sábado, 16 de março de 2013

então tá

Só pra contar um caso que aconteceu ontem. Combinei de almoçar com dois colegas de laboratório, pra enturmar e tal. Um deles, Ricardo, é bem atacado, ligado nos 220V. Estávamos indo pro bloco de curso técnico onde tem o melhor almoço em custo-benefício daqui e, como é de curso técnico, tem muitos novinhos e novinhas; parece mais um colégio dentro da universidade.

Em todo o caminho, ele ia comentando e virando o rosto pras meninas que passavam, e eu com poker face em todo o momento. Quando estávamos chegando, ele diz "Vamo arrumar uma mesa perto das meninas, uai. Pegar uma melhor visão, né não? [...] Ou então se você quiser, Gustavo, a gente arranja um perto dos meninos e do outro lado a gente olha as meninas. Não tem questão, é pra agradar a todos" e eu "Tá bom, Ricado"

E nisso ele vai comentando das meninas que passam, a gente arruma uma mesa e eu fico de costas pro movimento na cantina. Aí ele pergunta:

"Você gosta 'disso', Gustavo?"
[pausa] "não"
"não?!"
[poker face]
"então você gosta... de menino?"
"é... por eliminação..."
[pausa tensa] "heh, 'por eliminação'"

E as conversas continuaram como se nada tivesse acontecido. Ele continuava a comentar sobre as meninas que passavam com o outro colega, dessa vez não esperando que eu comentasse, porque continuava de costas. No final das contas, eu sempre segui esse pensamento de que, se me perguntassem sobre, eu diria sem problemas. Mas essa foi a primeira vez que fui posto à prova.

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