terça-feira, 1 de junho de 2010

give a little respect

Domingo estava no computador, esperando B chegar pra a gente assistir Battlestar Galactica. Enquanto isso, um primo do meu pai, que atualmente mora em São Paulo, ligou e ficou conversando com minha mãe. Como não estava fazendo nada de interessante, e também não estava com paciência pra escutar música, fiquei escutando a conversa do ponto de vista da minha mãe. Ela começou falando do emprego, que sempre foi um sonho de infância trabalhar num colégio e tudo mais.

Continuando, entre conversas religião, filmes evangélicos e outras coisas, ela mudou de assunto para um livro que ela vinha lendo ultimamente. Não lembro exatamente o nome, nem vou espiar porque ela está na sala. Enfim, ela disse que estava lendo tranquilamente até chegar numa passagem que dizia que "julgar não é pecado". Segundo ela, parou no mesmo momento e tentou outra vez ler desde o começo, mas não conseguiu. Em seguida, quando foi devolver o livro, a dona perguntou se ela tinha gostado, ela disse que não, e mostrou justamente o trecho que não a agradou. "É mesmo, mulher?! eu nem tinha lido todo".

Não bastasse esse assunto, ela falou sobre uma conversa que teve com uma colega de igreja, sobre uma certa "condição" que estava subentendida pelos dois na conversa. Disse que não podia fazer nada, e que estava "entregando a Deus", dentre outras coisas que esqueci de anotar. Logo depois, depois de uma pausa pra esse primo falar, minha mãe diz: "ele tá bem, vai terminar a graduação agora esse ano". Ou seja, né, tavam falando de mim e da minha "condição".

Eu realmente não me importo que seja motivo de conversas dos outros. Ainda mais agora que quase todo mundo ao meu redor já deve suspeitar (interpretação minha). A única coisa que espero é que a idéia dela não seja poluída por gente de mente fechada que existe em qualquer igreja. Mas pelo menos com esse episódio do livro eu imagino que ela tenha o mínimo de auto-dicernimento.

Só pra aproveitar o assunto, estava lendo uma reportagem enorme sobre uma repórter que passou um dia com Lady GaGa, e em parte da entrevista, ela diz: "mas vou dizer que a religião é muito confuso para todos, e particularmente a mim, porque não há realmente nenhuma religião que não odeie ou condene um certo tipo de pessoa, e eu acredito totalmente em todo o amor e perdão, e que não exclui ninguém.". E é exatamente a mesma posição que eu tomo há um bom tempo. Aliás, a reportagem é ótima, e ela fala sobre diversas coisas, desde fama, família, condição de saúde e tudo mais. Só posso dizer que ela subiu ainda mais no meu conceito.

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