quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

news for the people

Tenho andado meio desligado (que nem a música), e minha rotina em casa faz com que eu não tenha muitas novidades. Hoje, especialmente, venho pensando no que farei depois da graduação; é meio cedo, já que tenho um ano bem turbulento pra enfrentar, mas é inevitável pensar em como sair dessa cidade. Acordei já com esse pensamento na cabeça, explorando a possibilidade de ir à Brasília, recomendação do meu chefe. Com um minuto de reflexão, eu já tinha pensado demais e resolvi parar. Afinal, as situações não se resolvem do jeito que a gente quer, e as pessoas não são tão receptivas quanto gostaríamos que fossem.

Há alguns dias, uma senhora que mora aqui perto passou por mim e me aconselhou a sair daqui, se as oportunidades fossem melhores (além de dizer que eu estava "cheinho", o que me deixou feliz, claro). O bom é que ela falou isso na frente da minha mãe e avó, pelo menos assim elas se acostumam com o fato. Falando nisso, minha mãe está mais apreensiva com a viagem pra Coldplay do que eu. Falando nisso (de novo), falta pouco mais de um mês!!!! omg

Sobre pnp, eu falei que não ia dar certo se continuássemos daquele jeito, e ameacei terminar. Não me senti bem em falar aquelas palavras, pois sabia como ele ia ficar. Fiquei dividido entre o pensamento de que eu estava certo e que era melhor, se eu quisesse evitar maiores problemas; e entre a possibilidade de acertarmos de alguma forma e enfrentarmos o problema como dois adultos (?). Além disso, sei que a conversa de "eu vou mudar por sua causa e vamos resolver isso" não convence. Ninguém muda pra se adaptar a um relacionamento sem uma das partes perder algo no final. Mesmo assim, depois de alguns dias realmente mal, acabei por colocar panos mornos e ver o que acontece. Contraditório, não? Bem, não é a primeira vez que volto atrás, vale pôr em destaque.

Pretendo ir à capital esse fim de semana, pra vê-lo. Mas, como das outras vezes que tentei ir, só em pensar em ter que avisar por aqui, e arranjar um desculpa, me cansa. Me falta muita disposição esses dias, pra tudo. O problema é que odeio ter que dar explicações; por mim eu ia, simplesmente. De uns tempos pra cá eu percebi que minha mãe só pergunta pra ter o que falar à minha avó. É ela que se preocupa excessivamente com todo mundo, principalmente com minha irmã (cinco anos mais velha), e não há o que mudar.

Falando em problemas de família, faz um tempo que venho acompanhando Six Feet Under (criada por Alan Ball, de Beleza Americana - um dos melhores filmes que já vi), e estou gostando muito da série e me identificando muito com os personagens. No início, eu me identificava com David (por ser 'do armário' e ser cheio de problemas de auto-aceitação) e morria de rir com os dramas de Ruth (a matriarca da família). No final da segunda temporada, tenho muita simpatia por Claire (a filha mais nova) e estou começando a sentir pena de Ruth. Por mim eu faria uma maratona e veria todos os episódios, fiquei bem empolgado com a história e a densidade dos episódios. Guardei até um episódio pra ver depois, "The Invisible Woman" da segunda temporada, que fala bem sobre a solidão, e como algumas pessoas apenas optam por viverem sós; acabou sendo um dos episódios mais coesos da série, até agora.

Bem, não sei como fazer um desfecho pra esse post. Uma ótima semana pra vocês!

2 comentários:

Thay Gomez disse...

Uma das minhas canções favoritas, se cantada por Roupa Nova *.*

E outra coisa, amigo: a gente cria muitas ilusões sobre o mundo. Você quer a todo custo sair de um lugar, mas o que define sua vida, sua felicidade, é você e não o lugar onde está. Se você estiver puto com a vida, até em Noronha você não vai ver graça.
Lições de Markus Zusak - ótimo autor e ótimos conselhos.

Estou numa onda Supernatural hauahuahauhauaha, altas maratonas.
Tudo o que digo é: Não é o que eu pensava que fosse, mas não recomendo.XD

gustavo disse...

Maaaais ou menos. Apenas uma ressalva, e sem querer desmerecer o autor, que as pessoas definem o que você é também. E quando eu digo pessoas, não estou me referindo aos amigos (porque, apesar de tudo, eu gostaria de tê-los ao meu lado); estou me referindo à minha família.

Experimente morar num lugar onde não tem voz, onde você não pode falar sobre o que lhe aflige porque não é um assunto que se fale (ya know what i mean). E ao mesmo tempo, todos parecem depender de um modo sufocante de você, como pai, filho, neto, tio etc etc. Digo mais uma vez, é sufocante.

Estou empolgado a oportunidade de sair daqui não porque não goste da cidade, ou das pessoas (que eu realmente não gosto, mas sobreviveria tranquilamente), mas porque acho que mereço tempo e liberdade pra mim, sabe? Dar um restart, sei lá. Não sei se é o certo, mas vale tentar.

Uma coisa que meu chefe disse e eu não vou esquecer (lembrando que ele fez a mesma coisa quando terminou a graduação) é que você deve estar satisfeito com a sua vida pra ter satisfação com o trabalho; e que essa oportunidade é singular, pois estou no auge da juventude, não tem ninguém que dependa diretamente de você (i.e. filhos, esposa etc.), dentre outras coisas.

Enfim, está cedo pra pensar nessas coisas, e posso mudar de opinião em três tempos. Espero que não.

Sobre Supernatural, nem Jensen Ackles me motiva a ver a série humpf, estou empolgadíssimo pra terminar Six Feet Under. Sei que valerá a pena.

Beijos!

[esse comentário foi quase um post :P]