domingo, 6 de fevereiro de 2011

inutilidades de verão II

Continuando, logo em janeiro peguei todas minhas economias como ex-bolsista e pensei em algum destino para esse dinheiro em meu benefício. Estava há tempo precisando de uma correção nos meus dentes e o momento era apropriado. Apesar da ajuda da minha mãe e dos meus avós, estou liso; em compensação estou com aparelho, me sentindo alguns anos mais novo e um pouco desconfortável por não poder morder meus franguinhos hahaha. No final das contas, era algo que eu queria fazer há algum tempo (e não o fiz por restrições de dinheiro e tempo, nessa ordem), e me sinto seguro pelo que pode vir por aí.

Indo pras responsabilidades, tinha que arranjar algum serviço, trabalho, estágio. Afinal, as pessoas sempre perguntam o que estou fazendo assim que digo que me formei. Confesso que fui desleixado por não procurar algo enquanto terminava a graduação; parte por não saber ao certo o que fazer a longo prazo, parte por não saber o quanto tempo ainda ficaria ligado ao laboratório. Pelo último motivo, decidi me oferecer para outro projeto do mesmo laboratório, e que tem mais recursos para manter graduados. Depois de passar meia hora pra redigir a proposta e alguns eventos que ocorreram depois, não sei se terei muita aceitação; além do mais, a resposta depende do coordenador do projeto, que estava de viagem, então me resta esperar.

Algumas semanas depois, Byra (ou B) me manda uma proposta de vaga. As condições eram boas (para alguém que decidiu não estagiar durante a graduação) e com grandes perspectivas, de experiência até. Depois de me animar muito, vejo que o trabalho é na capital, o que não é grandes coisas, mas muda meus planos. Meu plano original era trabalhar esse ano e me candidatar ao mestrado da UFMG, que tem pesquisas na área que gosto/domino, cuja seleção é em novembro. Por isso não tinha ido atrás de empresas aqui, pois não ia passar sequer um ano trabalhando, e teria que deixar isso claro em algum momento. Uma vez que gastei todo o meu dinheiro com o tratamento, teria que demorar um pouco mais pra me recompor, além de me manter por aqui. Me acostumei com a possibilidade de esperar mais um pouco, mas ao mesmo tempo tentar sair daqui o mais rápido possível. De qualquer forma, estou igualmente animado com as duas oportunidades, porém é sempre a espera e a pressão externa que me matam.

Apesar da urgência de fazer algo (ou me sentir) útil, ou que ao menos alguma mudança grande apareça, tento aproveitar o tempo em casa absorvendo informação. Lembro sempre que prometi a mim mesmo que modificaria um projeto de disciplina cujo código estava me dando náuseas, mas sempre perco a vontade, mesmo pensando nos benefícios (ganhar lembrança do professor e uma futura carta de recomendação ;] ). É como se eu passasse quatro anos abrindo sapos e, agora que posso, dou um tempo fazendo outras coisas. Ok, a analogia é tosca porque programar é divertido, mas vocês entendem.

Por enquanto é só, depois conto como foi o último final de semana com a turminha.

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