quinta-feira, 8 de julho de 2010

sobre machucar

Eu sei que eu tenho gente que vale muito mais pra me preocupar. Sei que tenho alguém, doc, que talvez é a pessoa mais "understandable" que eu conheci, e que ultimamente estou me sentindo mais confortável com o nosso relacionamento, apesar de ser meio improvável. Mas sabe quando alguém te machuca de um jeito, e que você não consegue esquecer? Não que você ainda se importe com essa pessoa, mas também não consegue esquecer. É, estou falando de pnp.

Temos uma infinidade de coisas boas durante nossos dias que podemos nos encantar, uma quantidade não tão grande de pessoas que realmente se importam como estamos. Mas vem aquele pensamento, de como pode alguém ser tão estúpido a ponto pisar em cima do que danado ele sentia naquele momento. E tudo não se resumiu a um único dia!

Admito que passei muito tempo decepcionado com as pessoas em geral, coincidiu num momento de problemas em casa, ainda somando com a minha dificuldade de interagir com quem quer que seja. Foi no mesmo momento que doc apareceu, e eu o evitei como pude, evitando outra decepção. Evitar alguém nunca foi problema pra mim; isso é triste, eu sei. Minha dificuldade é exatamente me aproximar de alguém. E assim foi com pnp, me fazendo pensar se isso não aconteceria de novo, por mais que as pessoas sejam diferentes.

Se eu lembro o que tivemos de bom? Claro que sim, e do que fui capaz de fazer naquela época também. Quer dizer, mentir em casa que tinha ido pra universidade, enquanto fui à capital e voltei no mesmo dia?! Se alguém me dissesse que eu faria isso há alguns meses, eu iria rir muito... "até parece". Frustração, é tudo que resta agora. Motivador? Acho que não.

Nesse meio tempo, algumas mensagens de texto depois, três amigos dele vieram me convencer que seria melhor conversarmos. Qual o sentido? (a frase mais mentalmente repetida nesses dias). Resolvi há algumas semanas aceitar essa sugestão, porque, apesar de tudo, eu sabia que ele estava mal, eu sei como ele se comporta pro mundo de fora quando está mal. E, frak, eu não sou de ferro.

Ele esteve aqui na cidade por um tempo, até passou na universidade, perto de onde eu trabalhava (e estava no momento). Não fui, estava cansado, não queria conversar, N motivos. Conversamos por messenger hoje, nenhuma batida acelerada, nenhuma antecipação, nada. Nenhum motivo pra não abusar do sarcasmo. Disse que não ia voltar, tampouco esquecer. Ilusão pensar que depois de tanta falta de consideração, há um jeito mágico de recomeçar de outra forma.

Afinal, tem coisa pior que uma pessoa ser lembrada pelo que ela foi de pior?! Essa lembrança nos deixa mais atentos para que não aconteça de novo, mas nem por isso ela machuca menos. Hard to explain.

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