhar pra sustentar a casa (e conquistar o respeito da mãe). Seu pai morreu quando tinha 3 anos, vítima de atropelamento. Tinha sérios problemas com álcool e frequentemente batia nos filhos e na mulher. Enquanto que a mãe tinha de sustentar os filhos, com os quais era bastante rígida. Hoje elas se dão bem, seus irmãos moram em Brasília, e ela supre toda essa carência no filho, sufocando-o ás vezes.

* A irmã mais velha, a qual ele não tem muita intimidade. Sempre teve problemas em casa e no aprendizado no colégio. Talvez teve inveja do irmão por ele se dar bem nos estudos e ser o caçula. Engravidou aos 15 anos, o que chocou e balançou muito a família. Recentemente a mãe descobriu que ela é lésbica e namora uma pessoa que ela levava semanalmente em casa, como amiga. Acabou gerando muita desconfiança na mãe, dificultando uma relação que já era complicada o bastante.

* A sobrinha (8 anos), está na fase de desafiar e questionar certas 'coisas'. Carente também (parece ser hereditário) e considera o avô como pai, e o tio como irmão mais velho; o que, como qualquer relação entre irmãos, gera brigas e discussões

Esse jovem parece ser como qualquer outro da sua faixa etária, indeciso sobre seu futuro, indeciso sobre o que é; ansioso por uma mudança completa, um novo lugar, novas pessoas, uma vida menos complicada. É, ele deve ser igual a todos os outros, mas como todos os outros, ele acha que não é qualquer um.

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