sexta-feira, 22 de maio de 2009

the metapost

Depois de um dia bastante cansativo, lá vai Gustavo dormir. Antes do sono tomar conta do seu ser e só largar quando o celular tocar uma música alta e agoniante, ele pensa na vida, no que fez, nas frases marcantes que ouviu, nas que falou, nas grandes besteiras que fez, em como fatos do passado se repetem, entre outras muitas coisas.

De repente, vem aquela frase de efeito, que não necessariamente é um bordão ou um cliché, e o remete a algo sobre a vida que ele gostaria de compartilhar com o mundo, ou (se policiando um pouco) apenas com seus amigos mais próximos. Aliás, é pra isso que existe o blog que ele criou há algum tempo.

Incansável (?) com sua descoberta, nossa mente hiperativa começa a entrar em ação em nível máximo, buscando alguma historinha com nexo, começo, meio e fim; sem contar que ainda temos de ter uma liçãozinha de moral, mas não em 100% das vezes.

[Escutando Rilo Kiley]

Quando a maioria das frases estão em seus devidos lugares, cadê papel? O cansaço é bastante para sair do alto da beliche e pegar algo pra escrever. Além do mais, mesmo se houvesse coragem para ligar a luz, seu quarto não tem portas e sua mãe tem insônia. Ele deita e -acreditem- no minuto seguinte ele dorme como uma pedra zzzzz.

[Dando F5 no Twitter e no Last.FM, vendo as novidades do Judão]

O irritante toque do despertador o acorda, e ele mal se lembra do que sonhou há uns segundos atrás. Café tomado, é hora de pegar o transporte. Aliás, é um oportuno momento pra repensar tudo, até porque não há mais nada pra perder a atenção, a não ser nos hot guys e nas figuras bizarras que entram no ônibus.

[Pausando Breakin' Up pela terceira vez]

Finalmente algo realmente aparece, mas infelizmente passa longe do que havia pensado na noite anterior. As frases de efeito sumiram, sem rastros, às vezes nem o raciocínio do post ele tem mais. Justo o bastante: muito trabalho, pouco sono; o cérebro não consegue salvar todo o estado do dia que passou a tempo. Mas o post do dia corrente está pronto idealmente, e fresco o suficiente pra dar tempo chegar na universidade e começar a escrever.

[Repetindo Breakin' Up, Tomando água, Lembrando do cute guy que apareceu no horário do almoço]

Ele chega no laboratório, abre email, orkut, twitter, lastfm, lê os emails novos, lê páginas e páginas de atualizações no twitter, escolhe um bom álbum pra começar o dia pra cima, vê quantos visitantes seu blog teve no dia anterior, olha o omelete, olha as atualizações dos blogs favoritos. Ufa! Nessa brincadeira, já se vai uma hora. OK, vamos respirar, dar um flashback nos pensamentos acumulados e começar a escrever. Ah, bem lembrado, isso tudo quando ele não tem aula às 8h.

[Tocando I Still Do na cabeça, enquanto idéias sobre um episódio do seriado que ando idealizando surgem]

Mil anos depois, apagando e reescrevendo, ele tem um post feito. E ele realmente acha que está bom e que disse tudo que tinha pensado anteriormente. Vai pra aula e nos seus momentos chatos (seus = da aula), ele percebe que esqueceu de colocar uma frase, que talvez mudaria o sentido de quem estivesse lendo, podendo até mudar o ponto de vista sobre o assunto postado. Oh Hell No :T. Termina a aula, ele vai almoçar e esquece da tal frase.

[Vendo um Fotolog subliminar aí]

E mais um dia passa na vida desse jovem aspirante a alguma coisa. Mais lições surgem, mais frases marcantes, mais besteiras feitas, e sempre algo a se pensar da vida, e do rumo que esta vai tomando. Tudo num grande ciclo -extremamente- vicioso e *às vezes* chato

[40 minutos depois, e ainda estou na 6ª música do álbum. Sozinho no laboratório. Pausando Dreamworld pela quarta vez]

É tudo questão de foco, e aprendizado também.

:x

Um comentário:

Thay Gomez disse...

I) OBRIGADA POR SÁBADO!!

II) TÔ NO PÁREO, MANO!!!!!!!!!! NA CONCORRÊNCIA!!!

III) COMENTANDO O BLOG - adoro escritos em 3ª pessoa. O 1º parágrafo ficou em um tom tão... final O.O

Quarto sem portas? u.u Bom, o meu só veio ganhar portas no ano passado... Coisas de pais.

O Twitter tem dia que brox... mesmo!! (Sorry pelo termo, mas é assim que vejo a coisa!)